O Segredo dos Bretões ou a Festa do Pijama!

Como diria o Ricardo, o fim de semana vai ser recordado pela festa do pijama, na qual o João Pedro foi o grande vencedor, reconhecido unanimemente! Apesar de ter sido, sem dúvida, um dos pontos altos daqueles dias, muitos outros lhe fizeram companhia! Além do mais, foi a prova dos nove da virilidade bretã dos participantes no fim de semana, quer pela resistência ao frio, quer pelos pijamas ou ainda, no caso específico do Ricardo...leiam o post!

6ª à noite, e após muitas peripécias entre a viagem do aeroporto para nossa casa, eu e o Gonçalo recebemos o João Pedro no nosso humilde palácio. Fomos jantar na Rue Mouffetard, mesmo no centro de Paris e seguimos depois para uma tour Paris by night, pois esse era um dos grandes objectivos do João, conhecer a nossa bela cidade. Vimos o Panteão, o Boulevard St. Michel, a Sobornne, a entrada para os jardins do Luxemburgo, o rio Sena, a Torre Eiffel a brilhar, o Hotel de Ville, Châtelet e ainda o Louvre! Para uma visita de cerca de 1h30 sob um frio de rachar não correu nada mal! E ainda com a vantagem de que, por ser de noite, a luz para as fotografias é lindíssima e não apanhamos multidões!

Madrugámos no Sábado, ponto de encontro em casa da Isabel, não, não vou referir o atraso do nosso condutor, Ricardo. :) Partimos rumo à aventura, primeira paragem em Rouen, vila muito bonita, faz lembrar a Costa Nova pelas casas às riscas. Prosseguimos para o Mont St. Michel, que superou largamente as expectativas – o sítio é lindíssimo, um mosteiro/vila no meio de um monte perdido no nada, circundado por kilómetros de “pântano”. Recorrendo mais uma vez à mania das comparações com Portugal, o sítio tem algumas parecenças com Óbidos! Após uma sessão de fotografias – que, verdade seja dita, ficaram óptimas! – e almoço tardio merecido e com direito a desconto (as baguetes tinham que ser vendidas ou iam para o lixo), continuámos para St. Malo. Ficámos numa pousada da juventude e jantámos no entre-murs, que é como quem diz, no centro histórico da localidade, com direito a Hotel de Ville (ou Câmara) e a uma Basílica. Para não variar e porque faz parte da tradição naquelas bandas, comemos crepes, ao som de música celta (é típica em todo o lado?) e ao sabor de Kir e Cidra tradicionais. Ficámos a saber que os Bretões é que são simpáticos, e que Paris é um bordel, onde andar de metro é “ppfff, mãos na cara, ppfff” (que é como quem diz, horrível, traduzido nos gestos e sons que tanto caracterizam estes franceses!). Ainda tentámos ir a um bar onde nos pediram 10€, e ficar mais de 5 minutos noutro bar, tarefa que rapidamente se tornou impossível tanto era o fumo. Como íamos perder uma hora nessa noite e o toque de alvorada era cedinho, optámos então pela fantástica festa do pijama! A emoção foi grande, e esteve ao rubro no momento de cada um dos desfiles! O João Pedro ganhou sem direito a contestação por parte do júri, e o Gonçalo foi desclassificado por falta de farda.

Pequeno almoço tomado e fizémo-nos à estrada. Que bem que soube ver o mar ainda em St. Malo! A praia é enorme e já se fazem planos para umas escapadelas de Verão para aquela zona. Tínhamos uma agenda preenchida e muito pouco tempo, uma vez que o João Pedro voltava para Viena no final do dia. Começámos por Dinan, uma vila mais interior e muito ao género de St. Malo, passámos por Dinard, cidade fantástica à beira mar. A chuva não nos impediu de fazer nova sessão fotográfica, com direito a tripé e tudo! Para além disso, foi o momento ideal para registar, em movimento (ver sequência no link Fotos da Fi), o Ricardo com duas meninas! Repete-se a proeza de há 3 anos atrás (como o tempo passa a correr - onde está o cd das fotografias, Ricardo??), em que o Ricardo teve na cama essas mesmas duas meninas...nada de confusões, e apesar de ser um pouco desprestigiante para a pessoa em causa, o dito Ricardo não estava presente!! Cancale passou a correr, o almoço na bomba de gasolina também, e terminámos a nossa volta turística na Normandia, na praia do desembarque, onde apenas o monumento de tributo às tropas perecidas nos lembra o que ali se passou, o que de outra forma passaria completamente despercebido. Aqui começa o nosso contra-relógio de volta a Paris e em direcção ao aeroporto de Orly. Importantíssimo referir que, durante toda a viagem, os 5 ocupantes do carro tiveram ainda a companhia de um 6ª, uma bela brasileira/espanhola/inglesa Tati! O GPS do João foi, sem dúvida, a nossa salvação, de outra forma teria sido impossível ver tudo o que vimos! Após várias vezes termos julgarmos que estava tudo perdido (as placas na autoestrada a indicar Bouchoun, que é como quem diz, engarrafamento), conseguimos deixar o João a tempo e horas, e ainda foi o primeiro a entrar no avião! Para terminar, um belo repasto à portuguesa, com presunto e tudo, em casa dos “padrinhos” do Ricardo, onde fomos deixar o carro.

A quem não conhece, vale mesmo a pena fazer esta viagem, com calma. Há muito para ver e aproveitar, e sem dúvida que tentaremos lá voltar no Verão!

Estrangeirismos

Isto de ser emigra tem muito que se lhe diga...já em erasmus, só o facto de alternar o português com o inglês já deu origem a umas palavras estranhas, o facto de incluir ainda mais o francês gera uma grande confusão!! É frustrante ir-me apercebendo que o meu nível linguístico tem piorado drasticamente...Parish vem daí, é Paris em inglês afrancesado...também podemos falar da praia do desembarcamento, em vez de desembarque, ou ainda refusar para quando alguém nos recusa alguma coisa. É ainda referirmo-nos a ambiência versus ambiente, ou ainda que a casa onde habito tem 3 peças (e não assoalhadas)... Não, ainda não cheguei ao extremo de começar a fazer atenção ou confiança às coisas e pessoas, ou ter preciso de nada!

Parish, sweet Parish!

Parish, sim, não é um erro, é assim a modos que uma private joke... um pequeno apontamento só para dizer que o trânsito aqui é uma confusão. Os condutores não param nas passadeiras mas param, literalmente, nos Stops - faz uma confusão ver carros a parar, não é a abrandar mas sim a parar, mesmo quando não vem ninguém e a visibilidade é de 100%!!! Ah, e têm uns sinais esquisitos, triângulos invertidos com uma cruz no centro que dão prioridade a quem está a entrar no péripherique!

The Leprechauns made me…

Party!! Fim de semana de loucura em Dublin! Pareceu-me que o St. Patricks Day é comemorado mais pelos estrangeiros que pelos próprios irlandeses, mas que assim continue pois foi um fim de semana em grande! Cheguei na 6ª, corrida contra o tempo para apanhar o autocarro em Parish ( :) ), destino Beauvais, rumo ao voo da Ryanair, produtos de higiene confiscados no aeroporto (tenho lá culpa de pensar que podia levar até 100ml de produtos, quando afinal, e parafraseando o segurança, c’est le contenant, pas le contenu Que conta! As embalagens estavam quase vazias, do mal o menos...) e assim que cheguei a primeira coisa que pedi foi que acendessem as luzes e abrandassem o vento! As condições climatéricas à chegada não agoiravam nada de muito bom nessa área, e a verdade é que apanhámos um pouco de tudo! O Renato foi buscar-me aos autocarros e depois de experimentarmos a comida típica irlandesa e do mundo – burguer king!, fomos deixar as minhas coisas a casa do Dermot. Sessão de fotografia artística pela cidade, andámos a passear pelo centro, comprámos alguns cds e preparámo-nos para a grande festa da noite e dia seguinte, com direito a farda oficial – casaco verde Irlanda e chapéu dos duendes! O jantar foi em casa do Dermot, o David também compareceu directo do aeroporto, e conhecemos mais alguns portugueses – para além do Bruno, e assim reunimos 4 membros da famíla Leuvense, eu, Bruno, Renato e Dermot! –, americanos e duas australianas (uma nascida no Zimbabwe). Após algumas garrafas de vinho e que tais, seguimos para a noite, apanhando pelo caminho mais um Contacto, o Zé. Cantei o caminho todo, e pela primeira vez na vida fui barrada, com o David, Renato e Zé, à porta de uma disco – não pela cantoria, razões ainda a ser apuradas!! Reunido outra vez o grupo encaminhámo-nos para outra discoteca e à saída esbarrámos contra os restantes colegas INOV e dançámos ao som de músicas tradicionais tocadas por alguns jovens no meio da rua. A noite acabou tarde e em casa do Dermot e ao som de uma viola, para embalar o soninho...

No Sábado, despertar cedo, pequeno almoço fantástico (até aqui os crepes me perseguem!!) a meias com o Renato - dividimos um pequeno almoço irlandês, que não difere muito do inglês, e dois crepes!-, e entretanto foi chegando o resto do grupo. As ruas estavam coloridas de verde, eram tantas as pessoas de chapéus e casacos da cor da Irlanda, e tentámos em vão ver a parada que teimava em não passar e que os polícias pareciam fazer de tudo para não nos deixar ver, uma vez que ao longo da avenida não havia nada senão grades tapadas com panos pretos, o que não ajuda muito à visibilidade!!! Pausa num café numa biblioteca e sessão privada de piano, à lareira e acompanhado de chá e Guinness. Vez do David se apetrechar de adereços no centro da cidade, fomos conhecer o Bar restaurante gigante La Seine. Tentativa de passeio no jardim Stephen’s Green, que estava a fechar, e fomos encaminhados para um concerto de música folclórica que acompanhámos a preceito! Grandes rodas e modinhas dançámos nós!!! Era entre nós, era com os parceiros do lado que nunca tínhamos visto, o importante foi entrar no espírito! Ainda tentámos ver algo de turístico, optámos pela Bram Stokers House e deparámo-nos apenas com uma placa na parede. Tive a minha primeira lição de piano, talvez tenha futuro! Ao jantar uns foram ver o Porto-Sporting e outros jantaram num italiano, encontrámo-nos todos a seguir num bar do centro, noite que me pareceu bem mais calminha que a anterior! Experimentei Sambuca, adorei, e fui para casa com o Dermot e um americano, estávamos todos exaustos! Mais umas guitarradas para chamar o sono, que veio com alguma facilidade!

Domingo foi um dia dedicado à cultura. Andar nas ruas é uma aventura, as passagens nas passadeiras são assinaladas por uns sinais muito engraçados, parece que entrámos num cenário da Guerra das Estrelas! O frio que já andava a ameaçar chegou com força (parece que chegaram a estar -5ºC!), estava insuportavelmente gélido e com rajadas de vento fortíssimas, o rio mais parecia uns rápidos! Aguaceiros sim, sol sim, o dia foi uma completa chuva de surpresas! Começámos pelo pequeno almoço de crepes (que falta de imaginação) e seguimos para Trinity College, muito giro, e aventurámo-nos à procura do U2 Wall para encontrarmos apenas os estúdios onde foram gravados alguns do principais discos daquela banda e umas quantas paredes cheias de graffitis! Rumámos novamente até ao Stephens Green, onde passeámos um pouco, e vimos ainda a St. Patricks Cathedral (onde era preciso pagar para entrar!!!!), o Dublin Castle, Christ Church Cathedral e Town Hall. Fica para uma próxima a visita à Guinness e Jamesson destilarias, e a Bram Stokers Experience. O tempo começava a escassear e fomos num pé a casa do Dermot e voltámos noutro. Pelo caminho fomos completamente surpreendidos por uma chuva de granizo e fortes rajadas de vento, que deram lugar a um nevão e relâmpagos!! Um espectáculo lindíssimo, mas era ver-nos a correr para fugir à tempestade e chegar a tempo ao autocarro para o aeroporto! Adorei o fim de semana e fica prometido um regresso, desta feita em Junho para evitar – ou não, estes precalços metereológicos!

TBM everywhere!

Nao esqueço os amigos nunca e é em pequenas situações que nos lembramos mais deles...esta é uma fotografia espalhada pelos metros de Paris – TBM, estás em todo o lado!

Perdi as compras...

15 février 2007
Literalmente!... Saí do trabalho e a caminho de casa passei no supermercado. Cheguei a casa consideravelmente mais leve uma vez que não dei conta que pelo caminho fui semeando algumas compras porque um dos sacos se rasgou! Mas no meio da música do ipod e peso do portátil e resto das compras, não dei mesmo por nada...escusado será dizer que, passados 5 minutos de ter percebido o que aconteceu e ter feito o caminho de volta não encontrei nada no chão! Alguém ganhou um abacate, entre outras coisas...

PENDRE LA CREMAILLERE - Organiser une fête quand on change de maison

Paris, le 13 février 2007
Faz hoje um mês que cheguei a Paris. O balanço é, sem dúvida, muito positivo! Para comemorar e aproveitar para apresentar a minha casa à sociedade e abrir assim um ciclo de festas non stop (não será bem assim porque acho que os vizinhos não ficaram grandes fãs, talvez por ser 2ª feira à noite, não sei!) organizámos uma festinha lá em casa. Correu muito bem, para além dos donos da casa foram ainda a Isabel e o Pierre, o Zé, o Fred, a Cristina e o Ângelo - falta imperdoável do Paulo, com desculpas esfarrapadas de que tinha uma reunião e tal -Sylvain e Morganne (namorada) e o Romain. Snacks eram oferta da casa (havia desde amendoins e cajus, batatas fritas e Pringles, tostas e patês de atum e delícias do mar) e cada um trouxe a sua bebida. A maior parte das pessoas saiu a tempo de apanhar o último metro, mas os 5 resistentes (Pierre, Isabel, eu, Gonçalo e Fred) ficámos a jogar Jenga e, é oficial, FOI BATIDO O RECORD DE CONSTRUÇÃO EM ALTURA, 39 ANDARES versus os 32 conseguidos em Tróia no fim de semana pós erasmus! A queda foi da responsabilidade do Fred, que ainda se prontificou a acabar uma garrafa de Vodka como penalidade mas fechámos todos os olhos! A noite continuou com algumas reminiscências de erasmus, eu e a Isabel partilhámos alguns dos nossos bons momentos em Leuven e mundo, e às 3h30 decidiram-se todos a ficar lá por casa, com despertar marcado para as 7h a tempo ainda de passar em casa para trocar de roupa antes de irem para o trabalho.

OBRIGADA A TODOS, ADOREI O MEU PRIMEIRO MÊS E FESTA DE COMEMORAÇÃO!

Déménages

Chegada de Londres mas cheia de energia, sugeri ao Gonçalo fazermos as mudanças eternamente adiadas. Somos uma dupla imbatível! A casa ficou muito melhor, não foi nada fácil passar os móveis pelas portas, ainda tivémos que tirar algumas, e conjugar os móveis de duas salas numa só - mas mérito nosso, ficou feito e bem feito! Reportagem Antes e Depois em breve disponível. O meu quarto ficou bastante acolhedor, e ainda lhe faltam uns armários que temos de arranjar maneira de ir buscar à loja, tem mesmo que ser de carro! A cama do Gonçalo chega hoje de manhã, até calhou bem, ele ficou em casa à espera da entrega e aproveitou para dormir o que ficou acordado ontem por causa da festa! E que bela festa!

Leuven n'est pas la même!...Mais ce sera toujours notre Leuven!

Correndo o risco de me tornar repetitiva, gostaria aqui apenas de deixar umas breves notas sobre algumas alterações na nossa querida cidade de Leuven, pelos olhos da Isabel que lá foi há quase um mês. Parece então que o parque de estacionamento de bicicletas ao lado da estação de comboios desapareceu. Pior ainda, o Korner, grande restaurante de Kebabs all night long fechou para dar lugar a um restaurante que está sempre vazio. Mas a grande tragédia diz respeito ao Fado, local onde passámos tantos e bons jantares e serões...está fechado para obras e corre o boato que vai ser vendido ao Luís do Il Fornello!!!!!!!! Em Abril vou lá verificar isto tudo, até parece que há umas promoções de TGV!

Beberete e vida londrina

Não cheguei a tempo do beberete Contacto UK na embaixada portuguesa - consta que correu muito bem! -, mas cheguei a horas de fazer a festa numa disco brasileira com alguns colegas que já não via há algum tempo - e alguns de quem não me lembrava, perfeitamente compreensível dada a quantidade de gente que conhecemos durante a nossa formação! A noite prolongou-se quase até ao fecho do dito sítio, perto das 3h30 (acho eu) e segui com o David e o Hugo, que tão simpaticamente nos acolheu, para casa rumo a um merecido descanso! A viagem de comboio é fantástica, lugares muito cómodos, dormi o tempo todo, nem dei pelo túnel do canal da Mancha!

Sábado de manhã acordei cedo, ganhei uma hora com o fuso horário, e fui com o David e o Hugo a Camden Town (onde estivémos a experimentar roupa e acessórios psicadélicos na loja CyberDog e boinais numa banca mais à frente e onde, na rua, estavam a lançar bolas de sabão gigantes - tenho de arranjar uma coisa daquelas ao Willie!!) e Greenwitch, onde brincámos com os esquilos e onde descobri que eles não gostam de pão, pelo menos com cheiro a maionese! De caminho atravessámos no mercado de Borough onde almoçámos Fish&Chips - eu-, e eles umas sandes de porco. Apetecia comer tudo tal era o bom aspecto da comida! Passámos mais de uma hora no Hamleys, grande armazém de brinquedos do centro de Londres, a experimentar tudo e mais alguma coisa, incluindo acessórios do Darth Vader, e outros contactos foram lá ter também. COMPREI, FINALMENTE, O JENGA! Eu e o David fomos jantar com o Ricardo e o Pedro, contacteantes, e tentámos ir conhecer o bar Absolut Vodka, um bar todo em gelo, mas tipicamente à portuguesa começámos a fazer tudo tarde e, depois de tentarmos a Movida, acabámos por ir para o Silver, discoteca que acho que é da moda. A vida lá é cara todos os dias, pagámos cada um 20£ para entrar sem direito a bebidas! O ambiente não jogava bem comigo e acabei por deixá-los lá a todos e procurar novos ambientes, acabei num muito interessante, a inauguração de um bar chamado Wardour que era um antigo club de strip (ainda tinha alguns resquícios, umas meninas a dançar quase despedidas nas colunas e mesas!), por sorte o porteiro engraçou comigo e apesar de não estar na guest list e estar de ténis e tudo mais não tive que pagar mais 20£ como o rapaz que estava à minha frente!! Fui ter com o Jorge Bento, já não o via há mais de um ano, acho eu, continua igual! Apanhei depois o táxi e andei às voltas à procura do prédio do Hugo e por sorte cruzei-me com os housemates dele!

Domingo, o comboio partia às 13h, tempo apenas de tentarmos encontrar de novo o supermercado/café português onde tínhamos estado na véspera, sem êxito diga-se de passagem, e estreei-me como co-pilota nas ruas de Londres, com o David ao volante - exímio condutor! Voltei a dormir a viagem toda e no final da tarde ainda fizémos mudanças em casa...mas isso é história para outro post...

Tornando a casa num...lar

É estranho ver que por aqui, em França, é normal vermos os comerciais a visitarem os clientes de calças de ganga e depois porem o seu melhor fato para irem a uma feira ou assistir a uma conferência...ultrapassa-me!! Ontem estive no salão M2M em La Défense, deito francês técnico pelos ouvidos mas lá vou percebendo - ou melhor, percebo tanto como em português! No final do dia encontrei-me com a senhoria para acordar a nossa (minha e do Gonçalo) estadia em casa dela por tempo indeterminado - sim, porque pode sempre aparecer uma oportunidade melhor! - e comprar algumas mobílias. Escolhemos uma cama para o Gonçalo e alguns armários que vamos ter que ir lá buscar noutro dia porque não entregam em casa (não é bem assim, até entregam se pagarmos 23€ por mobília - tendo em conta que são 4 módulos e que cada um custa cerca de 60€ não me pareceu que entrega ao domicílio fosse grande investimento!). Levámos ainda connosco édredões, lençóis (que aqui são vendidos separadamente, quer dizer, têm uns conjuntos de capa de édredão + fronhas de almofadas, mas não havia lençol!) e cestos para a roupa suja - não volto a levar coisas no metro! Para terminar Dreamgirls no cinema - descobri que posso ir a pé ao cinema de minha casa, e ainda passei ao pé de um McDonalds e supermercado português! realmente aquele bairro é um mundo!! Hoje à noite fazemos as mudanças lá por casa - tarefa difícil conseguir pôr mobílias de duas salas numa só!!

Coelho ou Sinos?

Alguém me explica porque é que em Portugal é o Coelho quem leva os ovos da Páscoa e não uma galinha, por exemplo?? Mais estranho ainda!, porque é que em França é sao os Sinos com asas?

Fica o desafio!!!

Mais uma noite bem passada!

Ontem saída do trabalho quase às 20h - até aqui sou explorada!, encontrei-me com o Fred para um jantar de crepes - o vício veio para ficar!! :) , em St. Michel e provei ainda cidra, apesar do gás é bastante agradável e parece que é coisa típica por estes lados! A Isabel ficou a trabalhar até tarde e encontrámo-nos com ela em Madeleine, após 50 minutos de caminhada à beira rio, Notre Dame, jardins do Louvre e zona chique da cidade, e ainda com o Gonçalo Santos (de Leuven, entenda-se, o meu housemate ficou a recuperar do primeiro dia de trabalho) que tinha vindo de um jantar de abertura de um congresso com uma agenda altamente preenchida!, e ainda o Luís, português e que vem a Paris todas as semanas em trabalho. Fomos ao Costes, bar finess, parece que famoso e muito cosy - não fosse o calor!, onde ficámos na conversa e apreciar coisas como a bebida de 200€ pedida na mesa vizinha ou o menu que tinha vinhos de 1.600€!!! Feitas as contas, os 12€ pelo meu Martini Bianco (preço tabela de Paris, ao que me parece!) nem parecem assim tanto...Mais uma vez o táxi, desta feita bem mais fácil de apanhar tendo em conta que era 2ª feira e cerca das 2h da manhã, e ligeiramente mais barato uma vez que o partilhei com o Gonçalo. Ah, e ainda marquei a minha viagem a Londres para este fds, não podia faltar ao meeting Contacto que por lá vai haver (reservado aos "residentes" no UK mas acho que não se importam se houverem uns penetras!), e viagem a Dublin para o St. Patricks Day - vai ser fantástico! E sim, para aqueles que se perguntam, ainda consigo trabalhar e não é pouco!

Fim de Semana Non Stop!

6ª, saída do trabalho a correr, porque era tarde (20h) e para fugir à chuva, que teima em aparecer sem avisar! O dia tinha sido calmo, iniciado por volta das 11h na embaixada portuguesa para conhecer o delegado e finalmente o Paulo, outro contacteante! A surpresa foi bastante agrdável, o Paulo até é simpático e divertido e almoçámos também com a Cristina, num restaurante italiano fantástico - o Ângelo não percebeu bem o esquema do almoço e não pudémos apreciar a sua companhia. Recebida a tão badalada pen ou data card que nos foi prometida por uma certa instituição associada ao programa Contacto, parti rumo ao escritório quando o dia até convidava para um belo passeio...mas foi literalmente sol de pouca dura! Jantar simpático em casa do Fred seguido de cinema com + 4 amigos (Crónicas de um Escândalo, bom e interessante mas sabe a pouco!) e bar para terminar. Apanhar o táxi é que foi um desafio, mas às 2h30 estava em casa - é vê-los a passar aos milhares com as luzinhas de ocupado acesas e as filas gigantes de pessoas à espera nas praças...

Sábado de manhã fui à Gare du Nord buscar o primeiro Gonçalo Santos! Enquanto esperava fui assediada por um rapazito que achava que eu tinha 18 anos (talvez fosse da fita no cabelo!) e quando soube a minha idade ficou ainda mais espantado por eu ainda não ter filhos! Fomos a casa deixar as malas e seguimos para o centro, St. Michel, onde escolhemos um restaurante para almoçar. É oficial, a comida típica francesa é Grega!!! Há restaurantes gregos ao virar de casa esquina, pelo menos naquela zona! Nunca tinha comido, foi uma experiência agradável. Caminhámos junto da Notre Dame, Hotel de Ville – onde estava o ringue de patinagem no gelo mas já coberto de água, já não quero lá ir!, - Pompidou e toda a zona central. Mais uma vez a chuva deu o ar da sua graça e aproveitámos para ir fazer um sesta a casa enquanto esperávamos pelo meu flatmate, o segundo Gonçalo Santos, que chegou perto das 19h. Banho tomado, roupa trocada, fizémos-nos novamente à estrada rumo a St. Michel novamente, para nos encontrarmos com a Isabel e com o Riccardo (italiano) e, desta vez, para nos estrearmos nos prazeres dos crepes!! E que bons que são, principalmente os doces...crepe com chocolate, amêndoas, chantilly (que nem sabia que adorava!), gelado de baunilha e framboesas...de chorar por mais! Às 22h30 estávamos a entrar no OZ, um bar australiano onde a festa tinha começado às 21h e onde fomos encontrar alguns colegas da Isabel, um holandês estava a fazer a sua festa de despedida por ali! 10€, direito a uma bebida, dançámos, falámos e rimos tal eram as figuras das pessoas que não paravam de subir às mesas e cadeiras para dançarem! Às 2h saímos (a julgar que já eram 4h!) e deparámo-nos com o quase a acabar eclipse total da lua, que nem sabia que ia haver! Apanhar táxis nesta cidade é o caos, mas até nos safámos bem...

O Domingo foi literalmente dia de passeio. Dia de museus grátis, era ver as filas a acumularem-se junto à entrada das principais atracções. Começámos pela Sacré Coeur, onde almoçámos, e seguimos para os Champs Elysées e onde estivémos tentados a apanhar um daqueles autocarros turísticos. Passada a loucura, descemos a avenida passando pelo Petit e Grand Palais, onde cortámos para os Invalides, Torre Eiffel, e Trocadero. Apanhámos outra erasmus girl, a Evelyne, grega com descendência portuguesa e que já cá vive há 3 anos, e continuámos para o Kong, bar com cúpula de vidro e vista sobre paris e onde parece que foi gravado o último episódio do Sexo e a Cidade, muito confortável (as cadeiras são tipo baloiço) e bonito. O jantar foi no sítio da moda, Le Relais de L’Entrecôte, onde o tempo de espera médio é de quase 40min cá fora mas vale a pena! A comida é óptima e o restaurante bem simpático. Caminhada para digerir o farto jantar pelas ruas chiques da cidade e passagem pela Ópera, mais uma vez voltámos ao bar de 6ª e seguimos directos para casa, ainda a tempo de apanhar os últimos metros. Para dar ainda mais um cheirinho a Leuven falámos com o Bruno e o João, live from Dublin! Fim de semana em cheio!!! Esta cidade é fantástica!!! :)

Good Vibes!

Concerto de Sara Tavares no cafe Satellit...à maneira bem portuguesa, começou com uma hora de atraso!! Entre o português, inglês, crioulo e francês a banda lá tentou esboçar um pedido de desculpa sem grandes explicações, e o concerto acabou por compensar! Regresso no último metro para casa, viagem algo alucinante com um grupo de polícias a irromper pelo cais adentro aos gritos sem percebermos bem porquê, partilhar a carruagem com grupos de jovens de cristas coloridas e estrelas recortadas na cabeça, a vestirem calças que estão quase nos joelhos (não é desconfortável??) e acompanhados com meninas que calçam os sapatos das mães, diria eu, daqueles pretos de salto alto que já não se usam! Já na rua recebe-me uma chuvada daquelas, que se prolongou pela noite fora e não me deixou dormir...mas parece que são águas passadas!