19/12/2007

Useful Links - Touristic information

Passados dez meses acho que está na altura de encerrar o blog. Acabou esta etapa! Deixo os relatos à nova geração C11, links à direita...BOA SORTE A TODOS!!


Acho também que para finalizar, e porque já estou em condições de o fazer, nada melhor do que apresentar a minha cidade, a minha segunda casa, a par de Leuven - PARIS!! E mais do que nunca afirmo que quem não ama Paris, não ama a vida!! Esta cidade é de sonho!!... Quanto a percursos há-os para todos os gostos: muito ou pouco tempo, turístico ou mais à descoberta.

Descobri, no meio dos milhares de ficheiros que guardo no computador, um que escrevi a um Contacto - André Cruz - mesmo antes de vir para Paris. Já conhecia a cidade e tinha algumas ideias das principais atracções. Mas vivendo a cidade as nossas perspectivas mudam. Este texto dá assim o mote para mais um Useful Links - Getting to know Paris, com algumas sugestões de actividades por cá!
Dizia então o simpático texto, devidamente contextualizado numa troca acesa de imagens e textos em tom de desafio para uma visita!



"Para além de lhe querer desejar a melhor das sortes e felicidades para a sua viagem e processo de integração em Copenhaga, achei que deveria começar também eu a fazer alguma propaganda à cidade maravilhosa que é Paris, esperando vir a exercer alguma influência sobre a sua escolha de um destino de viagem. Como poderá constatar pelas imagens que lhe envio de seguida, Paris é uma cidade cheia de encantos à espera de serem descobertos ao virar de cada esquina, uma cidade cheia de vida, beleza e particulariedades. Aqui fica La Défense, ou j’irais travailler, que é como quem diz, o meu futuro local de trabalho. Mais à frente poderá encontrar as aclamadas e famosas atracções turísticas parisienses, mais concretamente La Tour Eiffel, visível também ao longe durante um belo passeio pelo rio Sena. Segue-se a imponente Sacré Coeur, local onde poderá ter o seu retrato pintado por artistas profissionais. A lista adensa-se com atracções como a Notre Dame, erguendo-se altiva numa das margens do rio, não podendo faltar o Louvre, agora inevitavelmente associado ao filme “O Código de D’Avinci”. Outros monumentos a destacar são o Trocadero, e aos Invalides by night."




Hoje em dia aconselho, a quem visita a cidade pela primeira vez e com algum tempo, num misto de turismo puro e descoberta de pequenas particularidades de Paris, os seguintes trajectos. Podem ser feitos tanto de dia como de noite, a cidade respira personalidade e tem imensa vida em cada um destes períodos, são essencialmente exteriores e quase nada é pago, à excepção de museus ou subidas a torres.


Começar o dia em Abesses (M). Descobrir as ruelas - costumam haver exposições gratuitas um pouco por todo o lado! - e subir até à Place du Tertre ou des Artistes, como é mais conhecida, cheia de pintores e animação. Visitar a Sacré Coeur e apreciar a bela vista que se tem lá de cima. Descer a escadaria, tendo cuidado com os senhores que por lá andam a tentar fazer pulseiras, e caminhar uma vez mais pelas ruas estreitas de Pigalle, conhecida por ser uma zona de sex shops, até ao Moulin Rouge e café da Amélie Poulin.
Altura para ir até La Défense (M) e visitar o Grande Arco, seguindo para Charles de Gaulle Étoile (M) e perceber o contraste com o Arco do Triunfo. Descer os Champs Elysées, avenida onde as lojas estão abertas até às 00h, onde os stands automóveis são autênticos museus interactivos e onde se concentram grande parte das discotecas como o Queen ou a VIP! Parar a meio, no lado direito, junto ao Petit e Grand Palais, dois bonitos museus que valerá a pena visitar consoante as exposições. Continuar em direcção a Concorde, praça belíssima principalmente durante a noite, podendo deliciar-se com um chocolate quente divinal no famoso Café Angelina, na Rue du Rivoli, em frente às Tuileries. Do outro lado do rio está o famoso Museu d'Orsay (grátis às 5ªs depois das 18h para menores de 26 anos), antiga estação de combóios. Atravessar este belo jardim, com lagos e cadeiras para repousar ao sol, e terminar no Louvre - museu grátis às 6ªs a partir das 18h para menores de 26 anos e no primeiro Domingo de cada mês. Visitar o Palais Royal, com jardim interior, lagos e cadeiras, e logo a seguir a uma praça com uma das discotecas mais conhecidas de Paris, Le Cab(aret), e subir até à Ópera, continuar até à Place Vendôme, que reune as maiores ourivesarias e lojas de luxo, e andar até à Madeleine, igreja recente estilo templo romano. Descendo a rua de novo até Concorde estar atento a pequenas passagens com lojas, especialmente no lado direito de quem desce.


Atravessar a Pont Alexandre III, uma verdadeira obra de arte e debaixo da qual está uma das melhores discotecas de Paris, o Showcase. Dirigir-se aos Invalides e visitar o museu que abriga o túmulo de Napoleão e o Museu Rodin, para apreciadores de arte e espaços ao ar livre, já que o museu tem um belo jardim com espreguiçadeiras durante o Verão! Passar pela École Militaire, que ladeia os Champs de Mars, e atravessá-los, em direcção à Torre Eiffel. Cruzar a ponte e subir as escadarias em direcção à Place du Trocadero, onde se desenrolam as principais celebrações do 14 de Julho. Caminhando junto ao rio poderá visitar-se ainda o Museu Quay Branly (Grátis aos Sábados depois das 18h para menores de 26 anos)
Passando a Saint Michel, onde a oferta para comer é inesgotável, com os típicos crepes e cidra um pouco por todo o lado! É também um bom sítio para sair à noite. Descer até ao Jardins du Luxembourg, jardim enorme e muito concorrido. Visitar o Panteão e deambular pelo bairro latino, muito animado à noite e com uma das principais ruas de restaurantes na cidade, a Rue Mouffetard. Espreitar a mesquita, ali nas imediações e onde se bebe um óptimo chá de menta, e atravessar o Jardin des Plantes, com um mini zoo. Daqui à Bastille é um saltinho, e podemos ver a Ópera nova e mais acima, o famoso cemitério Père Lachaise, onde estão ilustres personalidades como Jim Morisson ou Edith Piaf. Dependendo do tempo poderão perder-se aqui algumas horas a explorar os bairros chineses ou, mais acima, Belleville, com um parque com uma vista fantástica para a cidade, ou o Parc Buttes Chaumont, no alto da cidade e com cascatas e grutas. Também aqui a noite é mais alternativa mas não menos animada, em sítios como o Flèche d'Or ou a Marroquinerie. Em République encontra-se também uma discoteca de eleição de portugueses, a Favela Chique, e outra zona de restaurantes e animação, a Rue Oberkampf.
Finalmente, conhecer o centro de Paris. Começar no Hotel de Ville, a câmara Municipal de Paris e sempre com animação - de Verão, areal artificial para jogar voley (aliás, conceito que se estende a quase todas as margens do Sena), de Inverno, ringue de patinagem. Conhecer Chatelêt, umas das zonas de maior mistura racial da cidade e a maior - e mais confusa! - estação de metro, e explorar o bairro pedonal de Montorgueil ,com inúmeros restaurantes e lojas. Visitar o Pompidou - museu grátis às 3ªas a partir das 18h e para menores de 26 anos e no primeiro Domingo de cada mês - edifício com restaurante no último andar, zona envolvente cheia de lojas de design e fotografia, e deambular no Marais, bairro judeu e gay, um mundo de lojas exposições inesperadas e animação de rua, e seguir em direcção à Place des Vosges, uma das praças mais simétricas do mundo - e mais cara! - , em pleno Marais, ladeada por arcadas com lojas de design e geralmente orquestra ao vivo, pela maravilhosa acústica...atravessar a ponte e entrar na Île Saint Louie, de ruas estreitas e com lojas e restaurante apetecíveis. Na outra margem pode visitar-se o Institute du Monde Arabe, com uma esplanada e restaurante no último andar, em dias de sol vale a pena passar por lá! Atravessar a ponte junto à livraria Shakespeare, muito conhecida e com livros essencialmente em inglês, e entrar na Notre Dame. Continuando pela margem do rio, vemos a Pont des Arts, de madeira e pedonal, onde se fazem muitos picnics durante as noites de Verão, juntando milhares de jovens!



Há ainda um grande conjunto de atracções e espaços ao ar livre a visitar se houver muito tempo! O Chateâu de Versailles encabeçalha esta lista, logo seguido do Parc Astérix e Eurodisney, interessante tanto para crianças como graúdos.

Quanto a jardins, a lista é interminável e foram já sendo referidos alguns ao longo do percurso sugerido como as Tuileries, os Jardins du Luxembourg ou o Jardin des Plantes. De acrescentar ainda o Bois de Boulogne (durante o dia, à noite é uma zona de prostituição!), enorme e com lagos, o Bois de Vincennes, igualmente grande e junto ao Chateâu de Vincennes e ao Parc Floral, ou o Parc Monceau, o Parc Citröen, com um balão de ar quente para os mais aventureiros, ou o Parc Montsouris, mesmo à saída da Cité Universitaire.

Resumidamente, para comer a escolha é infidável em Saint Michel, Rue Moufetard ou Rue Oberkampf, sendo também estas zonas de grande animação noturna. Existem menus já feitos, rondam os 15€ sem bebidas. Crepes e cidra são um must, assim como picnics ao ar livre à noite, durante o Verão. Saídas à noite saem caro, a entrada ronda os 10€, 15€, assim como o preço de cada bebida.

Paris é uma cidade inesgotável. Poderia inventar aqui mais uns 50 sítios para ver. Curiosamente, passando duas vezes no mesmo sítio vemos sempre coisas diferentes. Passear nas ruas é de sonho, aconselho vivamente a andar a pé. De transportes, optar pelo metro sempre que possível pela rapidez, autocarro pela vista. Ao fim de semana há bilhetes diários mais baratos para os menores de 26 anos, a 3,80€, para os restantes dias de semana e idades a 5,50€.

Espero que estas dicas vos sejam úteis!!

18/12/2007

Tributo (altamente lamechas!!) aos que importaram e a todos os outros!

Parecem apenas as típicas notas de agradecimento, e na verdade, ao relê-las, soam-me mesmo lamechas. Mas a verdade é que foram muitos os que contribuiram para tornar únicos os 10 meses que passaram. Pessoas que como eu aceitaram o desafio de partir à aventura. Outros que me acompanharam na adaptação e em várias fases da minha vivência em Paris. Alguns ainda que pelas circunstâncias se destacaram. A todos o meu sincero obrigada!



Sem dúvida que a minha primeira palavra vai para o Gonçalo Santos. Gonçalo, que viveste comigo e que constantemente me surpreendeste. Ultrapassei o trauma de partilhar casa, posso até dizer que lhe ganhei um certo gosto! Ter sempre companhia para fazer festa não é para todos! Mas estou também consciente que não vou encontrar muitos co-locataires como tu. Com quem não precisava falar para estabelecermos o nosso equilíbrio, fortalecermos a nossa cumplicidade e respeitarmos a privacidade mútua. E que se preocupem comigo. Passámos por momentos menos fáceis e, mesmo sem o dizermos, estivémos lá, de uma maneira ou de outra. Um muito sincero obrigada. Diogo Frade, com quem partilhei cama ainda em Portugal - dito assim soa estranho mas a verdade é que passei uma semanas óptimas em Coimbra contigo, e fiquei a conhecer-te melhor - se bem que me pareceste uma pessoa mudada quando te revi em Praga! Ficam, no entanto, as recordações do início desta aventura e a vontade que se prolonguem neste presente e futuro. David Todo Bom Monteiro, para sempre lembrado pelo teu nome e pela primeira impressão, a de eras muito certinho e ... como é que eu te chamava... demasiado cordial, bem educado?... lembras-te? Valham-nos os dias em Coimbra, o fim de semana em que me diverti imenso mas perdi a minha máquina e durante o qual corremos os dois à farmácia por razões diferentes, as noites em que te decidias a aceitar os convites para jantar no nosso mega apartamento onde corríamos atrás de cadeiras, onde tantas músicas trocámos! João Pedro Machado, também partilhaste alguns desses momentos. A nossa amizade começou bem antes, ainda durante o Contacto e em Lisboa, e espero que se prolongue pelo tempo fora. Temos já muito para contar, desde as longas conversas com algumas cabeçadas pelo meio, os passeios no Guincho, a umas quantas vindas a Paris que correram menos bem, ou uma mega visita a Viena! André Ferraz Ribeiro, estive contigo poucas vezes em Coimbra e na altura não diria que viria a gostar tanto de ti! Sem dúvida a maravilhosa recepção em Frascatti fez a diferença, e todas as centenas de pequenas conversas trocadas quase diariamente e, como cereja em cima do bolo, a viagem relâmpago a Paris! João Ramalheira, minha companhia de grandes passeios em Lisboa e Sintra, cavalheiro irremediável, "compraste-me" com ovos moles! Obrigada pelas longas horas ao telefone a ouvir os meus desabafos sobre a vida, trabalho, sobre nada!...gostei de ter partilhado também contigo alguns momentos menos fáceis e gosto de pensar que te ajudei também a gostar um pouco mais da tua experiência...uma palavra especial a ti, Paulo Varela, que apesar de teres essa necessidade de chocar tudo e todos me surpreendeste pela tua bondade e sensibilidade, apesar do teu jeito bruto e de seres desproporcional, ajudaste-me muitas vezes a rir e a tornar mais bonitos os meus dias com tantos BONS DIAS!! Cristina Brasileiro, parece que foi preciso o Contacto acabar para começarmos a fazer mais coisas em conjunto...será que os nossos projectos futuros ainda nos irão aproximar mais? Farei por isso! Ângelo Dias, apesar de morarmos praticamente na mesma rua foram precisos quase 9 meses para te conhecer a casa! Não te conheci, nem de perto nem de longe, mas sem dúvida que sabes animar a festa! Bea, quiseram as circunstâncias e um certo David TBM que nos conhecêssemos - e ainda bem que assim foi!! Estocolmo não teria sido igual sem ti, muito menos Paris teria ficado completa sem teres cá vindo! Ricardo Pinho, engracei contigo desde início -parece que não fui a única! - ou não teríamos os dois a mesma paixão pela organização e vontade de juntar e dinamizar o grupo! Apesar de apenas esporádico, foi bom manter o contacto e quiseram as circunstâncias que não aproveitasse mais os momentos juntos em Praga...outras oportunidades virão! José Pedro Oliveira, acho que falei mais contigo durante o CGI que durante os últimos meses, mesmo tendo ido a Budapeste e encontrado-te por breves instantes! Mesmo assim as breves palavras trocadas online e alguns, pouco, telefonemas, relembram-me sempre que estás lá e que há uma amizade a nascer na qual gostaria de apostar. Rodrigo, a forma como nos conhecemos no CGI foi, no mínimo, interessante...reconheceres-me depois de tantos anos, foi surpreendente. Mais ainda, foi conhecer-te um pouco melhor durante Oslo, e uma surpresa bastante agradável! Raquel Rio Tinto, não fossem as viagens e também não teria tido oportunidade de te conhecer um pouco melhor, fico contente que tenhamos quebrado algumas regras!! André Cruz, o msn tem destas coisas e foi por aí, e não durante o CGI, que começámos a falar! Em Copenhaga foste 5 estrelas e tive pena de não estar cá para te receber em Paris quando vieste...devíamos continuar a trocar propostas turísticas como no início, lembras-te?? Outros tantos que não queria deixar de referir, Tânia Santos, pela magnífica hospitalidade, Kelly, por estar em dívida contigo, Pepe, porque o mundo é pequeno e obviamente teríamos amigos em comum, Raquel Cunha e Inês Branquinho, pela companhia em Paris, Pedro Coutinho, porque a terra é redonda e estavávamos destinados a reencontrar-nos algures no mundo, depois de andarmos na escola juntos, Sara Pimpão, porque passados anos de não nos vermos e depois de anos a estudarmos juntas era suposto voltarmos a cruzar-nos, Ricardo Pinheiro, porque adoro os teus olhos, Hugo Faria, pela hospitalidade numa das minhas primeiras incursões ao estrangeiro destes últimos meses, Pedro Manaças, Eduardo, Mafalda Frazão, mesmo não estando presente recebeste-nos muito bem em Berlim, Filipa Andrade, pelos primeiros dias. Impossível referir aqui os 180 nomes, mas toda a família Contacto merece o meu sincero obrigada!!


Aos que me apoiaram em França, palavras especiais para ti, Ricardo Ferreira, pelas melhores e piores razões, mas acima de tudo por me teres feito crescer tanto e ser menos ingénua e por me teres sabido ouvir embora não partilhando na mesma medida. Isabel David, por me teres recebido e sido o meu porto de abrigo, apesar de não saber lidar muito bem contigo e de desejar muitas vezes que fossemos mais próximas. Gonçalo Eliseu, paizinho, Astérix, por me teres apoiado, por teres gostado de mim porque aquilo que sou, por me teres dado equilíbrio. Fred, por teres sido importante logo de início, quando ainda nem sabia bem ao que vinha! José Guerra, por puxares por mim e chamares-me fraquinha quando inventava de ir embora cedo...e pelas boas ideias, como o brunch caseiro! António, pelo espírito eternamente jovem e divertido e exemplo a seguir em todos os aspectos. Helena, por nos dares o prazer da tua companhia - esporadicamente! Diogos, ao primeiro por entrar sempre no espírito e animar a festa, e ao segundo, por me ter trazido um pouco de casa para perto de mim! Domingos e Brito, colegas ISA mas também amigos. Luís Barroso, pela cumplicidade mais ou menos recente! Nuno Peixeiro, pelos devaneios e excentricidades! Ricardo e Rodrigo, C6, Inês Lopes, C9, Bruno, Liliana e Zeca, C11, pela comunidade que formamos e pelo espírito de entre-ajuda e amizade que se tem vindo a criar! João e Ana, Carla e Maria João, por contribuirem para a diversidade da nossa grande família!...Sylvain, Virginie e Romain, Pierre, pela eterna insistência e por me terem feito viver Paris à francesa. Dermot, porque para além de família erasmus também passaste a pertencer à família parisiense!


Finalmente, mas não menos importante, um sincero obrigada às pessoas que estão lá sempre. Mãe, leitora assíduo deste blog, adoro-te e sei que me apoiarás sempre, independentemente das minhas decisões; Pai, porque pela primeira vez, e apesar da distância, sensibilizou-me o facto de sentir que verdadeiramente te interessaste por mim e que queres participar activamente na minha vida e decisões, gosto muito de ti!; Titi Lena, Sara, Vasco e Sofia, mana Noia e António, por serem a minha família querida e contribuirem para o meu equilíbrio, gosto muito de vocês! Fa, minha amiga eterna e confidente incansável; Sebastião, gosto de ti, ponto. E achei piada à coincidência de termos vivido na Bélgica e França, desencontradamente. Renato, por tudo e por nada, por simplesmente seres meu amigo!

17/12/2007

Last Days - If you don't love Paris, you don't love life!!

O fim de semana com o Renato foi...como dizer...assim assim, como ele o descreveu! :p Foi óptimo tê-lo em Paris, a viver a nossa cidade apesar da chuva - finalmente, após meses de conversações, o impossível tornou-se realidade e o Renato finalmente visitou Paris!!! O jantar de 6ª foi nos crepes de Montparnasse, juntamente com as duas Sofias de visita à Isabel, o Ricardo, o Bruno, Diogo e Peixeiro. Depois de uma caminhada fomos até ao Frog and the Princess, com um ambiente um pouco alternativo naquele noite, e por lá ficámos, saindo ainda a tempo de apanhar o último metro.

Samedi, le 8 décembre
O dia amanheceu para o Bruno mais cedo que o normal, já que ele tinha o comboio para apanhar para o Luxemburgo, e para mim e para o Renato começou com uma corridinha até ao Parc Citröen, seguido de almoço farto no Palais du fruit, no centro de Paris, onde decorria uma manifestação e alguns acidentes de carros! Deixámos o Luís Barroso, Isabel e Inês a caminho do Quay Brainly, enquanto eu, Renato e Ricardo decidimos explorar uma exposição de design num refeitório em Saint Germain. A chuva marcou presença constante, e decidimos abrigar-nos na mesquita, ao sabor de um chazinho e de um narguilé. Horas passadas e fomos até casa da Isabel, de pizzas e garrafas de vinho em punho. A noite acabou na Favela Chique, de onde eu, Liliana e Ricardo nos viémos embora mais cedo - definitivamente, não consigo simpatizar com aquele antro! A noite não ia acabar cedo, já que quando o Renato e Diogo chegaram começaram as hostilidades para ver quem dormia na sala - ganhou a Liliana, que não arredou pé do sofá.

Dimanche, le 9 décembre
Brunch improvisado para começar Domingo, seguimos depois para a Île Saint Louie, onde entrámos em todas as lojas! A chuva e temporal dissuadiram-nos de nos encontramos com a Isabel e Sofias no mercado de Natal de La Défense e depois de breve passeio pelo Marais e Pompidou, acabámos novamente - e completamente encharcados! - num café de narguilés onde contactámos de perto com o simpático serviço francês!... passagem rápida na grande maison do Ricardo, jantar na Moufettard para despedida das visitas!


A semana foi reservada a surpresas do Bruno, que me levou a ver uma exposição de fotografia no Hotel de Ville, ao cinema La Pagode - casa japonesa, vimos My Blueberry nights, um pouco alternativo mas muito bom! - e a jantar num restaurante africano que eu já andava a cobiçar; e a revelações do Ricardo, que me decidiu surpreender um pouco todos os dias visitando-me a meio do dia em casa quando não me sentia muito bem, a sair cedo do trabalho e cozinhar para mim, enfim, um sem número de atitudes que me têm deixado de boca aberta!...retribuí na 6ª assumindo o papel de enfermeira, o Ricardo andou meio adoentado o fim de semana todo... A meio da semana também almocei com o David Magboulé, objectivo: traçar estratégias para o futuro.

Samedi, le 15 décembre
No Sábado almoço com o João Lopes em Belleville e passeio na zona, adorei o Parc Belleville, o café La mer à Boire que já tinha como um must do há meses, a feira e fogueira na rua, os cafés, exposições, as ruelas, tudo!...Apanhei na volta o Antero na Ópera, e jantámos a 3 em casa, iguarias à Antero e com bastante kaipirosca à mistura! Difícil foi decidir a festa, otámos pela despedida da Inês, que requeria indumentária a rigor mas decidimos rebelar-nos contra o conceito. O andamento do Antero permitiu-nos conhecer toda a gente no metro e rua, eram tantas as fotografias que o rapaz tirou ao colo dos velhotes, com estrangeiros e a segurar as senhoras ao colo!!... A noite acabou cedo e tive que carregar o Antero até casa, depois de devolver uma máquina que ele tinha trazido por engano e proteger uns óculos que vieram a mais! Várias pausas pelo meio e lá chegámos ao destino, conseguindo mesmo apanhar o último metro!...

Dimanche, le 16 décembre
Despedida de Paris. Aproveitei o Antero não conhecer a cidade e partimos à re-descoberta. Começámos em Abesses, Sacré Coeurs e Moulin Rouge, almoçámos em Saint Michel, corremos a Notre Dame, e Île Saint Louie e chegámos à Place des Vosges. No Marais visitámos várias exposições, no Hotel de Ville apanhámos o metro para La Défense, desistindo rapidamente da ideia de visitar o mercado, que estava à pinha!!...Continuámos para o Arco do Tinufo, descemos os Champs Elysées que se iluminaram com a nossa passagem, vimos o Petit e Grand Palais, fotografámos a Pont Alexandre III, Invalides e Tour Eiffell de todos os ângulos possíveis, ao pôr do sol, a luz estava fantástica! Em Concorde parámos para descongelar ao sabor de chocolate quente na Angelina, chegados ao Louvre andei a brincar, feita criança de tão feliz e eufórica que estava, com o gelo que já se tinha formado nos pequenos lagos, vimos a Pont des Arts, o Palais Royal e a Ópera. Última paragem na École Militaire e Tour Eiffel, e após muitos telefonemas e já em casa consegui finalmente fazer a mala. E o mito continua, ninguém para o Antero, oh eh oh!

Lundi, le 17 décembre
É bom estar em casa e ser recebida pela mamã!


(fotos em breve...será?)

11/12/2007

E porque o tempo não pára...

O tempo passa a correr...faltam poucos dias para a partida para Portugal e o fechar de uma etapa. Os últimos dias, semanas, têm sido passados num misto de nostalgia e vontade de aproveitar tudo o que esta cidade tem de bom, gozar as pessoas até ao último momento, e a planear o futuro, que é ainda algo incerto...algumas das pessoas mais queridas foram embora, é certo, mas também é verdade que novas pessoas chegaram e que custa não acompanhar este novo processo de adaptação.

Porque realmente o tempo tem sido o meu bem mais escasso e rareiam cada vez mais as oportunidades de actualizar o blog, este post, certamente dos últimos, terá que ser um condensado, bem mais resumido do que o estilo a que tenho a vinda a habituar os leitores - afinal, já chega de post descritivos maçadores! :)

A última semana do Gonçalo foi passada em despedidas consecutivas. Após a famosa festa de dia 23 de Novembro - ficou para a história! - e com menos de 2 horas de sono, visitei a zona de Montmarte com os novos contactos Bruno e Liliana e a Rita, que estava de fim de semana em Paris. Depois de horas em arrumações profundas e repetidas da casa, eu e o Gonçalo fomos jantar com o Diogo e o pai a um restaurante tipicamente francês onde descobri que não sou grande apreciadora de marisco, excepto camarões e cadelinhas...como só havia o primeiro, devorei-o! Mas finalmente provei as famosas moules e outras iguarias típicas! A noite acabou cedo, depois de nos reunirmos com todos os outros contactos, Zé e Fred para um copo em Saint Germain, onde tivémos alguns desentendimentos com os empregados. Domingo brunch em casa do Diogo, que estava muito bem instalado, e passeio em comunidade pelo Marais.

Na 2ª falhei um concerto para o qual tinha dois bilhetes oferecidos pelo Pierre e na 3ª jantei com o Bruno em casa do Gonçalo E., após o qual tentámos infrutiferamente procurar o café marroquino para um digestivo. 4ª jantámos no português de Charenton, dos primos do Gonçalo; tentativa de experimentar, finalmente, uma soirée (festas a partir das 19h que o dia seguinte é de trabalho! Geralmente bar aberto até às 21h mas não interessa para o caso! :)) no VIP (para a desforra por nos terem barrado uma vez), mas era tanta a fila e a chuva que optámos por um bar à vins, na Pont Neuf, sugestão da Inês, onde bebi um vinho quente com canela. O final da noite, véspera da partida, foi passado em casa, a 3, ao sabor de martini e de muita música francesa!...Que saudades!! A 6ª foi para afogar mágoas num mexicano bem catita - Gonçalo, estou a treinar o picante!! -, de onde segui para casa.

O fim de semana trouxe não o campo nem a aceitação do convite do Luís para ir a Orléans, mas pelo menos um dia de sol e mais companhia em nossa casa - sinceramente, acho que já não sei viver sem ser em comunidade!! :D De dois passámos a 4, com o Diogo e o Pagem, e foi a 4 que, no Sábado almoçámos num italiano cheio de pinta na Île de Saint Louie, de onde eu e o Bruno seguimos para a Mesquita, onde ficámos 3 horas à conversa, a beber muito chá e a saborear um narguilé - ou vários! Já Domingo choveu o dia todo mas ainda fui buscar a Sara à estação de combóios e tomámos o pequeno almoço num café de Saint Michel, onde conheci mais 3 portugueses. A tarde convidava a tudo menos a visitas turísticas e o quentinho de casa venceu, bem como a necessidade de definir o meu futuro...

A semana começou com um jantar em nossa casa, convidados a Sara, o João Lopes (nova aquisição da comunidade tuga) e o Sébastien, um francês amigo dele. Estreei-me a solo nas quiches, prova superada, e a noite prolongou-se até tarde com muita conversa pelo meio. Na 3ª a Sara voltou ao Luxemburgo depois de a deixar na estação - tinha uma entrevista no dia seguinte, onde a aceitaram, PARABÉNS SARA!! Para jantar em nossa casa dois amigos do Bruno, amigos de erasmus, uma amiga flamenga - que bom recordar óptimos momentos de Leuven! - e o namorado francês. Na 5ª visitei a senhoria, que me ofereceu uma prenda de Natal muito bonita, e fiz o jantar em casa, especialidade de peixe. No dia seguinte chegou o Renato mas aí já é outra história!!...RENATO, ADOREI QUE TIVESSES VINDO!!!

(fotos em breve!!!...)

01/12/2007

Um dia (quase só) para mim...

Não fui para o campo, não vi o mar nem estive à lareira, mas foi como se fosse.

30/11/2007

Obrigada e Boa Sorte, Gonçalo!!!

Inevitável, o momento da despedida... O Gonçalo lá partiu, de volta a Portugal e atrás da sua felicidade! Resta-me agradecer os 9 meses de amizade e cumplicidade, e desejar a maior sorte do mundo!

24/11/2007

23 DE NOVEMBRO - SUCESSO!!

Até a greve ajudou, os transportes voltaram à normalidade!!





A preparação foi árdua...desde o fazer as tartes de amêndoa e as quiches de véspera, a recortar letras de papel e colá-las na parede, a troca de emails a confirmar presenças, a escolha e preparação das prendas, a reorganização do espaço de forma a acolher ...no próprio dia ainda se terminaram algumas coisas, como colar fotografias destes 9 meses pela casa toda, recortar mais letras para colar na parede, encher balões e espalhá-los pelas paredes da casa...enfim, decoração a preceito!!





Os motivos eram mais que muitos. O Gonçalo regressa na semana seguinte a Portugal, bem como a Rita Firmino, a única Contacto em França fora de Paris e que se deslocou à capital de propósito - mas não só! - para as comemorações, o Diogo fez 25 anos, chegaram a Paris o Bruno Guerreiro, a Liliana Monteiro e o Zeca (o Zé Barros II), a nova geração Contacto, e regressou a "casa" o David Magboulé! Também eu acabei o meu estágio e esse motivo não foi indiferente, todas as razões eram boas para festejar!!






Já sabíamos que íamos bater um record de presenças, mas a festa superou todas as nossas expectativas! Mais de 35 convidados, mais de 50 garrafas de bebida, menos de duas queixas dos vizinhos (ok, foi apenas uma às 6h da manhã!), mais de 500 fotos que não escondem a animação que caracterizou a noite inteira!! Os protagonistas foram devidamente presenteados a meio da noite, e o dress code foi cumprido à risca, chapéus para os homens e gravata para as meninas. A festa acabou mais tarde para alguns, e mais quente para outros, o que interessa é que todos se divertiram e tornámos memoráveis algumas datas importantes!

22/11/2007

Uma semana durante a greve...viva o cholé (??) do Diga!

Com a greve, a semana não seria dedicada a grandes aventuras, mas sim a aprender a viver em comunidade, ou não fosse o número de hóspedes ser sempre superior a 3...Respeito pelo espaço comum - que era o quarto do Bruno/Diga - era a regra principal, lavar os pés e pôr os ténis e meias à janela a regra que se aplicava exclusivamente ao Diga!!...Muito nos rimos à conta disto...

Mesmo assim, e contrariando a escassez de transportes, o Gonçalo chegou da Índia e consegui encontrar-me com o Pierre em La Villette, na 2ª feira de chuva e frio, e jantámos debaixo de um viaduto, na rua, um sushi que me soube pela vida!! Já mais recompostos fomos então ver o concerto dos Air, para o qual ele me tinha convidado. Apesar de não conhecer nenhuma música das que tocaram, gostei imenso do concerto e, principalmente, da banda que abriu o espectáculo, Au Revoir Simone, muito bom! Fartei-me de rir com tanta parvoíce que disse, mas há que praticar o francês! Sem metro para casa não restava outra hipótese sem ser aceitar a boleia do Pierre, não sem antes conhecer o fantástico apartamento que ele comprou e está a remodelar! Lá viémos então, de carocha, a apreciar os edifícios de Paris já todos iluminados para o Natal e aprendendo mais umas coisas sobre a cidade!

Na 3ª o Gonçalo E. chegou de Londres, onde deveria ter ido ter com ele não fosse a chuva, e juntou-se à nossa comunidade, uma vez que já não apanhou o metro para voltar a casa.
Já 5ª foi dia de procura infrutífera de casa para o Bruno e Liliana, que finalmente conheci, e de preparativos para o grande dia que se avizinhava. Compras, decoração, ementa, tudo foi pensado ao pormenor e preparado de véspera, contando com a ajuda de todos, incluindo o Pierre e sem contar com o Bruno, que não fez nada!!...Coitado do rapaz, foi uma peça fundamental na surpresa que preparámos ao Gonçalo mas sofreu com a pressão!!!

8º DIA DE GREVE DE TRANSPORTES!!! Para quando o fim do suplício?...

19/11/2007

Bem vindos C11!!

Após algumas recusas o Gonçalo lá foi, na 4ª e contrariando a greve, para a Índia. Que inveja!! Bem que tentei ir como assistente mas foi muito em cima da hora...no dia seguinte chegaram os primeiros C11 a Paris, a Liliana que foi para casa de uns tios, e o Bruno, que ficou em nossa casa. Directamente de Faro, faz-me lembrar alguns amigos do Algarve, e acomodou-se muito bem na sala. Com a greve o Diga passou também a ser hóspede habitual do nosso chateau, e foi assim que os 3 comemos um belo de um naco de porco com pimento e chouriço no forno, acompanhado de batata doce! Já na 6ª, o meu último dia de estágio, e depois de intensa mas infrutífera procura de casas para o Bruno e de horas de trabalho, decidi ficar por casa, por não me decidir o que fazer e não me apetecer enfrentar o frio da noite a pé! O Diga levou o Bruno à Cidade Universitária, de onde vieram muitas horas depois!

Samedi, le 17 novembre
Acordei relativamente cedo e, quando estava pronta para sair, o Bruno pediu-me para esperar, também queria ir passear. Quando estávamos os dois já despachados, foi a vez do Diogo pedir 5 minutos para se juntar a nós. Lá fomos os 3, mais tarde do que o suposto, até aos Invalides. Pela primeira vez vi uma brocante na nossa rua, milhares de barracas, cada uma a vender coisas que interessavam menos que a anterior mas davam um ar muito castiço à avenida! Visitámos a igreja e túmulo de Napoleão, e o Museu da armada. O passo seguinte foi até Concorde, e um descanso ao solinho - que mesmo assim não disfarçava o frio! - nas Tuileries, onde comemos cachorros gigantes com queijo e crepes. Louvre, Palais Royal, Place Marché de Saint Honoré, Ópera, e demos por nós já quase em Pigalle. Tínhamos uma casa para visitar para aqueles lados, que se revelou ser apenas um quarto infímo, com colchão no chão e sanita no corredor do andar! Procurar casa é um desespero!!! Já não subimos até à Sacre Coeur, e deixei os meninos num café enquanto fui a casa trocar de roupa para a noite. Bicicleta para lá, bicicleta para cá, o tempo que se perde com a greve inetrminavel!!!...Quase duas horas a seguir, e depois de eles se perderem - deu tempo para receber uma chamada do Gonçalo, que estava chocado coma quantidade de vacas nas ruas e o picante da comida, e para ouvir alguns piropos de traseuntes -, encontrámo-nos junto do Hotel de Ville e dirigimo-nos para casa do Rodrigo. Incrivelmente, o número de portugueses em Paris nesse fim de semana foi algo reduzido, pelo que entre os presentes contavam-se o anfitrião, eu e os meus acompanhantes, a Inês e o Ricardo, seu co-locataire, e duas italianas! O jantar, muito caseiro, estava óptimo, e foi já tarde e depois de um espectáculo de dança Inês - Rodrigo que conseguimos apanhar um metro - o único que apanhei em muitos dias!! - para ir conhecer o Showcase! A fila dava a volta e subia as escadas até à Pont Alexandre III, e apesar de odiar esperar valeu a pena. O sítio é fantástico, começando no espaço que é enorme, passando pela decoração cheia de movimento, as luzes e as cores, e acabando na separação de espaços para estar e para dançar! O Bruno ficou encarregue de deixar os casacos - santo Bruno! - e entretivémo-nos até pouco depois das 4h, hora em que iniciámos o nosso percurso pedonal até casa...

Dimanche, le 18 novembre
Típico Domingo caseiro, acrescido pela chuva que não parou de cair, acordar tarde, começámos com panquecas e acabámos a ver a série Californication até ao último episódio. Para o jantar deliciámo-nos com o caril de frango do Bruno!

16/11/2007

Quis o destino...

...que não estivesse hoje num avião a caminho de Istambul. Bilhete de avião devolvido, destino adiado, novo capítulo começado.

Até porque hoje foi o meu último dia oficial de estágio Contacto.

14/11/2007

Corte...

...de cabelo! Aceitei o desafio do Diga e voltei a pegar numa tesoura, após alguns anos de não praticar a arte do corte - tenho predilecção para os Diogos, a minha última e única vítima foi em Erasmus! Modéstia à parte, o resultado foi bastante bom! Das várias vezes! Mas nesta superei-me...Que venha o próximo!






















Tempo para uma pequena divagação...apesar de estar receosa às vezes e de ver confirmados esses mesmos receios com mais frequência que aquela que poderia preferir, sabe bem às vezes ter um pouco de casa por perto...e ter-te por perto, Diga, é isso mesmo, ter alguma familiaridade à minha volta, mesmo tentanto constantemente afastar-me do ficou! ;)

Gastronomia e Desporto

Olhando para a semana e fim de semana que passaram, poderia descrevê-los como de gastronomia e desporto! Ou não fosse termos tido um cocktail Startracking, reunião de talentos portugueses por terras francesas - muita bebida, entradas e conversa!, - seguido de ida ao Pantalon para reencontrar o Sylvain, Virginie e Romain, e não tivéssemos antecipado o Magusto, ligeiramente boicotado pela chuva passageira mas ao qual compareceram o Zé, Diogo e António. Neste nem o próprio Gonçalo participou, uma vez que andou a tratar de burocracia para uma certa longa viagem...à Índia!!! Era só um dos sítios onde mais queria ir...também a Isabel falhou o pequeno encontro para nos despedirmos dela, ela que vai só 2 semanas para Brasil e Argentina!!


Vendredi, le 09 novembre
Já o fim de semana foi algo diferente. Começou logo na 6ª, quando tentámos ir a uma festa num barco. Inscritos na guestlist, eu, os Gonçalos e o Renato, um amigo do meu co-locataire de visita, estranhámos o avançado da hora para início da festa e, realmente, quando chegámos ao local, aquilo estava às moscas. Apesar do frio fizémo-nos à estrada, a pé numa fase inicial e passando por vários bares ao longo do rio e pela Biblioteca François Miterrand, e depois de bicicleta, com as quais atravessámos Paris por caminhos que ainda não tinha percorrido. Devolvidas as vélibs, démos por nós junto da Île Saint Louie e numa visita guiada ao Renato, por estradas alternativas. Em frente à Notre Dame, completamente deserta aquela hora, descobri que existe lá o Ponto Zero, a partir do qual são contados os quilómetros de todas as estradas em França!! Continuámos até Mabillon, onde os bares estavam quase todos a fechar, e apanhámos o primeiro táxi que nos apareceu à frente - afinal éramos 4 e o frio apertava!! Dos Jardins do Luxemburgo até casa foi um tirinho e aterrámos todos quase instantaneamente!...


Samedi, le 10 novembre
Sábado foi acordado com a devida calma. O Gonçalo E. foi à vida dele e depois de trocar várias vezes de roupa - o dia estava a ameaçar chuva e o vento só se sentia uma vez na rua! - saí com o Diga em direcção à Rue du Commerce, onde percorremos algumas lojas. As compras dele foram mais volumosas que as minhas - duas camisolas -, eu que me contentei com um cachecol! Continuámos em jeito de passeio até à École Militar, porque ao fim de um mês o Diga ainda não tinha estado quase ao lado da Torre Eiffel!! O passo seguinte foi até aos Invalides, aquilo é um mundo, mas o túmulo do Napoleão estava a fechar...ainda a pé fomos até Concorde e Madeleine, onde me deliciei com algumas passagens que desconhecia, principalmente a "Le village Royal", e onde após muito custo consegui convencer o Diga a esperar comigo numa famosa casa de chá japonesa! A experiência foi diferente, digamos que o comentário geral que se impõe é que os senhores gostam muito de um feijão qualquer, e a repetir esporadicamente! Dali ainda fomos a casa deixar alguns sacos e desencontrarmo-nos do Gonçalo, que ficou em casa a trabalhar e tinha um jantar em casa de um colega, e encontrámo-nos com o Renato e Gonçalo E. algures no 13ème para experimentarmos um restaurante marroquino que eu tinha descoberto! O Zé juntou-se a nós pouco depois e tivémos um repasto digno de deuses! A comida era muito variada e não nos poupámos a nada, aperitivos, entradas, pratos principais, vinhos e sobremesas! Estava divinal, adorei o meu prato ou não fosse incluir figos pelo meio, diz quem provou que a sobremesa recomendada é que não era grande espingarda...eu adorei o meu chá de menta! O Zé separou-se de nós à saída, que continuámos até République, na ânsia de conhecer a famosa noite ao longo do canal de Saint Martin. Não sei dizer se era do frio mas estava bastante fraquinho e deixámo-nos ficar por um barzinho simpático onde as kaipiroscas eram muito boas! O Diga, cansado e sem possibilidade de alugar bicicleta, decidiu apanhar o metro e ir para casa, enquanto que eu, Renato e Gonçalo E. tivémos que nos dividir por 2 bicicletas, uma vez que um dos cartões já tinha expirado! Não pedalei para ninguém nem fui transportada, mas a muito custo lá chegámos os 3 a Pigalle na hora h, para nos encontrarmos com o Gonçalo. O Divan du Monde ficou adiado para outra noite mas ficámos a conhecer os preços fantásticos do Fourmi, mesmo ao lado! Já todos estoirados, deixámos passar o último metro e começámos a descida até ao centro, interpelando todos os táxis livres, que se recusavam a levar 4 pessoas! Já em desespero de causa tentámos as bicicletas mas estavam altamente concorridas, e só em Concorde é que encontrámos uma estação com algumas livres...a sorte não estava connosco e eles não conseguiam tirar as bicicletas disponíveis. Adormeci enquanto esperava mas acordei elucidada e resolvi a situação num instante, levando as bicicletas de um sítio para outro onde as conseguissem alugar...a pedalar lá fomos até casa, estacionámos no cú de judas e ainda passámos por um mega acidente na ponte alexandre III que envolvia um taxista...teria sido algum que nos negou boleia?? Já a chegar a casa deparámo-nos com uma cena, julgamos nós que assim foi, de novela! Uma traseira de um carro gigante enfiada num carro que mais parecia um mini, propositadamente, dada a posição dos veículos, e mais à frente um vaso e terra espalhados pelo chão, certamente uma planta atirada de uma qualquer janela em protesto a algo que ficou por determinar! Com isto tudo demorámos mais de 2h a chegar a casa, quem nos visse entrar diria que tínhamos passado a noite em festa!


Dimanche, le 11 novembre
Para Domingo a ideia foi original. Em vez de um brunch num restaurante, iríamos fazê-lo em casa. O Zé traria os pasteizinhos de nata, as laranjas e fondue de chocolate, e eu, Gonçalos, Renato e Diga tratávamos do pão, fiambre, ovos, a imprescindível Nutella e tudo o que faltasse! Às 14h começámos então o belo repasto que deu vontade de repetir e cedemos à insistência do Diga para vermos a série Californication. Instalados nos sofás dispostos em jeito de cinema devorámos os 6 episódios disponíveis, durante os quais o Renato foi para o aeroporto, e após os quais o Diga foi ver o futebol - e diz que para o verdadeiro magusto, que continuou pela noite dentro -, e o Zé foi para casa, não sem antes nos deliciarmos com um magnífico fondue de chocolate e fruta!! O Gonçalo retomou o trabalho e eu ainda apresentei "Lendas de Paixão" ao Gonçalo E., um dos meus filmes preferidos. Impressionante a quantidade de vezes que consigo rever os filmes que adoro!!

12/11/2007

Oui Oui!

Mas porque raio é que o nome do Nodi não é igual em todas as línguas? E porque carga de água é que aqui em França, o nome dele é Oui Oui?...Há coisas inexplicáveis!!!

08/11/2007

Se não souberes alguma coisa, pergunta-me ou a Viagem a Barcelona!

A semana era, por si só, curta. Feriado a uma 5ª, a ponte impunha-se. E assim foi que aproveitei para mais um passeio. Na 2ª foi dia de preparação de alguns documentos pessoais importantes, com a preciosa ajuda do Gonçalo E. e na 3ª ainda houve tempo para uma pequena reunião jantar por casa, com a Catarina e Gonçalo, Diogo, Zé, Isabel e Helena. Infelizmente não há fotos para recordar...


Mercredi, le 31 octobre
O tempo de preparação da viagem não foi muito, para não dizer nenhum. Valeu (mais uma) a espera no aeroporto não prevista! Calhou-me a mim a selecção de alojamento, e sendo um fim de semana prolongado para muita gente digamos que não foi tarefa fácil, parece que toda a gente escolheu Barcelona como destino! Os hóteis e pousadas da juventude estavam completamente cheios e mesmo os apartamentos estavam muito concorridos. Sim, porque isto de viajar em família tem destas coisas e não nos podíamos contentar com uns simples metros quadrados de chão! Obrigada, Manolo, pela dica fantástica sobre o site de alojamento!

Depois de ter quase ficado com um apartamento de sonho, calhou-nos um de cerca de 100 metros quadrados bem localizado. Deveria ter chegado a Barcelona quase uma hora antes da minha mãe e mana, mas quis o destino, mais uma vez, que me atrasasse quase 2h!! NORMAL! O Marc foi impecável e foi buscar-nos ao aeroporto de carro, já cheio de mapas e indicações do que deveríamos visitar, e deixou-nos em casa, servindo mais ou menos de tradutor porque as pessoas responsáveis pelo apartamento não dominavam de todo o inglês...lá nos arranjámos nos dois quartos existentes, ficando eu e a Noia a dormir juntas e a minha mãe ficou no quarto das crianças, num beliche!!

Jeudi, le 1er novembre
Acordámos sem despertador para receber um sol maravilhoso mas um dia bem fresquinho, excepto raros momentos ao sol! A minha mãe instalou-se logo na varanda, a tomar o pequeno almoço, e rapidamente nos arranjámos para sair, que a hora já era tardia. O apartamento era bastante central. Ficava a uns quarteirões da Praça de Touros e da Torre Agbar, para um lado, e do Arco do Triunfo e Praça da Catalunya, para o outro. Sim, porque ali tudo se mede em quarteirões, autêntico exemplo de planeamento urbano! Eu e a Noia começámos logo pelo pequeno almoço, com algumas dificuldades de comunicação. O senhor lá nos conseguiu impigir umas tortilhas e pão esfregado com tomate e azeite, um croissant e uns chás com limão algo estranhos! Contas feitas, nem ficámos mal servidas e iniciámos o percurso turístico no Arc de Triomf. Ainda tentei fotografar uns campeonatos daquele jogo de que agora não me lembro do nome, em que se tentam acertar numas bolas com outras bolas, tinham direito a fita métrica, aquilo era coisa séria!, mas desisti, era tanta a audiência! Atravessámos a grande avenida e entrámos no Parc de la Ciutadella, ladeado por dois belíssimos edifícios, um do Museu de Zoologia que mais parecia um castelo, e o outro , julgo eu, da Assembleia. Ao fundo, o Jardim Zoológico, que não chegámos a visitar e no centro um lago que faz lembrar o do Campo Grande mas com ar apresentável e ainda com barquinhos a remos operacionais! Daqui desembocámos já na parte velha da cidade, com ruas muito estreitas, escuros e algo sujas. De notar que a panóplia de cheiros por toda a cidade é considerável, não sendo sempre a mais feliz! Depois de andarmos um pouco às voltas e de termos entrado numa loja de doçaria muito tentadora, onde nos deliciámos com o Monstro das Bolachas que queríamos levar à Susu - intenção eternamente adiada já que não o chegámos a comprar! - lá demos com o Museu Picasso. A rua era toda em pedra, edifícios incluídos, e o Museu num antigo palácio, aliás, como outros museus ali à volta também. A exposição ficou um pouco aquém das expectativas, principalmente da minha mãe, que já lá havia estado há 30 anos atrás. Dali deambulámos mais um pouco, espreitámos algumas lojas e decidimo-nos a almoçar perto da água. Calhou-me o papel de guia e lá defini a estratégia, não a contento de toda a gente mas depressa se resolveriam as pequenas divergências... continuámos a pé então até à Marina, repleta de gente, e acabámos a almoçar em Barceloneta, um misto de tapas e paella. O passo seguinte foi percorrer, de fora, o Aquàrium e o Maremàgnum, onde vi algodão doce em caixas, e atravessar a Rambla de Mar, muito bem conseguida e cheia de pessoas a apanhar banhos de sol! Pessoas era o que mais havia por todo o lado, com tendência a piorar à medida que as horas e dias passavam...paragem não muito rápida no posto de turismo do Mirador de Colom, que havia uma lista interminável de edifícios que a minha irmã queria visitar a ser assinalada no mapa, e subimos a Rambla, avenida larga e cheia de homens estátuas muito originais, animação de rua, restaurantes e bancas de comida, revistas e flores. No caminho tentámos ver um dos edifícios assinalados, sem grande sucesso, mas encontrámos em compensação, o Mercat de la Boquería e o Antic Hospital de la Santa Creu. Lá em cima, já na Plaça de la Catalunya, ficou o bichinho das compras, a ser morto uns dias mais à frente, e deixámos os gelados e crepes para outro dia, trocando-os por um café de esquina onde só nos apetecia insultar os empregados, tanta foi a espera e esquecimentos! Continuámos na zona, visitámos a Plaça Reyal, percorremos umas quantas ruelas e demos de caras com a Plaça del Rei e a Catedral e visitámos o Mercat de Santa Caterina by night. Ah, também a assinalar a loja gigante de gomas onde nos abastecemos antes do jantar. A Noia tinha desejos de italiano e lá fomos, para um 1º piso com vista para a Rambla e um atendimento muito simpático - felizmente não estava a abarrotar, ou então fomos só demasiado cedo! Em família sair à noite não se coloca como opção, e para fazer a digestão fizémos apenas uma caminhada até casa, com a Torre Agbar iluminada como pano de fundo.


Vendredi, le 2er novembre
Parabéns, Noia! O plano não era complicado. Lá pusémos despertador desta vez, e tomámos pequeno almoço ali na rua, num café pastelaria muito convidativo! Pedir já foi mais simples, uma vez compreendendo as regras básicas - há que misturar o mais possível o português e o castelhano e, em caso de dúvida, utilizar as palavras em francês - resulta sempre! Daí iríamos apanhar o metro até ao Passeig de Gràcia - para caminhadas já lhes bastava o dia anterior! - e começar pela Casa Batló, do Gaudi. De seguida apanhávamos o bus turístico, que seria o nosso meio de deslocação eleito do dia. Nada mais longe da realidade. Começámos, efectivamente, pela Casa Batló, com uma fila gigante à porta. Na impossibilidade de apanhar ali o bus turístico, pela fila que a muito custo se ia escoando nos vários autocarros que passavam - e que só levam pessoas sentadas, daí a rotação não ser assim tão rápida! - fomos a pé até à Pedrera, para darmos de caras com uma fila que quase dava a volta ao quarteirão. A coisa não estava fácil e, como mais uma vez o bus turístico não era opção, fomos de metro até à Sagrada Família, que bateu aos pontos os outros monumentos em filas. Já a desesperar, reunimos de emergência e decidimo-nos a comprar o bilhete do bus turístico no posto de turismo. Mas foi de metro que fomos até à paragem seguinte, Lesseps, onde a minha irmã pôde ver a Biblioteca Jaume Fustell. Andámos mais de um kilómetro até chegarmos ao Parc Güell e a caminho tive uma óptima surpresa - não é que ali vendem o gelado da Olá que eu tinha adorado em Itália e não tinha voltado a encontrar, o Magnum Temptation? Comi logo um, ajudou à caminhada até ao parque!...Mais uma vez tanta gente que só à saída é que conseguimos perceber onde estava o famoso lagarto. Será que todos os "símbolos" nacionais têm sempre que ser exagerados na sua dimensão? Ele é este lagarto, o Maneken Pis em Bruxelas, a sereia em Copenhaga...enfim! Corremos o Parque, visitámos a Casa Museu - só porque a fila tinha apenas 100 metros e para ouvir o empregado a falar num brasileiro perfeito, apesar de não o ser, encontrar mil portugueses, e apanhar o comentário de uma empregada que dizia que estava mais gente naquele fim de semana que em Agosto!...À saída, e aproveitando que era hora de almoço, esperámos o tempo que foi preciso para apanhar o bus turístico que nos levou até à Avinguda del Tibidabo. Em vão esperámos o eléctrico e fizémo-nos à caminhada, que ainda levou uns bons 15 minutos, sempre a subir e ladeada de casas fantásticas, maioritariamente clínicas privadas.. Lá em cima apanhámos o funicular que nos levou a um dos pontos mais altos de Barcelona e a um Parque de atracções, onde não chegámos a entrar. Visitei eu a igreja, a vista ficou apenas na memória uma vez que a neblina espessa não permitiu grandes fotos, apesar do céu continuar completamente azul, e almoçámos por ali, ficando mais uma vez o serviço muito a desejar! O dia estava a passar a correr e descemos no funicular - o algodão doce continuou a perseguir-me, travei aqui conhecimento com a versão amarela, que desconhecia! - desta vez apanhámos o bus, o normal e o turístico, e paguei novo bilhete - não sabia onde tinha o meu...à primeira oportunidade, e esquecendo o frio, subi para o andar de cima, onde fiz o resto da viagem - de forma a rentabilizar o investimento no bus turístico e as poucas horas do dia que restavam, decidimos fazer o percurso dos dois autocarros non stop. Foi assim que vimos o Convento da Reina Elisenda, o Monestir de Pedralbes, o Palau Reial e o estádio do Barça. Trocámos na Avenida Diagonal, onde está o arranha céus horizontal L'Illa Diagonal, para novo bus e passámos na Estació de Sants, Plaça d'Espanya, Caixa Forum, Poble Espagnol e edifícios das Olimpíadas, em pleno Parc Montjüic. Já perto do mar, revimos o Mirador de Colom, atrvessámos a Villa Olímpica e passámos junto do Parc de la Ciutadella, saindo depois na Plaça de Catalunya. A fome já começava a apertar, ainda tentámos a sugestão do Manolo, o Quinze Nuits com fila gigante, e ficámo-os pela não menos boa ideia do Marc, o Atic, em plena Rambla. Ambiente muito cozy mas ao mesmo tempo refinado, a noite era de festa e pedimos o que nos apeteceu, até eu comi sobremesa, coisa algo inédita! O cansaço voltou a bater à porta da mãe e Noia e seguimos directas para casa, a pé mais uma vez, ainda com um passeio breve até à Torre Agbar para tirar umas fotos by night.
Samedi, le 3 novembre
Parabéns, Sá!! Adoptei novamente a liderança e marquei hora de saída de casa para as 8h30 - não ia sair de Barcelona sem ver os principais monumentos! Sem pequeno almoço começámos então pela Casa Batló. Valeu espera, a remodelação do edifício, no início do século, levou dois anos e resultou numa coisa completamente alucinada mas original! Dali fomos directas para a Pedrera, que só eu visitei. A fila ainda era considerável e deu tempo para tomar o pequeno almoço e para a minha mãe e mana verem uma exposição de pintura e uma loja diferente. Eu fiquei-me por mais uma obra do Gaudi, um apartamento de época, um terraço onde até as chaminés do fumo era torcidas de forma a companhar o movimento do fumo, e um sótão fantástico, enorme, cheio de arcadas e uma luz algo sinistra. Feitas algumas compras na loja do Museu fomos visitar o Mercat de Santa Caterina, onde tirámos a única foto em família e comemos uma salada de fruta deliciosa e noz de macadâmia! Almoço rápido na Pans & Company, logo a seguir a visitarmos uma exposição de arquitectura com propostas para remodelação de um estádio de futebol, e corremos depois as lojas de roupa todas até ao fecho, com passagem a meio pelo MACBA, museu algo alternativo e que vimos num instante, e pelo CCCB, que vimos apenas de fora...comprei um casaco de pêlo mega quente para as noites frias por menos 15€ que em Paris, um casaco preto, um vestido lindo talvez para a passagem de ano, um top, uma T-shirt vestido, uma camisola azul, uma camisa branca, e mais umas quantas coisas! Desafio foi trazer tudo de volta, mas passei com distinção! Tinha pensado ir ao Poble Espanhol à noite e jantar, mas as compras arrasaram com o plano e jantámos uma vez mais onde?... na Rambla! À hora a que acabámos as compras foi impossível arranjar lugar em qualquer restaurante decente e ficámos mesmo numa esplanada no meio da Rambla, de um restaurante chamado Brasil e onde a comida deixou algo a desejar!...nesta noite não foram as pernas que nos guiaram a casa mas sim o metro, se bem que a distânica que percorremos na ligação das linhas quase que era a mesma!



Dimanche, le 4 novembre
Mais uma vez a estratégia de madrugar valeu-nos entrada quase directa na Sagrada Família. A obra incompleta do Gaudi é, uma vez mais, impressionante pela sua megalomania e originalidade! Quiseram as obras que não apreciássemos os vitrais em todo o seu esplendor, mas mesmo assim fica uma imagem bastante positiva. Ainda no trilho dos edifícios da Noia, fomos de seguida para o Forum, numa das pontas de Barcelona e mesmo junto ao mar. O edifício é, realmente, diferente, e ainda demos um pulo à piscina de água do mar, "encaixada" no meio das rochas, em cima da praia - apesar do fresquinho havia mesmo quem se bronzeasse! Já na Vila Olímpica vimos o Casino e almoçámos por lá, com vista para o areal e mar e sob um sol que dava gosto! Comemos camarões, pães com tomate, salada russa e outras entradinhas que deram para emganar o estômago e, como sobremesa, o gauffre com gelado e chocolate quente que nos andava a perseguir desde o primeiro dia. Para fazer a digestão caminhámos ao longo da avenida, vimos alguns edifícios interessantes, e fomos para a catedral, que só eu e a minha mãe visitámos. Subimos ao topo de elevador mas quis o destino que descessemos a pé, uma vez que o bendito aparelho se avariou! Já se fazia tarde e fomos a pé até casa por um caminho alternativo, durante o qual ainda passámos pelo imponente Palau de la Música. Deixada a minha mãe e a noia no táxi, depois de uma luta feroz com a mala que teimava em virar-se em pavimentos não lisos, segui a minha viagem sozinha. Fui directa para a Plaça d'Espanya, e subi a Avenida Reina Mª Cristina, fechada ao trânsito por estar a decorrer uma feira. No cimo, ao fundo, o imponente Museu Nacional d'Art de Catalunya, precedido pela Fonte Luminosa mas sem água a correr...visitei a Caixa Forum, cheio de exposições gratuitas, uma delas sobre Portugal, e num edifício antigo muito bem re-aproveitado. Passeei-me pelo Poble Espagnol ao som de Tango, e regressei a El Raval, onde me perdi novamente nas ruelas estreitas...a minha noite seria curta e uma vez que o Marc não estava disponível para jantar encaminhei-me calmamente para casa, onde tentei dormir um sono muito irrequieto, sempre com pesadelos e medo que o despertador não tocasse, às 3h da manhã...

Lundi, le 5 novembre
Não só acordei a horas, como recebi a caução do apartamento e o meu avião não se atrasou...Às 6h da manhã era o primeiro a partir, era bom que não houvesse atrasos!! Parece que trouxe o bom tempo de volta a Paris, que passou o fim de semana no meio do cinzento...Apesar de ter ido com as expectativas demasiado elevadas - é a cidade preferida de muitos amigos meus! - e ter havido alguns conflitos de interesses, pelo menor de início, a viagem foi memorável!

PARABÉNS!

A ti, Noia, por já seres arquitecta!!!

E a ti, André, por teres seguido os teus sonhos!

BOA SORTE!!

28/10/2007

Queremos festa, Diga!

O ponto alto da semana foi, sem dúvida, a prova de vinhos na Embaixada de Portugal. Foi preciso a Cristina deixar de trabalhar oficialmente para conseguir pôr uma cunha para que eu e o Gonçalo lá fossemos ver como é que as coisas funcionam. E éramos pessoas de nos habituarmos aquilo!... Vinho e comida - óptima! - com fartura, muita politiquice e fachada que dispensava, no geral era um ambiente bastante agradável! Ficámos a conhecer mais uns quantos portugueses, a Rita e o Daniel que trabalham para um canal luso-francófono, e um casal que já cá mora há 4 anos e que está a organizar uma festa Haloween a que, com muita pena, não vou poder ir!...

Preparação para um próximo fim de semana comprido, este quis-se de descanso, incluindo uma hora a mais de dia. Com algumas surpresas menos boas pelo meio, como referido, não deixou de ser mais um fim de semana de descoberta de Paris - e das pessoas. Após um jantar algo atribulado com o Ricardo na 6ª, num Tibetano que desencantámos após largas dezenas de minutos a andar sem destino, e montados nas nossas vélibs, fomos até casa da Inês dar-lhe os parabéns. Fez 26 anos no dia 25 e juntou uns quantos amigos no seu verdadeiro palácio a uns passos do Panteão. Para além da Inês e da Isabel, revi o Zé, após semanas - parece que o fim de semana à Normandia com o Gonçalo E. e o António acabou em desistência geral por falta de hotel... - e eesencontrei-me do Diga, que já tinha ido ter com o pai, e ao que consta resolveu a vida dele para os próximos tempos: saiu duas noites para a Favela Chique e já travou amizades, encontrou casa para Novembro, - ficamos à espera da cremaillère! -, e tem número francês! Ficam por definir as aulas de francês!... A noite acabou em revelações e prolongou-se até altas horas...na manhã seguinte fui tomar o pequeno almoço com o Ricardo, achávamos nós, ao Angelina. Finalmente consegui lá ir mas já não serviam pequenos almoços e ficámo-nos pelos chocolates quentes, de cacau e chocolate branco, ambos divinais e recomendados! Acompanhámos com muita conversa, tostas, manteiga e compota. À saída optámos por ir conhecer o Museu Quay Branly, uma agradável surpresa. Muito diversificado, o espaço é enorme e muito acolhedor. Depois de uma noite longa, o Ricardo foi para casa fazer compras e descansar e fui até minha casa também, onde acabei por ficar, depois de uma sessão pelas lojas da Rue do Commerce. Domingo redescobri o Marché aux Puces, desta feita para explorar o verdadeiro potencial do local. Aquilo é um mundo, pelo tamanho, diversidade das lojas, das pessoas, de tudo!!...Literalmente uma pessoa perde-se ali no meio...Inteligentemente deixei a carteira em casa e não tinha dinheiro comigo, pelo que a minha longa lista de aquisições se resumiu a umas luvas que o frio já começa a apertar! No regresso, e após um belo de um almoço no KFC, fiquei a conhecer o Parc Montsouris e fui de Vélib até casa. Passei rapidmanete no super e dediquei-me a lides domésticas, até o Diga chegar e partilharmos experiências musicais e de fim de semana!...A casa dele vai ser não muito longe da minha, e até lá fica uma noite num hotel e as seguintes em casa da Isabel. Diga, queremos uma festa!!...

Festa da bóina/boné/chapéu, da cerveja e do vinho que custe mais de 5 euros e do shot e cremaillere do Ângelo, entre outras coisas!

A semana foi bem calminha, marcada por um frio de rachar com as temperaturas a roçar o negativo e os aquecimentos no máximo. Após a partida dos pais do Gonçalo, o Diga instalou-se na sala. Tentámos sem sucesso marcar um jantar para 5ª mas a greve geral de transportes, que se prolongou em alguns casos até Domingo, boicotou o evento!...O Ricardo foi mais uma vez a Lisboa, na 4ª de madrugada e depois de no fim de semana anterior ter estado em "formação" em Itália, mas até lá ainda tivémos tempo de pôr a conversa em dia e tentarmos ver mais um filme, sem sucesso...eu fiquei-me mesmo pelo início do Paciente Inglês, o meu filme preferido, tal era o avançado da hora e cansaço!


Vendredi, le 19 octobre
Último dia de trabalho (oficial, pelo menos!) para o Paulo e Cristina! O motivo apelava à comemoração e reunimos os 5 Contactos (coisa quase inédita) mais uma amiga, o Diga e o ex Contacto Peixeiro que compareceu com umas amigas. O local seria, e pela primeira vez, a casa do Ângelo para aquela que se chamaria a Festa da bóina/boné/chapéu, da cerveja e do vinho que custe mais de 5 euros e do shot e cremaillere do Ângelo.
Sim, porque foi mesmo a primeira vez que fomos a casa do Ângelo, apesar de ele morar quase ao nosso lado! Nunca se dignou a convidar-nos e foi a pouco mais de uma semana de se ir embora que decidiu fazê-lo. Quer dizer, sejamos sinceros, acho que nos impusémos um bocado e ter mandado convites em nome do Ângelo a anunciar que a festa seria em casa dele também terá ajudado!! Os requisitos eram, entre outros, bom vinho - todos falharam redondamente, salvou o Porto reserva que havia lá em casa do Ângelo! - e um chapéu. Fica aqui o devido desmentido que o Peixeiro sabe escolher vinhos, foi de longe o pior que se bebeu naquela festa, sabia mesmo a azeite - ou seria indução do nome do vinho, Galo? À falta de melhor optei pela minha amostra de chapéu dos duendes do Saint Patricks day, o Diogo levou um gorro e o Gonçalo, o chapéu de Itália. Fizémos uma quiche óptima e fomos os primeiros a chegar. A festa decorreu tranquilamente, com muita sessão fotográfica pelo meio, algumas batidas na parede da vizinha, uma selecção musical de categoria que incluir Atoladinha, entre outros grande sucessos, e alguns shots de Tequilla, como mandava o tema da festa!... O Gonçalo E. ainda foi lá picar o ponto mas ficou pouco tempo, teve apenas tempo de partilhar um copo comigo como ditam as regras do nosso acordo - ele só pode beber bebidas alcoólicas do meu copo e eu não posso ter telemóveis ligados quando estou com ele, estamos a combater os nossos vícios! - e deu o mote de saída para algumas pessoas, incluíndo eu que saí logo de seguida. O Gonçalo chegou pouco depois e o Diga foi o último, passadas cerda de duas horas, diz que guiado pelo Peixeiro por não fazer ideia de como se chegava ao nosso chateau!...

Samedi, le 20 octobre
Incrivelmente, e passada quase uma semana de estar em Paris, o Diga ainda não conhecia absolutamente nada sem ser o centro, que é como quem diz, a nossa casa e o percurso que faz a pé até ao trabalho - há quem tenha sorte! Assim sendo reservámos o dia de Sábado para umas visitas turísticas. O plano era simples, sair de casa e começar em Charles de Gaulle Étoile, onde iríamos alugar umas vélib para facilitar e acelerar a deslocação. A fome falou mais alto e começámos mesmo por levantar dinheiro e almoçar. Entretanto o Gonçalo foi ter com a Isabel e a Inês a Buttes Chaumont (parece que existem mesmo umas pequenas grutas e quedas de água, tenho que lá ir confirmar!) e esquecemos as bicicletas já que não tinha forma de a alugar para o Diga, que também não tem cartão com chip!...Descemos os Champs Elysées, nunca os tinha visto tão apinhados, com imensas cenas caricatas de adeptos das equipas que iam disputar a final do rugby naquela noite, desde homens vestidos à índios com pinturas tribais, debaixo de uma bandeira da África do Sul, a cavaleiros da Távola redonda montados em bicicletas, havia de tudo!... Continuámos até ao Petit e Grand Palais, passámos a Ponte Alexandre III, e atravessámos Concorde, as Tuileries com imensas obras de arte espalhadas e o Louvre. Pela margem do rio chegámos ao Hotel de Ville, entrámos na Notre Dame, e corremos a Île Saint Louie. Demorámo-nos um pouco numa das pontes, trocando reflexões sobre a vida, e apressámo-nos para o metro para ir visitar uma casa para o Diga, passando por um salão de chá de aspecto muito convidativo, tenho que lá voltar! Deparámo-nos com a greve e após várias artimanhas acabámos em Montparnasse de onde fomos a pé até Convention. A casa era bem simpática, uma pechincha, mas a rapariga que queria partilhar casa final não estava preparada para o fazer e a coisa ficou sem efeito!... De lá fomos até casa, a pé mais uma vez, e fizémos tempo até irmos para o restaurante proposto pela Inês e Isabel para a recepção do Diga. Saímos tarde e ainda tentámos manter a postura dizendo que tínhamos ido mostrar a zona ao Diga, mas a verdade é que nos atrasámos, nada a fazer! Até se mostrou uma atitude sensata, uma vez que o restaurante não aceita reservas e estava à pinha! Surpresa agradável, a Helena também estava por lá! A escolha foi muito acertada, Avé Maria de seu nome e cozinha exótica de especialidade. Passou-se muito bem, banda sonora de clássicos e alguns vídeos para contar a história! A noite continuou para a maioria na Favela Chique, para mim e para a Helena acabou no vale dos lençóis!... E de notar que o Diga rendeu-se às evidências, aquilo é um antro de calor e parece que foi mesmo ele quem deu a dica para se irem embora! Acabei de saber que, no entanto, este fim de semana voltou lá duas vezes... parece que o trauma não foi grande!

Dimanche, le 21 octobre
Comecei o dia, outro de céu azul fantástico, no famoso Museu Rodin. Impressionou pelo espaço em si, com um jardim, lago e palácio, mas não pela exposição, bastante reduzida...Tentei depois ir à Angelina, café famoso pelo chocolate quente, para alguns o melhor do mundo, mas em vez de encontrar a tasca que tinha imaginado deparei-me com um sítio todo chicório onde não era de bom tom entrar sozinha! Pus-me então ao volante de uma vélib e fui até casa do Ricardo, que ainda não tinha voltado, para tratar de uns assuntos pessoais. Dediquei a tarde a mim própria e fui depois a casa, onde jantei uma belíssima sopa feita pelo Gonçalo, e encontrei-me a seguir com o Gonçalo E. na cave de um bar para um concerto de Jazz. Andámos desencontrados no fim de semana mas pusémos a conversa em dia. Os únicos espectadores éramos nós, teve a sua piada, mas aos poucos juntou-se audiência suficiente para dar início ao concerto, que apenas era arraçado de jazz. O saxofone deu o ar da sua graça na música que já não consegui ouvir, o Ricardo acabava de chegar a Paris e passou na zona para me apanhar de táxi. À medida que se aproxima o fim do estágio, ainda com muita incerteza sobre o que o futuro trará, a pouco e pouco vou picando o ponto nas "últimas" coisas que ainda não conheço em Paris, começo a sentir a cidade como minha casa...gostava de conhecer e viver Lisboa tão bem como conheço e vivo Paris!
Não se esqueçam que há mais fotos no link Fotos da Fi!