21/08/2007
Copenhagen - Um MUST!
16/08/2007
Paris, Paris, où est l'été?...
08/08/2007
O Testemunho
"Se por um lado as novas tecnologias permitem-nos ganhos de tempo nas tarefas mais tradicionais e rotineiras, por outro lado o mundo torna-se cada vez mais plano e a disponibilidade de programas e experiências é mais vasta e acessível economicamente (parapente na Suíça, ir ao Tibete, ir às cataratas de Iguacu... Há duas décadas atrás alguns destes exemplos eram extremamente dispendiosos ou mesmo interditos. E o futurista Richard Branson está ainda a preparar umas viagens interessantes, para muito em breve, irmos até ao espaço refrescar ideias). Por outro lado a concorrência à escala global obriga-nos a dedicar mais tempo à nossa preparação, porque as grandes maratonas passaram a ter mais participantes, cada vez mais ávidos em subir ao pódio.
Tudo isto se traduz numa vida cada vez mais preenchida de acontecimentos e exigências, o tempo tornou-se um dos bens mais escassos e, como tal, valioso. No meio de tantos contactos cruzados que acontecem regularmente, sobretudo para quem vive num país estrangeiro, no meio de uma longa conversa alguém me dizia: “com 25 anos somos eternos”.
Achei esta frase encantadora e plena de sabedoria que urge de muita experiência de vida, ou como diria o nosso Camões “um saber de experiência feito”, embora o autor desta frase não se caracterize pelos traços do nosso velho do Restelo. Quando regularmente me questionam sobre a minha vida em Paris, por vezes deparo-me com uma dificuldade: convido para jantar e posso então contar as mil e uma histórias e falar da intensidade da minha vida nestes últimos meses, ou por outro lado, não querendo alongar-me remato com um: “está fantástica a todos os níveis”. Mas penso que a frase que acabei de realçar me vem facilitar na resposta a dar, sei no entanto que esta resposta irá obrigar-me inevitavelmente a explicações e como tal mais jantares se irão organizar - frase encantadora mas dispendiosa!
Porque me sinto nestes últimos tempos eterno? Porque há tempo para tudo, ainda que tenha que ser um verdadeiro engenheiro de eficiência e maximização de todos os minutos. As viagens, ou mais preciso as escapadinhas ou rapidinhas de fim-de-semana, sucedem-se ora no clima escaldante, bem autêntico e cheio de aromas e sabores da Sicília, ora no museu ao ar livre de Viena, ora na sedutora e carnal Budapeste, chamar-lhe-ia ainda a cidade latina encaixada e camuflada no ex-bloco comunista, ora na delicada Bretanha com as suas vilas turísticas e de pescadores assentes nas falésias sombrias e enevoadas e ainda as suas cidades mediavais repletas de frágeis edifícios de madeira secularmente conservados .
Neste sentimento de eternidade dos meus 25 anos quero (desta vez) apenas focar este lado de viajante. Detenho-me neste ponto porque não posso esquecer que muitos destes quilómetros que estou a evocar foram realizados ao sabor da companhia da Fizinha, a autora deste blog-novela que cada vez mais cativa pessoas pelas estepes, montanhas e cidades ruidosas desse mundo fora . Não querendo entrar em frases de mera simpatia pela nossa moraiscaldas, devo no entanto frisar que há uns anos aprendi um ditado árabe que diz: “só se conhece verdadeiramente uma pessoa depois de viajar com ela”. Nós que já fizemos mais que uma viagem juntos, tenho que referir que é fantástico viajar com alguém que consegue trazer um pouco de irreverência e sonhos idílicos a todos os sítios visitados. Voltando aos paladares, a companhia da Filipa na descoberta de todos estes sítios representa um condimento especial aos sítios visitados, e quem não gosta de uma boa cozinheira?
Escrevo num bar de praia e consigo ouvir as ondas ao fundo a rebentarem e com elas chegam recordações de todas as viagens juntos: o camelo electrónico de Viena, a carteira perdida igualmente em Viena no meio de um sinistro parque de diversões e onde, do vazio da escuridão, aparece um simpático senhor de bicicleta para devolver a carteira, a escaldante pousada de juventude de Catânia, a correria louca em Charles de Gaulle para apanhar o avião para ir para Viena e Budapeste, o Turco mafioso de Viena que nos tentou enganar às 5h da manhã de segunda-feira antes de regressar a Paris, o combóio a partir e a minha correria para comprar comida antes de partir de Budapeste, o inesquecível salto de parapente na Suíça… Somos mesmo eternos com 25 anos!"
Ricardo Ferreira, Lisboa, 7 de Agosto 2007
06/08/2007
Wild Weekend!
Saga Harry Potter
Dermot's gonna be a Doc!!
02/08/2007
Changes!
Quarto Antes
01/08/2007
No reino dos M&Ms!
Paris by summer
Mercredi, le 25 juillet
Os programas de semana têm alternado entre jantares fora, corridas e filmes e, acima de tudo, preparar os próximos fins de semana. Na 5ª o Brito voltou para Portugal, depois de dois meses a trabalhar connosco na ISA, em França e na noite da véspera juntámo-nos pela primeira vez os 4, eu, ele, o Domingos e o brasileiro. Fomos jantar a Saint Michel e o que nos rimos! - claramente devíamos ter repetido a experiência mais vezes! Excepcionalmente, os bares estavam vazios por ser 4ª quase em Agosto pelo que a festa não se prolongou até muito tarde... Ah, e apareceu-me um herpes, o primeiro durante a minha estadia em Paris!
Vendredi, le 27 juillet
Encontrei-me às 19h na Ópera com o Ricardo, que surpreendeu por não se atrasar e por ainda ter conseguido ir comprar a prenda do Gonçalo, bem original por sinal! Fomos a casa do Sr. Fernando buscar o carro dele, que nos ia levar ao festival do fim de semana, e por volta das 22h chegámos a Créteil, ao Paris Lisbonne, restaurante de uns primos do Gonçalo onde iríamos comemorar o seu aniversário! Comemos que nem reis e saboreámos pequenos prazeres da cozinha portuguesa, como leitão assado ou bacalhau no forno - nem eu sabia que tinha assim tantas saudades da nossa comida! Mesmo para a data foram muitas as pessoas presentes: O Zé, o João, o Rodrigo, Ricardo e Inês, espantosamente a Helena com o seu Harry Potter a estrear, o Ângelo, o Paulo alegre e a amiga inglesa Lauren, o Diogo que saiu cedinho para ir buscar o cunhado e acabou por não voltar nem dar sinais de vida, eu e o Ricardo atrasados e a Cristina no pós refeição. À meia noite cantaram-se os parabéns, entregaram-se as prendas de anos e escreveram-se as dedicatórias, e após muitos brindes e chupas chupas nas cervejas rumámos em direcção à Globo, superando mesmo o trauma do fim de semana anterior...consta que a noite foi bem divertida e sem nada a ver com a desilusão do primeiro contacto com a discoteca, mas fui para casa descansar e preparar-me para o fim de semana que se avizinhava!
Samedi, le 28 juillet
PARABÉNS GONÇALO!
Choveu à séria durante a madrugada e a nossa (eu, Gonçalo e Ricardo) saída de Paris, prevista para as 8h, ficou adiada para depois das 10h...nada a ver com o facto de precisarmos de descansar! :) As notícias agoiravam luz negra para o trânsito mas a verdade é que não parámos uma única vez! O destino era Angers, Jallais, Chemillé, nem hoje sabemos ainda muito bem, e o objectivo era ajudar o Sylvain no festival que ele organiza todos os anos, Les nuits vertes - e, claro, divertirmo-nos ao máximo! O facto de sermos bénévoles, que é como quem diz, voluntários, garantia-nos acesso a todo o recinto gratuitamente, bem como a comes e bebes.
Prevenidos, levámos também nós os nossos comes e bebes e após várias horas de caminho e de andarmos perdidos às voltas demos com o sítio, bem bonito por sinal, à beira de um lago enorme. Encontrámos a Aissa e a Marta, vindas de Londres especialmente para o festival - a Fa também lá deveria estar mas os bilhetes estavam muito caros! - e como só éramos precisos mais tarde fomos conhecer o recinto e comer. Por volta das 22h encontrámo-nos todos à porta, após conhecermos várias pessoas e de ouvirmos alguns concertos. Billets à droite, bracelets à gauche e assim se passou uma hora, com muitos beijinhos pelo meio e pessoas a gozar com a nossa pronúnica - ainda não consegui perceber exactamente o que me denuncia! Os seguranças foram incansáveis a proteger as meninas, constantemente assediadas por todos...os espíritos estavam ao rubro e havia quem tentasse entrar com garrafas e latas escondidas nos sítios mais incríveis ou quem, sem bilhete, desafiasse os seguranças numa mega corrida até à porta! O Sylvain deu-nos ordem de sultura e lá fomos nós aproveitar concertos, comida e bebidas e conhecer o máximo de pessoas! Ao fim da noite e após uma longa caminhada através de obstáculos eram tantas as pessoas espalhadas pelo cháo!, dormimos os 3 no carro, o único grande senão do dia uma vez que não consegui arranjar posição e apenas dormitei por uns momentos...
Dimanche, le 29 juillet
Amanheceu a chuviscar e só piorou daí para a frente. Depois de um consistente pequeno almoço seguimos viagem rumo a Angers. A chuva e o frio não inspiraram grandes passeios turísticos e após termos espreitado o castelo (tínhamos logo que ir parar ao castelo mais feio dos castelos do Loire!) fizémos o resto do percurso by car. O dia parecia de Inverno e convidava mesmo a um almocinho na praia, num restaurante com lareira, aver o mar e chuva. Tentámos o rio mas a escolha de sítios não era grande tendo em conta que era Domingo e acabámos por almoçar num restaurante à beira da estrada, numa terrinha, divinalmente bem...os meus 3 peixinhos gratinados souberam lindamente e devolveram-me forças para acompanhar quase sempre acordada o Gonçalo ao volante, debaixo de fortes chuvadas que quase nos obrigaram a encostar! Devolvemos o carro ao Sr. Fernando e ainda houve tempo para nos oferecerem pão e fruta, que muito jeito nos têm dado! E porque os azares de carro não nos acontecem só a nós, a Aissa e Marta puseram gasolina no carro a gasóleo alugado...ao menos não ligaram o carro!