28/10/2007

Queremos festa, Diga!

O ponto alto da semana foi, sem dúvida, a prova de vinhos na Embaixada de Portugal. Foi preciso a Cristina deixar de trabalhar oficialmente para conseguir pôr uma cunha para que eu e o Gonçalo lá fossemos ver como é que as coisas funcionam. E éramos pessoas de nos habituarmos aquilo!... Vinho e comida - óptima! - com fartura, muita politiquice e fachada que dispensava, no geral era um ambiente bastante agradável! Ficámos a conhecer mais uns quantos portugueses, a Rita e o Daniel que trabalham para um canal luso-francófono, e um casal que já cá mora há 4 anos e que está a organizar uma festa Haloween a que, com muita pena, não vou poder ir!...

Preparação para um próximo fim de semana comprido, este quis-se de descanso, incluindo uma hora a mais de dia. Com algumas surpresas menos boas pelo meio, como referido, não deixou de ser mais um fim de semana de descoberta de Paris - e das pessoas. Após um jantar algo atribulado com o Ricardo na 6ª, num Tibetano que desencantámos após largas dezenas de minutos a andar sem destino, e montados nas nossas vélibs, fomos até casa da Inês dar-lhe os parabéns. Fez 26 anos no dia 25 e juntou uns quantos amigos no seu verdadeiro palácio a uns passos do Panteão. Para além da Inês e da Isabel, revi o Zé, após semanas - parece que o fim de semana à Normandia com o Gonçalo E. e o António acabou em desistência geral por falta de hotel... - e eesencontrei-me do Diga, que já tinha ido ter com o pai, e ao que consta resolveu a vida dele para os próximos tempos: saiu duas noites para a Favela Chique e já travou amizades, encontrou casa para Novembro, - ficamos à espera da cremaillère! -, e tem número francês! Ficam por definir as aulas de francês!... A noite acabou em revelações e prolongou-se até altas horas...na manhã seguinte fui tomar o pequeno almoço com o Ricardo, achávamos nós, ao Angelina. Finalmente consegui lá ir mas já não serviam pequenos almoços e ficámo-nos pelos chocolates quentes, de cacau e chocolate branco, ambos divinais e recomendados! Acompanhámos com muita conversa, tostas, manteiga e compota. À saída optámos por ir conhecer o Museu Quay Branly, uma agradável surpresa. Muito diversificado, o espaço é enorme e muito acolhedor. Depois de uma noite longa, o Ricardo foi para casa fazer compras e descansar e fui até minha casa também, onde acabei por ficar, depois de uma sessão pelas lojas da Rue do Commerce. Domingo redescobri o Marché aux Puces, desta feita para explorar o verdadeiro potencial do local. Aquilo é um mundo, pelo tamanho, diversidade das lojas, das pessoas, de tudo!!...Literalmente uma pessoa perde-se ali no meio...Inteligentemente deixei a carteira em casa e não tinha dinheiro comigo, pelo que a minha longa lista de aquisições se resumiu a umas luvas que o frio já começa a apertar! No regresso, e após um belo de um almoço no KFC, fiquei a conhecer o Parc Montsouris e fui de Vélib até casa. Passei rapidmanete no super e dediquei-me a lides domésticas, até o Diga chegar e partilharmos experiências musicais e de fim de semana!...A casa dele vai ser não muito longe da minha, e até lá fica uma noite num hotel e as seguintes em casa da Isabel. Diga, queremos uma festa!!...

Festa da bóina/boné/chapéu, da cerveja e do vinho que custe mais de 5 euros e do shot e cremaillere do Ângelo, entre outras coisas!

A semana foi bem calminha, marcada por um frio de rachar com as temperaturas a roçar o negativo e os aquecimentos no máximo. Após a partida dos pais do Gonçalo, o Diga instalou-se na sala. Tentámos sem sucesso marcar um jantar para 5ª mas a greve geral de transportes, que se prolongou em alguns casos até Domingo, boicotou o evento!...O Ricardo foi mais uma vez a Lisboa, na 4ª de madrugada e depois de no fim de semana anterior ter estado em "formação" em Itália, mas até lá ainda tivémos tempo de pôr a conversa em dia e tentarmos ver mais um filme, sem sucesso...eu fiquei-me mesmo pelo início do Paciente Inglês, o meu filme preferido, tal era o avançado da hora e cansaço!


Vendredi, le 19 octobre
Último dia de trabalho (oficial, pelo menos!) para o Paulo e Cristina! O motivo apelava à comemoração e reunimos os 5 Contactos (coisa quase inédita) mais uma amiga, o Diga e o ex Contacto Peixeiro que compareceu com umas amigas. O local seria, e pela primeira vez, a casa do Ângelo para aquela que se chamaria a Festa da bóina/boné/chapéu, da cerveja e do vinho que custe mais de 5 euros e do shot e cremaillere do Ângelo.
Sim, porque foi mesmo a primeira vez que fomos a casa do Ângelo, apesar de ele morar quase ao nosso lado! Nunca se dignou a convidar-nos e foi a pouco mais de uma semana de se ir embora que decidiu fazê-lo. Quer dizer, sejamos sinceros, acho que nos impusémos um bocado e ter mandado convites em nome do Ângelo a anunciar que a festa seria em casa dele também terá ajudado!! Os requisitos eram, entre outros, bom vinho - todos falharam redondamente, salvou o Porto reserva que havia lá em casa do Ângelo! - e um chapéu. Fica aqui o devido desmentido que o Peixeiro sabe escolher vinhos, foi de longe o pior que se bebeu naquela festa, sabia mesmo a azeite - ou seria indução do nome do vinho, Galo? À falta de melhor optei pela minha amostra de chapéu dos duendes do Saint Patricks day, o Diogo levou um gorro e o Gonçalo, o chapéu de Itália. Fizémos uma quiche óptima e fomos os primeiros a chegar. A festa decorreu tranquilamente, com muita sessão fotográfica pelo meio, algumas batidas na parede da vizinha, uma selecção musical de categoria que incluir Atoladinha, entre outros grande sucessos, e alguns shots de Tequilla, como mandava o tema da festa!... O Gonçalo E. ainda foi lá picar o ponto mas ficou pouco tempo, teve apenas tempo de partilhar um copo comigo como ditam as regras do nosso acordo - ele só pode beber bebidas alcoólicas do meu copo e eu não posso ter telemóveis ligados quando estou com ele, estamos a combater os nossos vícios! - e deu o mote de saída para algumas pessoas, incluíndo eu que saí logo de seguida. O Gonçalo chegou pouco depois e o Diga foi o último, passadas cerda de duas horas, diz que guiado pelo Peixeiro por não fazer ideia de como se chegava ao nosso chateau!...

Samedi, le 20 octobre
Incrivelmente, e passada quase uma semana de estar em Paris, o Diga ainda não conhecia absolutamente nada sem ser o centro, que é como quem diz, a nossa casa e o percurso que faz a pé até ao trabalho - há quem tenha sorte! Assim sendo reservámos o dia de Sábado para umas visitas turísticas. O plano era simples, sair de casa e começar em Charles de Gaulle Étoile, onde iríamos alugar umas vélib para facilitar e acelerar a deslocação. A fome falou mais alto e começámos mesmo por levantar dinheiro e almoçar. Entretanto o Gonçalo foi ter com a Isabel e a Inês a Buttes Chaumont (parece que existem mesmo umas pequenas grutas e quedas de água, tenho que lá ir confirmar!) e esquecemos as bicicletas já que não tinha forma de a alugar para o Diga, que também não tem cartão com chip!...Descemos os Champs Elysées, nunca os tinha visto tão apinhados, com imensas cenas caricatas de adeptos das equipas que iam disputar a final do rugby naquela noite, desde homens vestidos à índios com pinturas tribais, debaixo de uma bandeira da África do Sul, a cavaleiros da Távola redonda montados em bicicletas, havia de tudo!... Continuámos até ao Petit e Grand Palais, passámos a Ponte Alexandre III, e atravessámos Concorde, as Tuileries com imensas obras de arte espalhadas e o Louvre. Pela margem do rio chegámos ao Hotel de Ville, entrámos na Notre Dame, e corremos a Île Saint Louie. Demorámo-nos um pouco numa das pontes, trocando reflexões sobre a vida, e apressámo-nos para o metro para ir visitar uma casa para o Diga, passando por um salão de chá de aspecto muito convidativo, tenho que lá voltar! Deparámo-nos com a greve e após várias artimanhas acabámos em Montparnasse de onde fomos a pé até Convention. A casa era bem simpática, uma pechincha, mas a rapariga que queria partilhar casa final não estava preparada para o fazer e a coisa ficou sem efeito!... De lá fomos até casa, a pé mais uma vez, e fizémos tempo até irmos para o restaurante proposto pela Inês e Isabel para a recepção do Diga. Saímos tarde e ainda tentámos manter a postura dizendo que tínhamos ido mostrar a zona ao Diga, mas a verdade é que nos atrasámos, nada a fazer! Até se mostrou uma atitude sensata, uma vez que o restaurante não aceita reservas e estava à pinha! Surpresa agradável, a Helena também estava por lá! A escolha foi muito acertada, Avé Maria de seu nome e cozinha exótica de especialidade. Passou-se muito bem, banda sonora de clássicos e alguns vídeos para contar a história! A noite continuou para a maioria na Favela Chique, para mim e para a Helena acabou no vale dos lençóis!... E de notar que o Diga rendeu-se às evidências, aquilo é um antro de calor e parece que foi mesmo ele quem deu a dica para se irem embora! Acabei de saber que, no entanto, este fim de semana voltou lá duas vezes... parece que o trauma não foi grande!

Dimanche, le 21 octobre
Comecei o dia, outro de céu azul fantástico, no famoso Museu Rodin. Impressionou pelo espaço em si, com um jardim, lago e palácio, mas não pela exposição, bastante reduzida...Tentei depois ir à Angelina, café famoso pelo chocolate quente, para alguns o melhor do mundo, mas em vez de encontrar a tasca que tinha imaginado deparei-me com um sítio todo chicório onde não era de bom tom entrar sozinha! Pus-me então ao volante de uma vélib e fui até casa do Ricardo, que ainda não tinha voltado, para tratar de uns assuntos pessoais. Dediquei a tarde a mim própria e fui depois a casa, onde jantei uma belíssima sopa feita pelo Gonçalo, e encontrei-me a seguir com o Gonçalo E. na cave de um bar para um concerto de Jazz. Andámos desencontrados no fim de semana mas pusémos a conversa em dia. Os únicos espectadores éramos nós, teve a sua piada, mas aos poucos juntou-se audiência suficiente para dar início ao concerto, que apenas era arraçado de jazz. O saxofone deu o ar da sua graça na música que já não consegui ouvir, o Ricardo acabava de chegar a Paris e passou na zona para me apanhar de táxi. À medida que se aproxima o fim do estágio, ainda com muita incerteza sobre o que o futuro trará, a pouco e pouco vou picando o ponto nas "últimas" coisas que ainda não conheço em Paris, começo a sentir a cidade como minha casa...gostava de conhecer e viver Lisboa tão bem como conheço e vivo Paris!
Não se esqueçam que há mais fotos no link Fotos da Fi!

27/10/2007

Surpresas

A vida é cheia de surpresas, umas boas, outras nem tanto...a noite de ontem reservou-me umas quantas. Às vezes não basta muito querermos uma coisa e lutarmos por ela para a termos. Às vezes não somos suficientes. Quem sabe se não é melhor assim...

26/10/2007

O último relato data de 8 de Outubro...desde então já fui a Portugal a um casamento - não o meu! - e passei um fim de semana fantástico em Paris, recebi visitas de Itália e um amigo de Portugal veio viver para a minha cidade linda! Mas tudo a seu tempo!...

As lembranças vão já longe mas lá tentar reconstituir os últimos acontecimentos. No dia 9, directos de Roma, chegaram um dos nossos anfitriões e um dos companheiros de viagem em Itália, o André e o Guilherme. De passagem por Paris para o concerto de John Butler Trio, deram o ar da sua graça no nosso chateau e trouxeram a chuva a Paris, que já deixava saudades...ou não!! O tempo não foi muito para aproveitar a companhia, sendo meio da semana, mas após uma enorme odisseia para conseguir entregar as chaves de casa e um breve encontro na Ópera, lá conseguimos ir jantar ao American Dream, restaurante pindérico mas diz que famoso ao pé do Grand Rex, palco do espectáulo! A noite seguinte foi de cinema, a convite do Ricardo fomos ver o The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford, na minha opinião longo de mais e hirtória a menos! Finalmente, a 11 de Outubro chegaram os pais do Gonçalo, temeu-se o pior quando o senhor edo autocarro previu 1h30 de atraso e apresentei-me novamente no aeroporto de Paris para mais uma espera de 2h! Desta vez tive direito a sandes E bebida! Mas não podia ser assim tão simples e o Gonçalo E., que por coincidência voou no mesmo avião que eu, ida e volta, perdeu o cartão de embarque...mas com tanta espera houve tempo para refazer o bilhete, encontrarem o perdido, jogar playstation e actualizar o blog...ah, pois é! Valha-nos a família, e a mãe e mana estavam à minha espera no aeroporto apesar de já passar da 1h da manhã...ah, e entretanto fiquei a saber que o Gonçalo E. também vinha para um casamento, não o mesmo, e que grande parte dos meus amigos também tinha cerimónias um pouco por todo o lado! Mistério resolvido, 13 de Outubro diz que é um dia importante para quem liga à religião!


Vendredi, le 12 octobre
Não há luz como em Portugal! O céu tem estado azul em Paris mas nada bate o azul de Lisboa, só apetecia ir para a rua, ir à praia!...o calor ainda marcava presença, e foi com muito gosto que aceitei o convite do Alexandre para ir almoçar...não ao Colombo como ele inicialmente sugeriu mas às Docas! Ice Tea de limão com fartura, ele optou por um bife à parisiense - seja lá o que isso for mas até era muito saboroso! - e eu escolhi um prato italiano, provavelmente! Mil e um planos, centenas de telefonemas a marcar a noite, contava encontrar os meus amiguinhos no jantar de despedida do Diga. O meu próximo programa seria, esperava eu, uma passagem rápida na Angelini para rever os colegas. Efectivamente passei lá mas de rápido teve pouco! Cumprimentar os colegas um a um, repetir as novidades vezes sem conta - Dário, foste um santo em ouvir tantas vezes a mesma história! - levou o seu tempo. Mas foi bom voltar a ver alguns colegas, como a Sofia com a sua barriga de grávida linda, a Cláudia e a Cuca, a Ângela e a Filipa, a Cristina e o inesperado Rui! Tirando algumas alterações na recepção e organização dos gabinetes, tudo estava mais ou menos na mesma...Mas tinha um objectivo para aquele dia longe de estar cumprido! A ida à praia teve mesmo que ser adiada e debrucei-me sobre a complicada tarefa de comprar acessórios para o casamento. O vestido foi rapidamente decidido, após uma rápida procura no armário da minha irmã e a escolha recaiu sobre um vestido com alguns anos mas que me assentava que nem uma luva, em tons de cinzento. Forum Almada trouxe ideias mas não soluções, e depois de me desencontrar da minha viatura no parque de estacionamento fui buscar a minha irmã a casa para continuarmos a nossa demanda no Corte Inglés, apreciando de caminho o fabuloso pôr do sol! A sorte não estava, de todo, comigo, experimentei todos os pares de sapatos mas não havia nada no meu número e quando tudo parecia estar salvo - havia o meu número num par de sapatos que me encheu as medidas no andar de cima - alguém comprou o último par...contentei-me com a segunda escolha, não fiquei mal servida mas podia ter corrido melhor! O resto dos adereços foi comprada no Colombo, depois de um jantar num restaurante qualquer e que me caiu tão mal que saí agarrada ao estômago...a chegada a casa coincidiu com uma mensagem do Bello a saber se eu passava lá no jantar mas à falta de pormenores do Diga, o avançado da hora e as dores que mal me mexia adiaram para nunca o tal encontro!...Mensagens rápidas a desmarcar com as pessoas com quem já havia combinado, o Tiago, o Chinês, o Sebastião e o Avrell, e aterrei na minha caminha com o meu gatinho lindo!



Samedi, le 13 octobre
Acordei cedo e dediquei-me aos preparativos. Afinal, a viagem tinha sido feita com um único propósito: partilhar a felicidade da Ana Maria no dia so seu casamento! Depilação, cabeleireiro - ainda não foi desta que mudei de imagem, reservo isso para o ano novo e de desafios que se aproxima! -, serviço de condutora, recolher a Tia Lena, a madrinha, em casa, e passar a ir buscar a mãe e mana, seguimos para Colares. Chegámos antes da hora marcada, cumprimentámos o noivo, vestido a rigor, e pouco depois o António, que chegou sem gravata! À falta de pessoas conhecidas contentámo-nos em apreciar os trajes dos que nos rodeavam e juntámo-nos todos na igreja, a Bruna, o Rui e o Pedro Barosa em cima da hora, para receber a noiva que chegou linda e radiante - confesso que me comovi quando vi a Ana entrar na igreja, a primeira dos meus amigos a casar, ela que viveu o acontecimento, que viveu para aquele dia! Estava perfeita, vestido simples, branco com uma tira rosa por baixo do peito...o coro arrepiou pela positiva e a missa, dada pelo padre Carlos que tanto a Ana admira, não foi insuportável e fugiu mesmo ao tradicional! Esperámos o casal recém casado à saída com punhados de arroz e pétalas e abraçámos e trocámos beijos e desejos de felicidade, seguindo depois todos em caravana até à quinta ali ao lado onde se faria o copo de água! Chegámos no pôr de sol e a vista até ao mar era fantástica! O sítio era muito agradável e rapidamente fiz amizade com os garçons que, apesar de não estar no cardápio, desencataram a bela da kaipirosca! Fotografia rápida com a noiva e dancei e brinquei com a Susu, que chegou logo após o casamento e depois da sua sesta. A minha mãe conseguiu "estragar-me" a festa quando, ainda no segundo copo, me preveniu que seria eu a condutora...olhando bem para a questão não restavam muitas hipóteses: a minha mãe não tinha trazido óculos, a minha mana não gosta de conduzir à noite e a minha tia, enfim, é a minha tia! Ok, a ideia de que os casamentos são para beber e fazer palhaçadas pela noite perdeu-se e passei à água e pequenos goles de vinho no jantar. Jantar esse que foi servido no piso inferior, onde fomos trocados de mesa e onde dancei descalça com a Susu. E onde jantámos muito bem, curiosamente carne fornecida pelo Tito, e onde sobressairam as sobremesas, principalmente as frutas! Ficámos a tempo da primeira valsa e logo logo requisitaram-me para o volante. A noite acabou cedo, nem sei se lançaram o bouquet, mas foi sem dúvida muito bem passada! Para além do dia, que esteve de sonho!


Dimanche, le 14 octobre
A manhã foi de hesitação, ir ou não ir à praia, venceu a segunda...de certa forma! Aceitei o convite do meu pai para almoçar, convenceu-se a Noia e convidou-se a Tia Lena: a única condição era ser perto do mar, que ainda não tinha visto! Escolheu-se a Costa, e ficámos pela segunda hipótese, a praia da Morena, já que a do Rei estava fechada. O dia lindíssimo atraiu uma multidão e tememos o pior...felizmente o serviço foi rápido e o meu vôo ficou assim assegurado! As malas já estavam feitas, ou quase, apenas uma mochila a transbordar com as novas aquisições, e apesar de não ter conseguido estar com o Renato muito me sensibilizou a oferta para me levar ao aeroporto! Acabei por ser escoltada pela minha mãe e tia e encontrei-me no check in com o Diga, novo membro da comunidade tuga em Paris, e com o Gonçalo E. O atraso desta feita era reduzido mas não me escapei dele, cerca de 40 minutos...tenho sina, eu! Já em Paris seprámo-nos do Gonçalo E. no aeroporto, erro crasso já que demorámos quase duas horas a chegar a casas, com tanta espera e mudança de RER e tram e sei lá mais o quê! Ao chegar a casa apercebi-me que tinha perdido as chaves de casa (passaram ainda uns dias até a minha mãe as descobrir debaixo do tapete do carro!) e perdi também o último metro, ficando assim em nossa casa os pais do Gonçalo, eu, o Diga e o Gonçalo!!

25/10/2007

Parental Control

Estou épatée, como diria em francês, ou apenas chocada, em português! Acabei de ver o pior programa da história, daqueles que não julgava ser possível serem feitos!! Só mesmo nos Estados Unidos...então não é que envolve um casal de namorados e os pais do rapaz, que lhe tentam escolher uma namorada alternativa, sugerindo-lhe dois encontros e obrigando a namorada a assistir a tudo??...Onde é que andamos?? Vá lá que o rapaz acabou por ficar com a namorada (um pequeno aparte do Diogo, que por sinal não era melhor!) e tudo acabou em bem, menos para os sogros...haja coisas mais interessantes para perder tempo!

24/10/2007

BOM DIA PAULO!!...

Paulinho, fazes falta!!! Os contactos estão a acabar e a pouco e pouco pessoas a quem nos afeiçoámos vão seguindo caminhos diferentes. Sinto falta do BOM DIA CALDAS logo pela manhã, e de algumas trocas de ideias ao longo dia! Foi bom ter-te conhecido, Paulo, certa de que não ficará por aqui a nossa breve interacção, esperamos-te em Paris! ;) Cristina, também tu já acabaste oficialmente o teu estágio mas gozamos da tua companhia mais uns meses...BOA SORTE!!! Ângelo, és o próximo a terminar, já esta semana...por um lado invejo-vos, terminaram uma missão e partem agora em busca de novos desafios! É bom ter o mundo à nossa frente! Gonçalo, ficamos cá nós para contar o resto da história! :D

Nota: praticamente a única foto contacto, tirada no penúltimo dia do Paulo em Paris!

22/10/2007

Um apontamento rápido sobre o tempo,

...tema recorrente deste blog!! A verdade é que estou mega feliz com o tempo, apesar de ameaçar chuva a qualquer momento! A semana tem tido condições propícias ao trabalho e a o fim de semana recompensa com um sol non stop e um céu azul que dá gosto! Até o frio cortante sabe bem, estivémos com temperaturas de um dígito!...Esperemos que a tendência fim de semana se prolongue! :D

17/10/2007

Queria partilhar uma descoberta...julgo que já a referi antes mas merece destaque pela estupidez!!! Descobri que a massa não cresce no chão!...

Sempre pensei que a massa e o arroz eram primos. Nunca tinha parado para pensar que não existem massais ou que a massa não cresce com formas e cores! As coisas em que às vezes pensamos! :D

O FESTIVAL INTERNACIONAL DO CHILLI DE PORT ROYAL...

Porque não se fizeram as devidas honras à festa, perdão, Festival Internacional do Chilli de Port Royal, aqui fica a nota de redacção para colmatar a falha, com o reconhecido contributo dos autores Paulo Varela e Nuno Peixeiro, aqui em discurso directo e impersonando (isto existe??) a minha pessoa:


"O FESTIVAL INTERNACIONAL DO CHILLI DE PORT ROYAL FOI a melhor festa onde algum dia estive. Realizada em casa da Cristina e do Paulo, ambos contacteantes e super bem parecidos, mereceu um guacamole improvisado ao qual todos torceram o nariz mas acabaram por devorar (eu principalmente).
Houve direito a shots de tequilla, a cerveja desperados e outras, vinho e música mexicana tão sabiamente procurada no youtube. Nesta festa estivémos com o Ângelo, Nuno, Manel, amigo da Cristina e claro, o meu companheiro de casa Gonçalo. Foi tudo muito animado mas fui embora cedo porque sou uma (Nota da redacção: sujeito a censura)! O Paulo tem um bom rabo e uns ombros largos e bonitos (Nota da redacção: é o próprio quem o diz)!"

Para terminar, ainda de realçar que o jantar que tão bem me soube na cité universitaire, duas noites após esta festa de arromba e composto por uma massa com frango e ananás, julgo eu, foi habilmente confeccionado pelo Nuno Peixeiro, apenas me chegou pelas mãos do Paulo Varela. Aliás, também o vinho foi resultado da escolha do primeiro, como não podia deixar de ser...

13/10/2007

Ficar ou não ficar?

8 meses. Foi o tempo que passou desde que cheguei a Paris, quando aceitei este desafio. Pouco mais de um mês é o que me resta neste programa, que começa amanhã a sua XI edição. Muitas dúvidas colocam-se. Ficar ou não ficar, na empresa onde estou actualmente ou embarcar numa nova aventura, por França ou noutro país, continente? Uma coisa é certa, não pretendo voltar para Portugal tão cedo...o bichinho da aventura, de conhecer novas culturas, países, formas de trabalhar já faz parte de mim há muito tempo, mas França claramente não se esgotou ainda como fonte de aprendizagem e experiências pessoais e profissionais! E mais novidades em breve virão!

11/10/2007

E viva Paris desconhecida e a Nuit Blanche!...

A semana foi como tantas outras, conheci um restaurante muito simpático e cosy, o Le Sud, recebemos visitas em casa a partir de 5ª e estive, nos últimos três dias da semana, na feira que reune empresas na área de M2M, com algumas peripécias. Recebi uma palete em casa com uma maquete, e a outra encomenda extraviou-se, entregue na Avenida em vez da Rua. Fiquei ainda trancada nas casas de banho após o fecho da feira e conheci imensa gente. Na 4ª tivémos a primeira Festa Internacional do Chili, tão internacional que só havia portugueses, e tão grande que apenas éramos 7 pessoas, os 5 C10, um C9 e ainda uma visita - mas foi fantástica e, claro, a amiga Tequilla não faltou!! Ficámos finalmente a conhecer a casa da Cristina e do Paulo, responsável pelo evento e chefe de cozinha - aprovadíssimo!! Sim, é mais ou menos pequena mas as expectativas apontavam para um cubículo que não correspondeu à realidade! Ah, e ainda me estreei na arte da guacamole - fossem os abacates maduros (um foi direito para o lixo, tão duro que não consegui cortar!) - e, conquentemente, mais fáceis de triturar que não precisassem de tanto sumo de limão e teria ficado uma maravilha! Mesmo assim, comi daquilo que me fartei e não fui a única! Já na 6ª decidi ir até à Cidade Universitária onde o Paulo, na companhia do Ângelo e do Peixeiro, me deu de comer e beber um vinho fantástico. Apesar de casa cheia, fiquei a dormir na sala, oportunidade perfeita para ver um filme - O Último Rei da Escócia. Escusado será dizer que não o consegui acabar de ver...


Samedi, le 06 octobre
Após os 4 banhos madrugadores, optei por esperar que a água quente voltasse e acabei de ver o filme da noite anterior. Um pouco violento, não tão explícito quanto poderia ser, tinha mais expectativas mas no geral gostei bastante. Levantei-me cheia de energia e decidi-me a descobrir algumas coisas em Paris há muito adiadas. Comecei então pelas catacumbas, onde o maior desafio foi claramente encontrar a entrada! A descida é longa e os túneis têm mais de 300kms, se bem que apenas percorremos uma ínfima parte, rodeados dos esqueletos e ossos de mais de 6 milhões de corpos, mais de metade da população de Paris. De volta à luz do dia, já na companhia de um americano e de um italiano que conheci lá em baixo, decidi o trajecto do resto dia. O Eliseu, ou melhor, seguindo a sua sugestão, o Gonçalo E., juntou-se a mim, com o primo Miguel, no cemitério Père Lachaise. O americano entretanto já tinha ido dar uma volta, estranho, o rapaz!, e fizémo-nos à aventura...não fazia ideia da quantidade de campas de famosos por aquelas bandas, e tivémos mesmo que nos socorrer do mapa de uma espanhola tatuada e gótica e de um israelita muito simpático, ambos em Paris para estudarem francês, para encontrarmos o nosso caminho até às campas mais conhecidas. Começámos então pela do Oscar Wild, sem dúvida a mais interessante e original, coberta de lábios, continuámos até à Edith Piaff, e desencontrámos algumas outras até chegarmos à do Jim Morrison, ficando algo desiludidos. Não havia gente a fumar ou a dançar ou a tocar, apenas uma multidão enorme à volta de um túmulo que mal se distinguia de tantos outros!

Os estrangeiros deixaram-nos no restaurante da esquina, o Coin de L'amour (a confirmar o nome!), com uma prenda de despedida do israelita - folhas de sabão, directamente da Índia. O almoço foi maravilhoso, o sol estava fantástico e deu mesmo para bronzear, enquanto saboreávamos pato e entrecôte acompanhados de vinho da casa. Continuámos depois até à Île de Saint Louie, onde de sobremesa provámos os gelados Amorini, sem dúvida muito melhores dos que já havia provado, a manga sabia mesmo a manga e desfazia-se na boca! Aproveitámos o pôr do sol à beira rio, onde o Gonçalo E. ainda passou pelas brasas e eu e o Miguel conhecemo-nos um pouco melhor. A paragem seguinte, com passagem rápida à entrada do Instituto do Mundo Árabe, foi a Mesquita, para um saboroso e quente chá de menta e um narguilé, debaixo de um céu limpo e já escuro. O grande jogo Nova Zelândia - França aproximava-se e tivémos apenas tempo de passar em casa do Gonçalo E. para ir buscar roupa para a ameaçadora noite fria e encontrarmo-nos com o Luís junto do Hotel de Ville, aquela hora a rebentar pelas costuras de tanta gente! Dada a impossibilidade de ver o jogo dali, seguimos a pé até Ódeon, de bar em bar, até que os meninos optaram por um e eu segui viagem sozinha, pelas ruas de Paris a descobrir a Nuit Blanche. O conceito é simples, uma noite em que está tudo aberto, transportes, museus, e muita animação de rua. Comecei pela Pont des Arts, coberta de cobertores e almofadas insufláveis do patrocinador daquela instalação, e pequenas televisões que transmitiam o que se passava num grande écran mesmo no meio da ponte. O Louvre estava sem grande animação, mas as Tuileries surpreenderam - que espectáculo de fogo, velas ao longo de todo o caminho e nos lagos, esferas de candelabros gigantes, bolas de fogo pelo ar, braseiras a cada passo, velas suspensas! Decidi-me então a percorrer a linha 14 do metro, enquanto o Gonçalo E. se certificava que estava tudo bem comigo, começando pelas Olympiades. Aí conheci um francês muito simpático, mas aquela hora e depois de ter passado um tempo interminável a falar com o americano em francês, pedi-lhe encarecidamente que continuássemos em inglês, desejo ao qual ele acedeu prontamente. Tinha 30 anos, a fazer um mestrado em direito e com um espíritio muito jovem e aventureiro. Vimos então a projecção de gigantes, as instalações dentro de automóveis espalhados pelas ruas, e dirigimo-nos para Bercy, onde estive pela primeira vez. Aqui o ambiente era bem mais convidativo, à entrada do parque e ao som de música africana, várias espreguiçadeiras viradas para alguns écrans com diversas imagens. Mais à frente, e na escadaria do estádio, um écran gigante, e já perto da biblioteca - como gostei daquela zona, cheia de árvores, espaço aberto, uma ponte de madeira gigante e moderna, sobre o rio e vários barcos bares atracados, muito animados! - encontrámos várias, como dizer, atracções! Desde pintores em sistemas inovadores, a representações de teatro algo estranhas, havia de tudo um pouco! A hora ia avançada para o rapaz (é verdade, não me lembro do nome dele, foram nomes demais para um dia!) que ainda tinha que apanhar o combóio, e deixei-o na Gare de Lyon e continuei para Saint Lazzare, na esperança de encontrar uma instalação com simulação de neve. Não encontrei essa mas outra bastante engraçada, com cubos e balões gigantes, a serem pintados em directo! Ainda considerei a hipótese de tentar visitar o Museu Rodin, mas aquela hora arriscava-me a ficar sem metro e a probabilidade do Museu estar aberto era deveras reduzida...segui então para casa e ainda falei com o Tiago - era uma data com significado!


Dimanche, le 7 octobre
Acordei com calma e decidi deixar o Gonçalo E. descansar. Afinal, tinha recebido a última mensagem dele às 7h e pouco e pareceu-me bem deixá-lo dormir mais um pouco. O meu destino era Versailles, há muito adiado, e o dia prometia! O fim de semana, aliás, foi de sonho, o sol não parou de brilhar e o bronze já se nota! À chegada recebi o telefonema do Gonçalo E. que afinal se ia juntar, e esperei por ele na esplanada, enquanto tomava o pequeno almoço e consegui ler toda uma Cosmopolitan em francês! Ok, não tem assim tanto para ler e passei rapidamente ao meu Nicolas, que a Cristina tão simpaticamente me ofereceu na festa Internacional do Chili! Visitámos então o castelo, que é colossal, magnífico, ainda em recuperação mas não perdendo uma ponta da sua majestosidade, ao som do nosso audioguide, e apressámo-nos para o jardim para aproveitar ainda o sol fantástico à beira do lago! Eu continuei no Nicolas, em voz alta para treinar a dicção, e o Gonçalo dormiu que até ressonou - esta parte não era para dizer! Infelizmente não pude tirar fotos por falta de bateria na máquina e infelizmente falhei o almoço do Carlos, que ao que consta foi muito divertido, mas estava numa de introspecção, outras oportunidades virão! Já ao anoitecer decidimos não ficar para o espectáculo de fim de semana de Versailles, e após um jantar rápido no MacDonalds voltámos a Paris, onde passei rapidamente em casa e segui para casa do Ricardo, para pormos alguma conversa em dia.

05/10/2007

Redescobrir Paris!!...

A semana não foi muito preenchida...depois de uma caminhada noturna de 1h30 pela cidade toda fiquei doente e passei dois dias sem sair de casa...Perdi o pot de départ do sylvain e mais alguma coisa de que não me lembro. Na 6ª chegaram as visitas e apanhei novamente ar fresco - era o que me estava a faltar!

Vendredi, le 28 septembre
A Beatriz foi a primeira a chegar, a seguir ao almoço e seguindo o trajecto que lhe recomendei com algumas alterações da sua autoria! Fui buscá-la à estação de tram, debaixo daquela chuva miudinha mas que molha à séria, e depois de deixarmos as malas em casa fomos procurar almoço. A primeira tentativa foi no café português da esquina, onde aproveitei para perguntar se conheciam um canalizador - que conheciam, mas já não serviam refeições! Ficámo-nos então pelo supermercardo e pelo Picard, loja de congelados com imensas refeições prontas a comer. Almoçámos e pusémos alguma conversa em dia e a Beatriz iniciou a sua visita turística, combatendo a inércia provocada pela chuva non-stop, pela Torre Montparnasse, até onde foi a pé e ao cimo da qual subiu e onda consta que estava muito vento e pouca gente! Daí seguiu para o Louvre, grátis às 6ªs a partir das 18h e para menores de 26 anos, onde a encontrámos horas depois, já era de noite. Vimos o espectáculo de luzes da torre Eiffel e juntámo-nos ao Pedro, o mexicano que tinha conhecido há umas semanas. O Eliseu (sim, já sei que seria preferível tratar-te por Gonçalo mas da azo a muitas confusões!) recomendou-nos o restaurante, em Saint Michel e que ia de encontro aos desejos das meninas, que queriam fondue de queijo, e juntou-se a nós. A caminho ainda passámos na Pont Neuf e vimos ao longe a Conciergerie e a Notre Dame. Mais tarde apareceu outro Gonçalo, de visita à cidade e amigo de outra contacto, e a Isabel , que passou apenas para dar um beijinho. Fechámos o restaurante e procurámos um bar. O guia era o Eliseu e levou-nos a um sítio simpático e onde ficámos não muito tempo. Todos os restaurantes e bares tinham decoração exterior relativa ao mundial de rugby, um bocado pirosa a meu ver, mas enfim...faz parte! Batemos com o nariz na porta no próximo sítio que experimentámos e percebemos que estava tudo a fechar, eram quase 3h...a próxima aventura foi mesmo encaminhar todos os elementos para o seu devido destino...o Pedro que queria ir de autocarro o Gonçalo a pé, o Eliseu - que queria continuar a festa desse por onde desse! - não sei bem como e nós de táxi! Ainda nos rimos um bocado com as figuras de uma rapariga de saltos que não sei como não os partiu e que, eventualmente, acabou por se descalçar e, por várias vezes, quase atirar-se para o meio da estrada, era tal o estado...a casa estava por nossa conta e dividimo-nos entre os dois quartos e dormimos um sono merecido!



Samedi, le 29 septembre
O despertador tocou? Não sei se não o pus ou se desliguei automaticamente, mas acabámos por dormir um pouco mais do que estava programado!... Começámos o dia em La Défense, fiquei com vontade de subir ao topo, e seguimos directas para o Arco do Triunfo, para ter ideia do contraste - as meninas já tinham estado em Paris há muitos anos e o objectivo era dar-lhes a conhecer o máximo da cidade em dois dias! Descemos os Champs Elysées, e junto do Petit e Grand Palais atravessámos a Pont Alexandre III - onde uma estrangeira nos olhou com ar assustado e se afastou quase repugnada quando lhe pedimos para nos tirar uma fotografia! - com os Invalides ao fundo e seguimos ao longo da margem até à ponte seguinte, que desembocava em Concorde. Logo ali ao lado parei para dar esmola ao senhor que tinha um cão e dois gatos, um dos quais a dormir em cima do cão...cheiravam muito mal mas mesmo assim fiz uma festinha! Entrei pela primeira vez na Madeleine, onde tenho que ir ouvir um concerto, e regressei à Place Vendôme onde apenas tinha estado uma ou duas vezes e onde estão os melhores hotéis e todas as ourivesarias. Encaminhámo-nos para a Ópera, onde comemos e apanhámos o metro com destino ao Parc Buttes-Chaumont. Foi também uma estreia para mim e merece encore, o parque é lindíssimo, com grandes encostas, um coreto bem no alto, um lago enorme e, ao que dizem, grutas...não nos pudémos demorar mas havia quem estivesse para ficar, nomeadamente pintores e artistas ou outros apenas a apanhar o solinho que se pôs! A Sacre Coeur esperava-nos e começámos pelo Moulin Rouge e pelo café da Amelie Poulin, que do filme só tem mesmo um cartaz, e perdemo-nos nas ruelas até à Place du Tertre ou dos artistas, repleta de movimento àquela hora! Deixei as meninas por lá, com indicações de visitarem a Sacré Coeurs por dentro, apreciarem a vista por fora e percorrerem depois a zona de Pigalle, e encontrei-me com o Paulo junto da embaixada dos EUA para assistirmos ao desfile da Fátima Lopes! Encontrei várias caras conhecidas, como a da Inês, da Maria Rita ainda com vestígios da noite do inferno do fim de semana anterior e do Ricardo Simões. O desfile, à boa moda portuguesa, começou com uma hora de atraso e com muita gente em pé, mas foi muito engraçado se bem que a roupa não faz muito o meu estilo! E é bom descobrir que as modelos também têm celulite! :D O Paulo fez-me companhia até à Bastille e à Ópera nova, onde nos encontrámos com a Raquel e Beatriz e ainda visitámos a Place des Vosges by night...o jantar era no pot de départ da casa do Diogo e da Sofia e, depois de nos despedirmos do Paulo, foi para lá que fomos. O António, Cláudia, Helena, João e Ana e ainda um amigo francês já lá estavam, e os restantes convidados foram chegando, a Isabel, Ricardo, Eliseu e amigo brasileiro, Maria João e, após muitas horas perdidos, o Carlos e a Isabel. A noite para mim acabou cedinho, mas a Raquel e Bea ainda foram conhecer a animação da Favela Chique até tarde!


Dimanche, le 30 septembre
Mais uma vez começámos o dia um pouco mais tarde que o previsto e com muito mais sol e calor do que o que anunciavam, parecia quase Verão! O ponto de partida foi o Trocadéro, apesar de uns erros de cálculo não nos terem levado mesmo lá a cima. Atravessámos a ponte que desemboca directamente na Torre Eiffel, toda enfeitada para o rugby com bola e écran gigante e milhares de pessoas que se alinham na fila para subir ao topo. Passeámo-nos pelos Champs de Mars, todos ladeados por barracas com diversas actividades lúdicas e educativas, e parámos um pouco a apreciar umas danças country com direito a cantor e fatiotas a preceito! Passámos ao pé do Colégio Militar, e cruzámos os Invalides e a Pont Alexandre III, novamente até Concorde. Atravessámos as Tuileries, onde o bom tempo convidava a uma pausa mas o relógio não nos deu tréguas, e já no Louvre caminhámos junto ao rio para ver o Musée d'Orsay e a Pont des Arts. Entrámos na pirâmide do Louvre para ver a pirâmide invertida, e saímos junto do Palais Royal, onde entrámos. Já do outro lado visitámos umas galerias de arte e continuámos por Chatelêt, onde fomos várias vezes abordadas numa feira de rua, comprámos postais e almoçámos os famosos crepes - parece que ainda não ultrapassei o meu trauma e fiquei-me mesmo por um panini! Passámos junto ao Pompidou, com bastante animação de rua aquela hora e oferta de abraços grátis, e parámos junto do Hôtel de Ville, que começava a transmitir um jogo de rugby num écran gigante e estava apinhado de gente! Atravessado o rio, visitámos a Notre Dame por dentro e passeámos na ilha, passámos pela ponte com animação de rua constante e naquele dia música ao vivo, com direito a órgão e tudo, até chegarmos ao Instituto do Mundo Árabe, conhecido pela sua arquitectura e vista da cidade. Subimos ao 7º andar, fiquei triste por saber que o bar restaurante fechou para obras, mas deliciámo-nos rapidamente ao sol e com a vista! Em passo acelerado continuámos até ao Jardin des Plantes, com o seu Jardim Zoológico e inúmeras plantas que não tivémos tempo de ver, e até à Mesquita, da qual apenas vimos a fachada e o interior do café, que merece sem dúvida um retorno em breve! A penúltima paragem foi o Panteão, com passagem pela Rue Mouffetard, e finalmente o Jardin du Luxembourg! Já se fazia tarde para a Bea, que ia apanhar o avião em Beauvais, e deixámo-la na Cidade Universitária com todas as indicações para chegar até casa e aeroporto. A Raquel seguiu para junto da Notre Dame e eu aceitei o convite do Eliseu para o concerto dos Police, no Stade de France. Começou bem depois do que anunciava o bilhete mas foi muito divertido e ainda berrei e cantei bastante - pelo menos metade das músicas, aquelas que eu conhecia! - para soltar energias, independentemente da chuva que caiu lá pelo meio! A Raquel optou por subir até à Torre Eiffel, onde ainda fez umas amigas brasileiras, e depois de nos desencontrarmos do Gonçalo fomos jantar os 3 novamente a Saint Michel, a tempo de apanhar o último metro para casa! Exaustas, eu e a Raquel caímos à cama e dormimos directas até ao dia seguinte, em que a Raquel acordou direitinha para apanhar o vôo de volta a Madrid...


E assim se passou mais um fim de semana em Paris! Após tantas semanas a viajar soube-me pela vida redescobrir a minha cidade debaixo de bom tempo e em óptima companhia!...