31/05/2007

Paris Fashion

Gonçalo, excelente trabalho de compilação do best of da sessão FIM DE SEMANA EM PARIS com DTBM, FMCD, RC, IB e toi même!!

30/05/2007

Põe as mãos no ar...brinda à amizade!

E numa de recordar bons momentos, aqui fica o culminar de 10 dias no Hotel Vila Galé Ópera...até vêm as lágrimas!

Update Last Days II

O final da última semana e mesmo esta não trouxeram muitas novidades - mas o fim de semana promete compensar. Àparte de sonhos estranhos que mesmo assim me deixaram de rastos, e de algumas surpresas agradáveis como pequenos almoços na cama, incluindo sumos naturais e algo semelhante a torradas ou jantares apimentados, compostos por sushi e ambientes exóticos, os dias resumiram-se a muitas, muitas reuniões de manhã à noite, e tentativas de descanso frustradas, pelas melhores razões. 6ª jantar de despedida do Fred, em Saint Germain, após a tempestade do século, com direito a trovoada à séria e uma chuvada monumental, que deu lugar a um frio gelado. A noite não acabou tarde, o corpo acusa o cansaço, e gozei a casa só para mim, pela primeira vez neste quase 4 meses. Nos dias seguintes alguns momentos de mimos comigo própria, onde me brindei com algumas roupas novas, e uma surpresa muito agradável ontem à noite, com um telefonema completamente inesperado do João - que bom ter notícias, e boas, tuas!!! Boa sorte para as tuas decisões! - completam estes dias tão preenchidos!

Pequena divagação...pano para mangas!

As coisas têm a importância que lhe queremos atribuir. O mesmo se passa com as pessoas, na esmagadora maioria dos casos. Há aquelas que nos são indiferentes, e outras sem as quais não passamos. Acredito, no entanto, que salvo muitas raras excepções, somos nós que lhes atribuímos o significado que queremos, e não tanto que somos levados, inconscientemente, a ter determinados sentimentos pelos outros. É por isso que temos melhores amigos, amigos, paixões, conhecidos. Identificamo-nos mais ou menos com este ou aquele, e dependendo da fase da vida sentimos desta ou daquele forma. Controlamos aquilo que sentimos ou então deixamos-nos levar...será que deixamos mesmo? Não estará a altura em que conhecemos alguém directamente interligada com a forma como nos vamos passar a relacionar com ela?

Inevitável também é não estabelecer comparações. Uma nova pessoa lembra-nos sempre, de uma forma ou de outra, outra que nos é mais ou menos próxima. Para além de que é também inerente ao português que se preze tentar logo encontrar um caminho de ligação até à nova pessoa através de conhecimentos que já tenha.

Impossível referir aqui casos ilustrativos de todas estas situações mas presta-se aqui a uma pequena homenagem a, pelo menos, uma pessoa, ou não tivesse sido ela a inspirar-me para este post! Mais uma vez a reminiscência, Erasmus como não podia deixar de ser, o melhor ano da minha vida. Talvez por isso, Renato, sejas hoje uma das pessoas de quem mais gosto - ou não fosse ter sonhado contigo este fim de semana! ;)

Nós, de volta há uns anos atrás, no Vila Ernesto!

DreamLand!!!

Há sonhos que não fazem sentido, outros que são tão realistas que chegam mesmo a confundir-se com a realidade. Este fim de semana tive um destes sonhos. Sonhei que tinha ido a Portugal. Com muitas peripécias pelo meio. O bom dos sonhos é que muitas vezes lembramo-nos até dos mais ínfimos pormenores!!

Sonhei que me levantava às 5h da manhã para apanhar o avião das 7h, mas como tinha havido uma enorme tempestade na noite anterior muitos vôos tinham sido cancelados e, portanto, que não me conseguiam lugar no meu vôo. Sonhei que não bastante ter perdido um vôo perdi os 2 seguintes, e comecei então a berrar e espernear e fui então atendida pela responsável do serviço. Neste ponto já tinha conhecido um rapaz, o António, que estava na mesma situação. Lembro-me que a responsável ao ver o meu estado tratou de arranjar-nos lugar no voo seguinte e reembolsar-nos a viagem, alterando ainda o regresso sem custos. Chegada a Lisboa com muitas horas de atraso, sonhei que corria directa para o cabeleireiro (trauma da franja, que entretanto cortei!), que ainda tinha que esperar por mim para além da hora do fecho, com a ajuda da minha mana que me tinha ido buscar ao aeroporto. Recordo-me de ter ido depois a casa surpreender a minha mãe, abraçar muito, muito, muito o willie! e correr para Sesimbra, para um evento muito importante para o Ricardo, a abertura da mega LullyFarma, a parafarmácia mais fantástica e priveligiada de Sesimbra e arredores. Não queria perder aquele acontecimento por nada e valeu a pena, mesmo em sonhos, ver a cara do Ricardo, que não estava nada à minha espera, tendo como cúmplice o Gonçalo e a Catarina e, posteriormente, a mãe do Ricardo, para conseguir manter a encenação...Alguém de quem me lembro muitas vezes não estava na zona mas o jantar acabou mesmo por ser por aquelas bandas, onde se fazia sentir um microclima muito estranho, e julgo que seguíamos depois para uma festa na Costa, organizada pela Marta e que estava muito gira! Acho que, mesmo no sonho, senti o frio de rachar que acompanhava o vento abundante, a areia debaixo dos pés enquanto fazia corridas de estafetas, pinos e rodas com o Renato e o André, o bom da água do mar nos meus pés...Acho que foi nessa altura que o João chegou e pouco depois decidimos ir para o Bairro, cada um no seu carro e com breve paragem em minha casa para deixar a minha viatura. Cruzámo-nos lá com o Pedro e já tarde acho que ficava só eu e o Renato, com espírito revivalista, e tentávamos o Plateau e o Docks, sem grande sucesso - um pela fila e o segundo pela música horrível. Ao fim da 27ª hora acordada - fartei-me de olhar para o relógio durante o sonho, devia estar com medo de acordar! -, dei o berro e fui levada que nem uma rainha a casa pelo Renato...Após cerca de 4h de sono dentro do sonho, acordei para combinar com a minha mãe uma estratégia para ir visitar os meus primos. Acertados o pormenores, lá íamos nós e depois da surpresa de me verem ali fui tentar reestabelecer contacto com a Susu, a minha prima bébé linda! Dizem que o tempo não passa nos sonhos, mas a verdade é que a vi mais crescida, e a dizer que não gostava da menina de Paris e que não se lembrava da Fi!...Tenho claramente que remediar este ponto...passado o primeiro choque lá acabou por me mostrar as saias de princesa lindas e os livros novos e como sabia rebolar na cama...Quero ser criança outra vez!! Aproveitava para ver o concurso no Jockey da minha mana, que corria lindamente, e para pôr a conversa em dia com muitas pessoas com quem já não falava há muito! O almoço foi com a minha mãe, comidinha caseira - até parece que lhe senti o cheiro e sabor! -, e novamente passagem no jockey, a caminho do aeroporto. O tempo realmente não estica, nem no mundo dos sonhos, e as 27h não eram mesmo assim suficientes para ver o meu pai e outros amigos de quem tantas saudades tenho...

Uma história como esta só acontece em sonhos, ainda bem que os há, pois há sonhos que são quase tão bons como a realidade!!! :)

25/05/2007

Update Last Days

Paris, de volta. O tempo anda estranho. Mas parece que é por todo o lado. Então não é que se prevê granizo para amanhã em Portugal?? Em Paris espera-se um fim de semana bem quentinho e solarengo. Será desta que vou estrear os meus patins?

Os programas não faltaram. 3ª trabalho em casa e aproveito para dar mais uma corridinha ao final do dia - impressionante, mas consegui perder-me exactamente no mesmo sítio da noite anterior!! - e para me dedicar um pouco à cozinha - hoje sou eu que faço o jantar! Medo, muito medo, mas a coisa até correu bem, entre peixinho com alho francês, natas e cenoura, acompanhado de batatas salteadas no forno à Bea e rematados com uns moranguinhos. A noite ainda teve direito a surpresa, com a chegada do colega da edição anterior Pedro Ribeiro, que só era esperado na noite seguinte! Conversa animada e oferta de um guia que me será certamente muito, muito útil sobre a França. Não conseguimos acompanhar o rapaz em grandes andanças noturnas, o meu corpo acusava o cansaço e no dia seguinte havia entrevista para ele.

4ª o calor começa a apertar em Paris. O fim de tarde fantástico convida a um copinho de sangria, e eu e o Ricardo lá fomos - acho que foi a primeira vez que lhe mostrei um sítio novo, costuma ser o contrário! Copinho puxa copinho e há mais uma vez partes da noite que estão um pouco turvas...mas foi bem passada!!

5ª recebo o meu ipod de volta, que falta que me fazia, obrigada João Pedro! As compras previstas são adiadas e o concerto sugerido pelo Sylvain dá lugar a um pequeno pot de départ, um convívio para assinalar a despedida do Fred de terras francesas, pois parte com destino a Madrid, com passagem por New York!! A noite teve direito a guerra de molhos, hamburgueres, tentativas de kaipiroscas - temos mesmo que lhes ensinar essa arte! - e muita cantoria, à falta de bar karaoke eu e o Gonçalo Eliseu démos o ar da nossa graça e cantámos e encantámos a plateia! Quem também decidiu aparecer para contradizer boatos infundados foi a Helena, está vida e de saúde e confirma presença em alguns eventos a realizar num futuro próximo!



Os últimos dias, de regresso a Paris, foram...diferentes. Não pelas actividades mas mais pelo mix de sensações. Há dias de nostalgia, outros de extrema felicidade, de inconformidade, alguns de impotência, outros ainda de saudades. Os meus tiveram de tudo um pouco. A minha última aventura remexeu em várias coisas. Foi o falar de mim como já não fazia há algum tempo, foi o rever amigos que me dizem muito e ainda constatar algumas verdades e assentar os pés na terra - por momentos, pois claramente o meu lugar e nas nuvens! :) 3 meses e meio, dirão alguns, não chegam para conhecer uma cidade. Concordo em parte. No meu caso específicio, seriam o tempo ideal para permanecer em cada sítio, tempo suficiente para explorar e aproveitar ao máximo e rumar a um novo capítulo. Que surpresas me reservará o futuro? As ideias borbulham. David, tenho mesmo que utilizar uma citação tua: "O futuro daqui para a frente, sou eu que o faço!"

23/05/2007

VIP BUS - Viena Interesting Place e Budapest Unforgettable Séjour

As pessoas fazem os sítios. Aconteceu-me já várias vezes. Recorro novamente ao meu Erasmus, caso mais ilustrativo desta afirmação. Relembro também muitas das viagens que já fiz, como a inesquecível ao Brasil, por altura do fim de curso, e onde aprofundei a amizade que agora tenho como inabalável com a Fa, a minha melhor amiga e a quem fui fazer uma visita nesta última aventura que é, sem dúvida, a constatação disso mesmo - os sítios são feitos pelas pessoas. E estes não podiam ser, portanto, sítios melhores. Principalmente quando cumplicidade e convergência são as duas palavras de ordem. Dias e noites tão intensos que requeriram mesmo algum tempo para assentar ideias até vir a inspiração para este post. Julgo que está no ponto.


Le 16 mai 2007
Próxima paragem, Viena. Por pouco perdemos o avião - culpa do Ricardo -, e tiveram mesmo que abrir de novo o check in para podermos embarcar. Tanta corrida deu direito a tosse até ao fim da viagem! Fomos recebidos que nem reis, faltou a plaquinha com o nome, mas lá tínhamos táxi e o João Pedro à nossa espera. Era tarde e a fome apertava, deixámos as malas em casa e seguimos para o centro, para a tour Viena by night e o tão desejado jantar/ceia. Explorámos o Quarteirão dos museus, que viria a ser um dos meus sítios preferidos de Viena, e conhecemos os museus de história da arte e história natural, a famosa casa da sisi, as ruínas romanas (que quase é uma ofensa serem chamadas assim!), vimos o prédio mais estreito da cidade, descobrimos a Albertina, com vista para a Ópera, e seguimos para casa. Houve tempo ainda para um primeiro contacto com a rede a estrear da varanda do João Pedro, onde quase que adormecia.



Le 17 mai 2007
Quinta foi um dia difícil. Dífícil porque há mesmo pormenores que se me apagaram da memória. Difícil porque custou acordar cedo. Mas um dia fantástico! Acordou-nos um pequeno-almoço real e tirou-se a barriga de misérias de...torradas! Visitámos o palácio e jardim de férias da Sisi (vivia-se mal) e onde brinquei com um esquilo (gosto muito de esquilos!), revimos a Ópera, passeámos na zona pedonal do centro até à famosa catedral do telhado com telhas de cor. Almoçámos num sítio típico, rodeados de animação de rua, alguma dela bem original, e continuámos para ver a Rathaus, passando por umas galerias com direito a sessões fotográficas (foram várias, aliás). Chegado o ponto alto do dia, sentámo-nos ao solinho de pouca dura no Quarteirão dos Museus, onde escrevi um bonito postal à minha mãe linda, e onde degustámos um bom vinho da região (não era assim tão bom mas soube bem!) até sermos interrompidos pelos chuviscos. O Ricardo descobriu um novo interesse, o backFoot (???), e verdade seja dita, a evolução foi estrondosamente rápida, o rapaz dominou a bolinha altamente maleável de de dimensões tão minúsculas que facilmente se perde de vista! Seguimos para o Prater, "feira popular" onde andámos na roda gigante, à chuva, e fiz festinhas ao pónei com ar triste, e quase que comi algodão doce branco (obrigada Ricardo, por teres ido a correr procurá-lo!). Jantámos no Schweizerhaus, o prato típico da região, joelho de porco, acompanhado de um "óptimo" vinho da casa e de muitos brindes à "Princesa" (agradeço-te, João, por teres feito questão de o tornar público perante todo o restaurante e por várias vezes depois!) e alguns shots de oferta da mesa ao lado! É aqui que começo a ter algumas brancas. Sei que jogámos na casa das máquinas, que me lesionaram o pulso com um golpe severo, e que andei a dar toques na tal bolinha que acabaram por oferecer ao Ricardo. Sei também que andámos os 3 num camelo, aqui as fotos ajudaram bastante. Também me lembro que apareceu um senhor com a carteira do Ricardo, e que o João Pedro correu muito para ir buscar a bolinha que ficou na casa das máquinas. Aqui sei o que me disseram. Apanhámos o metro e andámos perdidos à procura de um bar ou discoteca, com recurso à nossa amiga Tatiana (nada de confusões, era o GPS). Entretanto apanhámos um táxi para o Passage, onde o João Pedro pergunta por alguém que não existe! Continuámos para o Leopold, bar disco no quarteirão dos museus. Aqui a memória dá o ar da sua graça novamente. Dancei até não poder mais durante quase 3h, a maior parte do tempo sozinha, muitas vezes bem acompanhada, e ainda me propus a jogar sozinha, novamente com a bola, no páteo, a saltar de banco em banco. Para terminar a noite em beleza, nada como apanhar um táxi que passa filmes porno.



Le 18 mai 2007

No dia seguinte ainda tivémos tempo de ver mais algumas coisas de Viena. De uma forma geral, a cidade é muito bonita e tem muitas coisas para ver. É muito limpa, demasiado asséptica, mas falta-lhe a componente social, a componente da desorganização que tanto combina com os países latinos. Apanhámos um eléctrico para ir até à casa do Hundertwasser, local que dá bastante cor à cidade, corremos ainda o centro a pé e revimos a casa da Sisi by day. Voltámos também a algumas lojas à procura de souvenirs, e lutando um pouco contra o relógio, seguimos de táxi até à estação de combóios, de onde seguiríamos para Budapeste.
A Fa foi receber-nos à estação, com a housemate, e o primeiro passo foi fazer compras para o jantar. Refeição caseira fantástica, onde o Florent se juntou a nós, mais uma vez fui tratada que nem realeza e nem a loiça me deixaram lavar! Saímos depois para o centro, onde nos encontrámos com vários amigos da Fa, alguns dos quais já conhecia da viagem a Paris. O bar parecia uma garagem mas o ambiente era muito simpático. Após duas vitórias nos matraquilhos, encontrei o Tiago R. por acaso (não totalmente, sabia que ele estava em Budapeste mas não combinámos nada!) e foi altura de pôr alguma conversa em dia. Fomos depois ao BudaBeach, espaço muito interessante, à beira rio e ar livre, com bungalows espalhados na margem e duas pistas de música. A primeira não me interessava e arrastei a Fa comigo para a outra, e a caminho fizémos uma sessão de fotos a duas, à qual rapidamente se juntaram dois italianos muito simpáticos. Conversa puxa conversa e já se falavam de visitas turísticas para o dia seguinte e viagens a Itália. Tivémos ainda direito a vários momentos de confraternização, em volta de duas rodadas de shots, e muita, muita dança pela noite dentro. O fim da noite foi ainda bastante atribulado, quando perdemos o Ricardo e o encontrámos a tentar entrar num táxi. Fica a pergunta no ar, será que ele conseguiria ir ter a casa sem a morada?...Isto para não mencionar os convites estranhos que lhe haviam sido dirigidos momentos antes na casa de banho dos homens...podemos dizer que o Ricardo quis ter contacto com todas as experiências não recomendadas no nosso guia!!



Le 19 mai 2007
Toque de alvorada antecipado graças ao calor que se fazia sentir numa cama de três pessoas... devido ao sol, obviamente! Fica assim ultrapassado o mito do Ricardo na cama com duas mulheres. O Florent acompanhou-nos na nossa jornada daquele dia. Depois de horas a tentar perceber qual o nosso autocarro, começámos pelo monte que se avista da casa da Fa, um dos pontos mais altos da cidade e que nos exigiu um grande esforço físico, óptimo para iniciar o dia!! A vista compensou, era soberba! Almoço num McDonalds muito à frente, e continuámos para outra colina, com a cidadela. Visitámos também a igreja dentro do monte, descemos a encosta e atravessámos a ponte que passava junto a um mercado que já estava fechado, em direcção ao centro onde fizémos algumas compras. Contornámos uma das laterais do majestoso parlamento, inspirado num inglês, e sentámos-nos à beira rio logo a seguir a uma escultura diferente de tributo aos judeus da II Guerra Mundial. O jantar foi de pompa, num restaurante medieval indicado pelo meu housemate Gonçalo, com direito a homens em armadura, duelos de guerreiros e muito animação, onde me atrevi mesmo a comer com as mãos e a provar de tudo o que nos foi posto à frente! A noite era de celebração, o Carlos fazia anos, e reunimo-nos todos num barzinho no centro para cantar os parabéns e para a entrega das prendas de anos, muito originais e nada...constrangedoras!! Revi o meu amigo José Pedro Oliveira, com quem não tive grande oportunidade de falar por ter sido interrompida, e aproveitei o calor da noite cá fora, intercalado com alguns choviscos. Mais uma vez o serão continuou no BudaBeach, mas os grandes passeios diários e as árduas noites longas não permitiram acompanhar o ritmo até altas horas e a pretexto de acompanhar uma amiga que não se sentia muito bem regressei ao palácio da Fa com o Ricardo, para um merecido descanso...a Fa e o Florent não demoraram muito a seguir-nos o exemplo, mesmo assim era já perto das 3h quando finalmente todos nos deitámos.



Le 20 mai 2007
Grande maratona na manhã seguinte. O Florent abandonou-nos e fomos picar o ponto no castelo, noutro sítio com vista fantástica mesmo ao lado, na Ópera (que amei, toda de madeira por dentro e com um ambiente envolvente do melhor, com uma fonte com ruínas romanas afundadas e tochas acesas) e no hotel das termas. Havia um banho previsto no programa mas o relógio não pára, tivémos apenas tempo de voltar a casa, apanhar as malas e correr para o combóio, que apanhámos nos últimos minutos, ainda teve o Ricardo que correr por cima dos carris para garantir que não morríamos esfomeados durante a viagem. O dia esteve óptimo, e assim se manteve para o churrasco em casa do João Pedro, inauguração da época barbecue. Conhecemos alguns dos amigos e vizinhos, vi finalmente a Micas e o Lionel!, comemos à grande e à francesa uma variedade enorme de salsichas, muitos petiscos feitos pelo João Pedro e acabámos por expulsar toda a gente perto das 00h, ainda tudo por arrumar e muito pouco tempo para dormir. Claro que algumas coisas ficaram para trás...


Le 21 mai 2007
Foi duro acordar às 4h am. Pior ainda foi a correria mais uma vez para apanhar o check in aberto!! O taxista aproveitou-se mas o Ricardo recuperou o roubo. Novamente enganada por um taxista já em Paris (a minha sina com estes senhoras não se recomenda) e como não sei reclamar em francês tive que me contentar com o facto de ele não me ter deixado onde lhe pedi e quase ainda mais longe que o aeroporto!! Enfim, agora só consigo rir! O dia de trabalho foi comprido, saí do escritório às 20h, mas ainda resisiti para a corrida de final de dia com o Gonçalo, até ao Trocadero (quisémos subir a Torre Eiffel a pé mas não nos deixaram aquela hora!), e consegui demorar o dobro do tempo previsto (o Gonçalo depois acelerou o passo e separámo-nos) porque me perdi. Há ali uma zona que me confunde, não percebo...


Reflexão:
O balanço da viagem não podia ter sido melhor. Conhecer duas cidades lindíssimas em 4 dias, equilíbrio entre a vida nocturna e diurna, rever amigos - João Pedro, obrigada pelo tratamento Vip; Fa, amei voltar a estar contigo, decididamente temos que nos juntar na próxima aventura internacional, juntas somos inarrêtables (aprendi esta ontem!); aprofundar relações com outros - Ricardo, ainda tenho cenas para colorir, preciso da tua ajuda! Já me deixavas era também falar com as pessoas, não sejas egoísta!! ;) Olha que fui boazinha e não pus a foto do saco...
Pela primeira vez faltam-me as palavras e julgo que não existe aqui espaço para muitos mais desenvolvimentos. A história completa fica para quem a viveu - e se lembra dela!

A pedido do meu amigo José Pedro Oliveira, deixo aqui duas fotos lindíssimas de Budapeste da sua autoria. Obrigada pela recepção!! Vou cobrar companhia na minha próxima visita - fica desde já prometido o regresso a Budapeste, ficou ainda muito por ver!

16/05/2007

ICE TEA DE LIMÃO e Gelado de nata

Não há Ice Tea de Limão em Paris. Atrevo-me mesmo a dizer em França. Ou ainda em qualquer país que não seja Portugal e Espanha! Serão os paladares das populações assim tão diferentes, atravessando apenas uma fronteira! Alguém que me explique. Há Ice Tea de pêssego, manga, frutos vermelhos, limão com menta, com gás...mas não há o clássico limão!


Não há também gelado de nata. Aqui ainda vou mais longe e afirmo mesmo que, fora de Portugal, não há gelado de nata. E ainda se riem na minha cara quando peço Cream Ice Cream. Vendo bem a coisa, fica um bocado rídiculo....

Caroço, Carocinho, Caroção!

Temas pertinentes, polémicos e de um ponto de vista diferente, eis o que promete o blog www.fazer-a-paris.blogspot.com . Aqui fica um original, contado na primeira pessoa do Paulo Varela.

"Algo que sempre me fascinou foi a existência do caroço na fruta. Existem caroços maiores e mais pequenos, mais duros, mais moles e alguma vezes mais do que um na mesma peça de fruta. Tanto o melão como a melancia ganham as outras frutas aos pontos em termos de número de caroços, no entanto o pêssego possui o mais divertido de todos os caroços, ou como eu lhe costumo chamar, a fruta raínha de todos os caroços. Mas o que realmente me preocupa são as uvas. A uva é um tipo de fruta que tem um caroço bastante manhoso. Nunca sabemos com o que podemos contar. Existem uvas com apenas um caroço e outras com dezenas deles. As uvas organizam-se entre si de forma a distribuirem os caroços para conseguirem incomodar quem as come. Será mesmo perigoso e enquanto as comemos devemos ser cautelosos e prudentes. Se forem mal consumidas podem ser letais. A comunicação social deveria dar mais atenção a pormenores como este mas graças a mim e ao serviço público que pretendo realizar com o meu blog, sei que irei melhorar a vossa qualidade de vida. Não precisam de agradecer."
Permito-me ainda acrescentar que a nêspera é também tricky! Não sendo o seu caroço demasiado grande e suficientemente pequeno, é facilmente engolido pelos mais desprevenidos, podendo provocar situações perigosas. E tenho dito!

15/05/2007

Diz-se que... e alguns quês de engraçado!

Movimento, pediram-me mais actualizações e mais dinamismo no meu blog! Aqui está a resposta...mais um mega post! :)

Fim de semana de visitas. Deveria ter sido de descanso entre duas grandes viagens, não estive a 100%, mas foi muito bem aproveitado (não fosse o sono!). 6ª à noite, e enquanto esperávamos duas horas a mais em casa pelo David, Inês e Raquel, fiz uma mini sessão de karaoke. Os vizinhos que desculpem, e Gonçalo também, devem ter sofrido um pouco! Música em francês abundou, até porque há que arranjar formas de praticar a língua!
Chegaram os três, a prenda - bebida típica espanhola - ficou pelo caminho, em estilhaços... restam as fotos e cortes a comprovar que existiu! Jantar caseiro, que as horas não permitiam outras andanças, e conversa animada até horas indecentes. Distribuição de dormidas e sono curto até irmos buscar o pópó, no dia seguinte, para partirmos à aventura!

Não é um mito, o mercado ao pé do meu chateau existe mesmo. Passámos lá de corrida mas fica a tentação para lá voltar, a comida tem óptimo aspecto! Impressionante a facilidade com que encontramos portugueses nesta cidade, não é que os dois empregados da Hertz falavam português? Calhou-nos um 207 e seguimos em direcção à Normandia. Visitámos o cemitério, as praias de Utah e Ohama e ainda uma outra, onde o terreno está coberto de crateras resultantes dos bombardeamentos (David, vais ter que me ajudar aqui com os nomes!). Mont Saint Michel foi a próxima paragem, fim de tarde agradável e com poucos turistas, para variar! Grandes sessões de fotografias sequenciais fizémos nós... Conduzi pela primeira vez em França - mas não foi em Paris, por isso não posso dizer que tenha sido uma experiencia completamente nova! Regresso com jantar pelo meio, na bomba de gasolina. Fiquei na primeira paragem da viagem, em casa, enquanto que os 4 restantes passageiros da viatura seguiram para o tour por Paris by night - consta que, na realidade, eram apenas 3, uma vez que o David aterrou com grande pinta assim q voltou a entrar no carro!! :)

Domingo amanheceu com chuva, quando fui devolver o carro ainda de madrugada. Quando saímos de casa para almoçar, que belo dia fazia, até de T-shirts andámos!! Boulangerie connosco, para nos abastecermos para o picnic, e 5 minutos depois de nos sentarmos caiu a chuvada do ano, com direito a trovoada e uma ventania de fazer levantar vôo! 30 minutos depois, o sol volta a brilhar e acompanhou-nos até ao final do dia. Corremos a École Militaire, os Champs des Mars, a Torre Eiffel, apanhámos o metro no Trocadero e continuámos para Montmartre, em busca do café da Amélie Poulain, que encontrámos não sem antes termos perdido horas na Pylhones (loja de design, onde comprei o meu porquinho mealheiro amarelo!). Moulin Rouge após grande aparato policial, e acabámos em St. Michel, onde comi algo estragado (deve ter sido um perdigoto voador no meu prato, Inês! ;) ) e fui para casa a correr (o dever chamava, tinha "reunião" telefónica de trabalho marcada) e onde fiquei, a morrer...foi a pior noite da minha vida!! E o meu estômago que costuma ser tão resistente...













PICNIC ANTES
PICNIC DEPOIS
O David abandonou-nos, e no final do dia de 2ª encontrei-me com as meninas no Arco do Triunfo, andavam as duas a arrastar-se pelos Champs Elysées! Fomos conhecer a melhor sangria de Paris (sim, o meu estômago recompõe-se rápido, mesmo não tendo conseguido comer o dia inteiro!), é muito boa e provavelmente a única sangria de Paris! Animou os espíritos e fomos-nos encontrar com o Gonçalo e Fred para jantar na Rue Mouffetard. Ainda tentámos, finalmente, o Palais de Tokyo, mas estava fechado. É o que eu digo, saio de Paris sem o conhecer! A ida para casa foi atribulada, pelo menos para a Raquel, que foi brindada pelos pombos!! :)

Aos 3, voltem sempre!!!!



A visão do Gonçalo deste fim de semana tem o seu quê de engraçado e realista! Aqui fica na primeira pessoa - interpretações ficam ao critério do leitor!

"Alguns factos e diz-se que da viagem:
- Diz-se que rebolo mto na cama e acho que o David temeu o pior
- A Inês ressona..
- O David andou em contramão qdo chegou ao UK.. deve ser o mais certo pelo menos :p (caso não tenha mesmo adormecido...)
- A Raquel atrai imenso (pelo menos os pombos)
- As meninas andaram mais de 23 km num só dia.. faltaram as massagem e o cantar da Filipa, mas tinham tanto sono que não esperaram
- O charme das meninas ficou aquem do esperado.. o fotógrafo ainda puxou por elas mas não se soltou todo o potencial
- A Inês de manhã não manda uma para a caixa...
- A Raquel gosta deles feinhos mas faladores (estou novamente a falar dos pombos, claro)
- Descobriu-se a maravilha das sequências de fotos!
- Diz-se que estou com os olhos muito vermelhos e cheio de sono...
- França anda a recrutar novos talentos para a sua selecção nacional e quer substituir Zinedine Zidane por Raquel Cunha (diz-se que tem um potencial de cabeçada que é de meter inveja ao próprio Zizou..)
- O David vai ser alguém na vida!
- A Filipa tem um sono super leve e com qualquer barulho já está acordada...
- Tiraram-se mais fotos nestes dias do que eu tenho minhas até aos meus 18 anos de idade
- Segundo consta está em marcha um processo de recrutamento de duas meninas para um famoso "moinho vermelho" em Paris depois de uma dança nocturna em frente ao mesmo.. há provas!
- Não vai haver crepes durante pelo menos 2 meses!!! Filipa está escrito! :p
- Os 3 já conhecem Paris de trás para a frente e até que faziam aqui um tour a qualquer que cá venha ;-)
- David, nem imaginas o efeito da sangria nestas meninas.. estavam loucas!"

C'est la vie!

Coincidências. Dirão alguns que o mundo é pequeno. Outros, que simplesmente é redondo. Seja como for, a verdade é que há pequenas coisas a que não podemos deixar de achar piada. Como seja o facto de, mesmo sem saber, me ter calhado como colega nesta aventura aqui em França alguém com quem trabalhei já há uns anos. Partilhámos também um desafio nas lides artísticas, e possivelmente cruzámo-nos e falámos, e apenas 4 depois é que nos conhecemos, em Paris. Ao menos já temos tema de conversa! :)

Também há 3 anos atrás vim a Paris com a Isabel e ficámos em casa de uns amigos dela. Não conhecemos o anfitrião na altura, que estava para fora, e venho agora conhecê-lo quando, novamente, os nossos destinos se voltam a cruzar nesta cidade.

Estranho também (ou não, mas para o efeito do post é bom pensar que assim é!) é ter amigos em comum com pessoas que conheci há muito pouco tempo e que estão agora na China. Ou não fosse ter recebido já um comentário de alguém que me diz que as histórias do meu Erasmus já chegaram ao outro lado do mundo! Esse erasmus mítico...Isabel, aproveita bem esta tua aventura! Tira muitas fotos no Tibete!

13/05/2007

6 MORE TO GO! (at least...)

3 meses. Foi o tempo que passou desde que cheguei para Paris. Foi o tempo que tive para aproveitar a minha aventura por terras de amor e luzes. E que 3 meses fantásticos!

Resumidamente, fui para fora cá dentro e fartei-me de conhecer cidades além fronteiras também. Estive em Londres, Dublin, Mont St. Michel, Saint Malo, Dinard, Dinan, Normandia, Berna, Zurique, Basel, Hannover, Estocolmo...acima de tudo vivi bem Paris. Conhecer esta cidade é necessariamente sinónimo de adorá-la. Ou, como dizia o Oscar Wild, "If you don't love Paris, you don't love life". Não podia estar mais de acordo. É um nunca acabar de oportunidades e programas. É um mundo de pessoas e de diversão.

À minha chegada foram vários os contratempos. Todos superados. Não foi a minha primeira experiência internacional e já tinha alguma bagagem. Já me habituei à minha casa de bonecas, e acho que não podia ter arranjado melhor housemate. Também os amigos que fiz, porque já assim considero grande parte das pessoas que por cá conheci (ou outras com quem fortaleci relações), são grandes conquistas pessoais. As saudades de casa não apertam, até porque falo com bastante regularidade, sei que estão todos bem e que não é a distância que vai esmorecer as fortes ligações que temos entre todos. Apenas o meu gato me faz muita falta...trocamos algumas palavras e miados pelo telefone mas não é bem a mesma coisa! E da minha priminha Sofia também tenho saudades, que não quer falar comigo ao telefone...

O trabalho também tem sido uma surpresa - positiva. Notarão os leitores, com certeza, que são raras as referências ao meu trabalho. Propositadamente. Já deram azo a alguns comentários como "É só boa vida!" - e não me posso queixar, tenho levado uma óptima vida! -, mas a verdade é que, e quem me conhece bem assim o saberá, não gosto de misturar a minha vida pessoal com a profissional. Ficam a saber então apenas que tenciono levar todos os meus desafios a bom porto. E que venham mais! O programa Contacto tem várias falhas - sobejamente conhecidas - mas no meio de tanta confusão considero-me com sorte pela empresa e funções que me foram atribuídas. Mesmo o destino, que inicialmente me deixou bastante de pé atrás, se transformou na melhor coisa que me podia ter acontecido!

Chega de reminiscências. Mais meses estão para vir, para viver Paris. Pelo menos mais 6! Depois o tempo o dirá...projectos e ideias não me faltam!

Eu, a iluminada!

Não de ideias, infelizmente (até tenho uns rasgos de iluminação, mas não são para aqui chamados agora!)!! :)
Bricadeirinha do David, que com a sua objectiva consegue sempre captar os raios de sol que me acompanham!

09/05/2007

Hej Hej, Tack Tack - a aventura por Stockholm

Antes de mais, cabe-me fazer aqui os devidos agradecimentos a quem de direito.

  • A ti, Beatriz, por nos teres (tão bem) recebido – adorei, a sério!
  • David, por continuares a ser uma óptima companhia para as viagens. Que venham as próximas!
  • Fred, por teres aumentado a minha cultura geral... :) e seres também uma boa companhia para descobrir pequenas coisas em cada cidade, Paris incluída!
  • Leonidas, Savvas and Kenan, thank you also for making our trip even more funny and memorable!! What a lovely “beberete” (sorry, no English translation known!) we had Sunday!
  • Pedro, passagem rápida pela nossa noite, suficiente para alegrar os espíritos!
  • Obrigada também, Ricardo, que mesmo longe tornaste a minha viagem mais apimentada com o desafio Dala!

Como dizia a Beatriz, Estocolmo não é uma cidade para se visitar porque se quer conhecer este ou aquele monumento. É antes uma cidade para ser vivida. Tenho que concordar - e ainda bem que tivémos tempo para o fazer! :)

A viagem começou logo com algumas peripécias. (In)felizmente não minhas. A noite de 6ª que se adivinhava de grande diversão foi marcada pelo peder do avião do David - que, de resto e conforme consta, a aproveitou bastante bem por Londres! A viagem dura uma eternidade, entre metro e autocarro em França, vôo de 2h e bus e metro novamente na Suécia. Felizmente, durmo com alguma facilidade (evitar aqui as piadinhas!). A primeira impressão não foi das melhores, ao frio intenso que se fazia sentir (obrigada, Beatriz, por aconselhares casaco de Inverno!) juntou-se uma fauna de pessoas algo estranha na área circundante da estação central. Depois do McDonalds (que tem o seu quê de diferente, o espaço parecia quase uma loja de design!) apanhámos o metro, e enquanto me perguntava qual era a probabilidade de encontrar portugueses naquela capital sinto alguém a puxar-me o braço e perguntar-me "Estão cá de férias ou a viver?". Ainda maior coincidência foi o facto do tal rapaz conhecer a Beatriz e ter-nos deixado à porta da residência dela - que é, por sinal, uma zona muito engraçada. Já eram 2h da manhã, e a festa de corredor prevista foi adiada.

Na primeira manhã visitámos o City Hall, local que recebe todos os anos o banquete de entrega de prémios Nobel. Encontrámo-nos com o David na estação central e fomos almoçar Kebab (sim, não é comida típica mas há que aproveitar o tempo!). Enquanto fazíamos tempo à espera do David e Beatriz, que foram à residência deixar bagagens, eu e o Fred explorámos a Gamla Stan, ilha do centro histórico da cidade, e aproveitámos o solinho da tarde à beira rio, refastelados, em sofás no meio da rua. Ponto de encontro no Kungsträdgarden e fomos passear ainda na ilha Skeppes-Holmen, onde se encontra o Museu de Arte Moderna (que optámos por visitar na 2ª, dia em que estava fechado) e um castelo, e deitámo-nos na relva - começam a ser tradição estes banhos de sol em jardim, no estrangeiro! Jantámos num restaurante italiano (a comida típica irá chegar!) e seguimos em busca de noitada. A tarefa revelou-se difícil - a noite envolve um ritual de enperiquitamento tal que destoávamos no meio da multidão de mulheres de min-saia, salto alto, top e pinturas até mais não, e metro-sexuais com gel no cabelo e roupa bastante justa! Começámos a noite por um spot altamente turístico mas um must, o Ice Bar. O sítio comporta até cerca de 20 pessoas no máximo, e tivémos que esperar a nossa vez para vestir uns casacos e luvas especiais para entrar no Polo Norte. Tudo é de gelo excepto chão e tecto, mesmo os bancos e copos são feitos de gelo! Ao fim de 20 minutos já não sentia as mãos, e os pés também começaram a reclamar. Experiência recomendada! No primeiro bar-disco que tentámos – e onde a música chamava por nós! –, o porteiro disse-nos para aguardarmos e deixou entrar imensa gente que chegou depois de nós - parece que por lá eles têm problema em não nos deixar entrar, por isso deixam-nos simplesmente à espera até que "realizemos" (esta é em tua honra, David!) que vamos ficar à porta! Tentámos outra opção, o Sture Compagniet – sítio da moda –, onde havia guest list, e aproveitámos uma distracção do porteiro e entrámos os 5 lá para dentro (Eu, David, Beatriz, Fred e Pedro, amigo da Beatriz – rapaz simpático!)! O espaço em si era enorme e bastante engraçado, a música fazia lembrar o andar de baixo do Lux mas com péssima qualidade...valeu pelas cenas hilariantes que passámos a noite a ver, a sedução e engate na Suécia são de chorar a rir! A noite, mesmo assim, não acabou muito tarde, o preço das bebidas e o cansaço acumulado assim obrigavam...afinal, havia mesmo quem dissesse que o seu sistema (cerebral, entenda-se) já não estava a funcionar correctamente, que já não tinha filtros e que era tipo o windows, quando algumas janelas já não abrem e os programas não querem fechar!! :)




PORMENOR: Na Suécia, ou pelo menos em Estocolmo, os supermercados e lojas de rua não estão autorizados a vender alcóol. As bebidas acima dos 3,5º (por confirmar!) são vendidas em lojas especializadas com horários algo estranhos!

Domingo começou com um sol radioso. Fizémos-nos à estrada não tão cedo quanto tínhamos planeado, e começámos por um dos pontos mais altos da cidade, onde chegámos de elevador. Comemos um brunch na esplanada do Mosebacke stablissement, onde nos banhámos ao solinho, e fomos depois apanhar o cruzeiro pelos muitos canais/braços de rio/mar/lago de Estocolmo. O passeio durou duas horas, e apesar de haver alguns pontos de realçar (esclarecendo a dúvida, a cidade é banhada metade por um lafo, metade pelo mar Báltico), o sol e o peso da comida deram-nos mais para passar pelas brasas que outra coisa!! :) Visitámos por fora depois o palácio real e mais uma vez o centro histórico, onde comprei alguns souvenirs. O jantar foi caseiro, participação de todos e lugar ainda para algumas risadas – as batatas no forno não se descacam, David, e as alfaces são vendidas em pequenos vasos! Entre jogos de cartas, cadeiras, coordenação e matemática, e algumas garrafas de vinho, a noite passou-se muito bem com os amigos gregos e bósnio da residência...pena terem que trabalhar todos no dia seguinte!

Na 2ª o tempo não agoirava nada de bom...aliás, estava mesmo a chover quando deixámos o palácio da Beatriz, eu, o Fred e o David. Visitámos o Vasa, museu do barco afundado, e temíamos o pior para o resto do que havíamos programado para a tarde! Mas o céu lá se compôs, e ainda conseguimos ver o Skansen, um parque com algumas reconstruções de edifícios e comérico de tempos idos e um mini zoo com animais mais ou menos exóticos! Vimos os ursos, as focas, um lobo e duas lontras, mas o destaque vai para o alce – a quem fiz uma festinha –, e para as cabrinhas bebés, que apertei muito! Que saudades das minhas cabrinhas do zoo de Lisboa! Depois de deambularmos no centro comercial à espera que a chuva e granizo passassem, voltámos à GamlaStan Para procurarmos um restaurante viking onde se bebia de umas caveiras (este pormenor foi a Bea que sonhou!) e acabámos a comer rena e alce num restaurante medieval à luz de velas, onde nem sequer usavam garfos e as “batatas” (que na altura medieval ainda não eram utilizadas)servidas apenas se pareciam com as nossas na cor mas não em sabor. Experiência alternativa e a recordar, perfeita para terminar a viagem! Entre compilação de fotos, troca de música (ganhámos mais um co-autor para o blog de múscia! Go Leonidas!), as horas foram passando e o David que tinha que estar no aeroporto perto das 6h da manhã deve ter sofrido um bocadito...

Eu e o Fred, pelo nosso lado, voltámos a Paris, que nos recebeu com algum vento e ameaça de chuva! O serão foi calminho, arrumações e cozinhados a meias com o Gonçalo, na nossa hiper mega grande cozinha – na verdade, os louros vão praticamente todos para ele, mais uma vez! -, refeição completa, sopa (de alho francês um pouco alternativa), prato (costeletas com cebola e maçã, combinação maravilhosa da autoria do Gonçalo) e sobremesa (tarte de amêndoa com um toque de personalização!)! Faltou mesmo um vinho a acompanhar...Gonçalo, ainda temos alguma coisa lá por casa? Vamos receber visitas este fim de semana! :)

P.S. - Hej Hej, Tack Tack, quer dizer Olá Olá, Obrigada Obrigada, em sueco...não perguntem porque é que eles dizem tudo a dobrar!!

Willie, tu me manque!

Willizinho, fazes cá falta...aliás, é do que sinto mais falta, das traquinices do meu bicho! Aqui fica uma foto recente, não me esqueci do meu gato mais lindo e encomendei-as ao Ricardo, que muito gentilmente se deslocou à minha residência para tentar atenuar as minhas saudades com umas fotos e vídeos! OBRIGADA RICARDO! Faltou dares-lhe o meu beijinho, mas percebo que ainda não houvesse clima...

P.S. - é verdade que tentei ficar encarregue do gato da Carla nas próximas duas semanas, enquanto ela vai à China - e ainda dizem que eu é que tenho boa vida! -, mas não é de longe substituição! O meu gato é único! E, de qualquer forma, o plano foi abortado...dificuldades logísticas!

Parque Astérix - A FOTO

Para o devido registo, e porque esta foto merece destaque, aqui fica a famosa fotografia do parque Astérix - contraste entre cara de pânico do Gonçalo (o outro que não o meu housemate) e a minha de felicidade! :) Entretenham-se!

PRECISO CORTAR A FRANJA

Algum voluntário?

02/05/2007

Paris, Paris...quem lhe resiste?

Semana e dias agitados, estes últimos!! E que bom tempo, a temperatura oscilou sempre no intervalo 20º - 30ºC (algumas vezes mais, estou certa!), incluíndo à noite, e tops e chinelos fizeram parte constante da indumentária!
Saltitando de casa em casa – obrigada, Ricardo, por me teres proporcionado pernoita no teu chateau porque te esqueceste da chave de casa da Isabel! -, tive oportunidade de fazer uma nova amiga. Marta, gostei muito da tua estadia por cá e de te ter conhecido, volta rápido e vemo-nos em Portugal em breve!!
Mas explicando as coisas do início. A Catarina, namorada do Gonçalo, esteve cá de visita 1 semana e meia e ofereci-me para guardar as casas dos meus amigos que estavam em Portugal nesse mesmo período! Ouro sobre azul para todos! Dia 24 de Abril regressou o Ricardo acompanhado, para minha surpresa, da Marta. Criou-se logo uma forte empatia e posso dizer que ganhei mesmo uma amiga. O Ricardo sofreu com tamanha união, e muita história há para contar sobre estas noites...ficam no ar mais convites recusados, gravatas e fotografias impróprias! (Para facilitar a leitura, fica o resumo dia a dia!! – divirtam-se!)


25 avril - Nouvelle vague

PARABÉNS MARTA! (E Luís Pinto)
Dia de trabalho árduo. Para descontrair, concerto Nouvelle Vague, com o Ricardo, Marta e Cristina, no Grand Rex. E que maravilha de concerto!! (vejam o post em http://www.nomusicnolifeblog.blogspot.com/) Espectáculo non-stop, desde abertura com Sir Alice e com muitas revelações e inéditos e encores noite fora! O cd gravado no próprio dia promete, devemos estar a recebê-lo não tarda! Óptimo programa para comemorar os anos da Marta, e complementado com uma passagem pelo Buddha Bar, onde foram ter o Bretão (nome oficial do meu housemate!) e a Catarina. Achei o sítio muito impessoal e comercial, e porque não arranjámos mesa não ficámos muito tempo. O metro fechou deixando-nos em Saint Lazzare, corremos para apanhar o autocarro errado e tentámos o táxi (que não nos queria levar por ser muito perto) com o argumento: a minha amiga está doente, não pode andar. Funcionou!


27 avril - wild picnic Pont des Arts

PARABÉNS CRISTINA pelos “21 aninhos”! Que grande noite! Encontrei-me com a Marta na Ópera e fomos a casa do Ricardo preparar uma vingançazinha por todas as maldades que ele nos andava a fazer...gravata nova surrupiada, estrela de sessão fotográfica!
Compras no Monoprix, onde nos cruzámos com várias pessoas conhecidas - nossas, não famosas! -, e encaminhámo-nos para o nicpic na Pont des Arts! A ponte estava ao rubro, e o Ricardo surpreende mais uma vez a chegar não só a horas mas antes de toda a gente! Começa a ser um hábito...bom, por sinal!! O espaço era pouco e juntámo-nos ao grupo de irlandeses e ingleses do qual constava o Dermot2 - DERMOTS, IT'S OFFICIAL...DERMOT2 DOESN'T LIKE ME, LEFT WITHOUT SAYING A WORD...HAVE TO THINK OF SOMETHING SO HE CAN MAKE IT UP TO ME! A Cristina, Paulo e Ângelo foram os próximos a juntarem-se a nós, e seguiram-se o Rodrigo (de viola e apenas de passagem), a Maria João, Ana e João, duas amigas da Cristina, O Fred (atrasado por causa da sesta!), e mais tarde o Sylvain, Morganne, Virginie e outros amigos franceses. Pelo meio apareceu uma francesa aos trambolhões que me tachou (piadinha, manchou!) a roupa toda! Tivémos direito a quiche caseira, bolo de anos, morangos e chantilly, entre muitas outras iguarias, e a um balão roubado de outra festa de anos - estivémos bem, Paulo (que foi um rapaz muito simpático e até ecarregou com os restos do picnic na mochila!)! Ainda vimos cenas impróprias e banhos no sena...a noite estava wild! Seguimos para St. Michel na esperança de continuar a festa, mas os bares estavam todos a fechar. O ritmo já era acelerado e a maior parte do grupo optou por se dirigir ao ninho...mas houve alguns resistentes, consta, que continuaram até às 5h!


28 avril - Paris tour1

Alvorada às 9h, chegada do meu amigo João Reis, vulgo Sá, vindo de Bruxelas. O programa, da autoria do Ricardo, já estava traçado. Começámos por descer o canal St. Martin de barco (após corrida para ainda comer qualquer coisa antes da viagem!), a partir de La Villette, óptimo para obter uma perspectiva geral – e diferente – de Paris. A engenharia que aqueles canais envolve é fascinante (e complicada, a meu ver!). O guia merece ser referido, com o seu bigode Astérix e talentos ocultos – brindou-nos com uma flautada enquanto atravessávamos o longo túnel que liga o canal ao rio Sena. As margens estão apinhadas de SDF (sans domicile fixe), em tendas Quechua (até parece que são patrocinados!), e foram vários os locais de "bronzeamento" que vimos, incluindo alguns de topless e mesmo nudismo! Descida ao pé do Musée d’Orsay, percorremos as ruas do centro de Paris até à Conciergerie e Notre Dame, (onde passámos por uma livraria Shakespeare, toda catita, e onde consta que moram pessoas no segundo andar – andava eu desesperada para comprar livros em inglês, aquilo é um mundo!), Hotel de Ville e Pompidou (paragem numa loja de fotografia fantástica!). O pôr do sol avizinhava-se e fomos recebê-lo no céu, no cimo da Torre Montparnasse... Vive-se bem em Paris! O jantar foi de especialidades francesas, crepes num restaurante muito típico, mas o calor era tanto que não convidava a grandes comezaimas. By night mostrámos aos visitantes a ambiência da Pont des Arts, deitámos-nos no chão do Louvre a descansar as pernas até o segurança nos expulsar – o recinto circundante das pirâmides fecha às 00h –, vimos a Ópera, ainda deu tempo para uma passagem rápida pela Place Vêndome, onde se juntam todas as joalharias e lojas de prestígio de Paris, e casa que se faz tarde, na estação da Madeleine.


29 avril - Paris tour 2

Dia não menos preenchido. Às 8h já estava de pé. Primeira paragem em La Défense, seguimos para o Arch du Triomphe, descemos os Champs Elysées, virámos junto do Petit et Grand Palais onde havia uma concentração de Renaults muito antigos, muito engraçada!, parámos na Pont Alexandre III para umas fotos, continuámos até aos Invalides, Collége Militaire, Tour Eilffel e Trocadero. Encontrámos a Marta e Ricardo, atrasados, em Montmartre, onde visitámos a Sacre Coeur, almoçámos num café catita (mas com um serviço péssimo que ainda valeu umas risadas!) ao som de piano e rodeados de paredes cobertas de mensagens dos visitantes, às quais acrescentámos a nossa. Ainda nos cruzámos com o Moulin Rouge e finalmente regressei (após 3 anos) à Place des Vosges, sítio muito engraçado, parece perdido no meio da cidade, com ajuntamentos constantes de músicos sob algumas arcadas, o que dá ao local uma atmosfera muito própria. Passeio a correr pelo Marais, que a tempestade que se avizinhava e chuvada que começou a cair a isso obrigaram. Já na Gare du Nord, o Sá perdeu o comboio por 4 minutos e por minha causa, mas mal menor, trocou-se o bilhete sem custo e uma hora mais tarde já estava de regresso a Bruxelas (partida ainda adiada devido ao mau tempo!) e a comprar o bilhete para Amsterdão, dia seguinte, para visitar a nossa amiga Sofia. Sá, parece-me que tens que voltar, muita coisa vista mas muita ainda por fazer!! E Ricardo, os teus serviços de guia turístico recomendam-se, verdareiro poliglota e conhecedor da cidade, principalmente das pequenas coisas que fogem aos circuitos tradicionais!


30 avril - Programas inesperados são os melhores!

Que bela surpresa de noite! Dia muito longo, saída às 21h do escritório, coincidente com telefonema do Ricardo que, mais uma vez, surpreende – "quais são os códigos da tua porta"? Já estava a chegar ao meu chateau, antes mesmo de mim, para o jantar de despedida da Catarina!... A Isabel foi a última, chegou de bicicleta, e demos início ao banquete. Frango com cerveja, arroz, salada, e vinho (em copos do Astérix, menos para o Ricardo, que anda com algumas comichões ao tema por ter falhado a data marcada para a ida ao parque!). Inesperadamente, a noite evoluiu para um jogo de confissões, risadas e partilha de segredos, acompanhadas de bom vinho, e eram já quase 5h da manhã quando o Ricardo decidiu dar de frosques porque não queria dormir com duas mulheres. Começa-se a notar um padrão...


1er mai - no relax!

Dia do trabalhador...nada melhor que descansar do ritmo alucinante dos últimos dias! Levantei-me às 10h30, e após algumas arrumações ao chateau, fiz-me à estrada que o dia não era para ficar em casa. Os planos eram vários, desde mesquita com o Paulo, Cristina e Ângelo, a uma ida a Reims que o jantar da noite anterior adiou. Fui a casa do Ricardo recuperar a minha máquina fotográfica, trocar umas fotos e arrancá-lo de casa. Estava num dia anti-social (o Ricardo, não eu!) e fomos tentar o Instituto do Mundo Árabe que, como quase tudo na cidade estava fechado. Saímos umas estações antes e percorremos a île de St. Louis onde fiquei a conhecer lojas muito interessantes (e estranhamente abertas!). As geladarias/gelatarias estavam à pinha, nunca vi nada assim! Visitámos o Jardin des Plantes, muito agradável e com um zoo miniatura lá dentro.. Seguindo as nossas origens portuguesas, e porque não quisémos pagar a entrada, toca de nos empoleirarmos nas grades para ver o panda e a preguiça. Também havia cangurus e avestruzes e sabe-se lá mais o quê!
Relaxámos ao solinho, na relva, à beira do Sena, onde a minha leitura do francês foi “comentada depreciativamente”, crítica à qual respondi com uma pequena vingança – cantei o resto da tarde! A Isabel veio ter connosco depois do trabalho, e fomos buscar a Marta à Gare Lyon, muito gira por sinal (a Gare, e a Marta também!). De mala atrás fomos até à Rue Mouffetard, onde jantámos muito bem, fomos brindados por um músico poliglota que até cantou o Malhão, Malhão e fizémos planos para as próximas festas, e após o qual cada um seguiu o seu caminho, sendo que eu fui estrear o chateau da Isabel. Esperam-se grandes histórias também para os próximos dias!