09/05/2007

Hej Hej, Tack Tack - a aventura por Stockholm

Antes de mais, cabe-me fazer aqui os devidos agradecimentos a quem de direito.

  • A ti, Beatriz, por nos teres (tão bem) recebido – adorei, a sério!
  • David, por continuares a ser uma óptima companhia para as viagens. Que venham as próximas!
  • Fred, por teres aumentado a minha cultura geral... :) e seres também uma boa companhia para descobrir pequenas coisas em cada cidade, Paris incluída!
  • Leonidas, Savvas and Kenan, thank you also for making our trip even more funny and memorable!! What a lovely “beberete” (sorry, no English translation known!) we had Sunday!
  • Pedro, passagem rápida pela nossa noite, suficiente para alegrar os espíritos!
  • Obrigada também, Ricardo, que mesmo longe tornaste a minha viagem mais apimentada com o desafio Dala!

Como dizia a Beatriz, Estocolmo não é uma cidade para se visitar porque se quer conhecer este ou aquele monumento. É antes uma cidade para ser vivida. Tenho que concordar - e ainda bem que tivémos tempo para o fazer! :)

A viagem começou logo com algumas peripécias. (In)felizmente não minhas. A noite de 6ª que se adivinhava de grande diversão foi marcada pelo peder do avião do David - que, de resto e conforme consta, a aproveitou bastante bem por Londres! A viagem dura uma eternidade, entre metro e autocarro em França, vôo de 2h e bus e metro novamente na Suécia. Felizmente, durmo com alguma facilidade (evitar aqui as piadinhas!). A primeira impressão não foi das melhores, ao frio intenso que se fazia sentir (obrigada, Beatriz, por aconselhares casaco de Inverno!) juntou-se uma fauna de pessoas algo estranha na área circundante da estação central. Depois do McDonalds (que tem o seu quê de diferente, o espaço parecia quase uma loja de design!) apanhámos o metro, e enquanto me perguntava qual era a probabilidade de encontrar portugueses naquela capital sinto alguém a puxar-me o braço e perguntar-me "Estão cá de férias ou a viver?". Ainda maior coincidência foi o facto do tal rapaz conhecer a Beatriz e ter-nos deixado à porta da residência dela - que é, por sinal, uma zona muito engraçada. Já eram 2h da manhã, e a festa de corredor prevista foi adiada.

Na primeira manhã visitámos o City Hall, local que recebe todos os anos o banquete de entrega de prémios Nobel. Encontrámo-nos com o David na estação central e fomos almoçar Kebab (sim, não é comida típica mas há que aproveitar o tempo!). Enquanto fazíamos tempo à espera do David e Beatriz, que foram à residência deixar bagagens, eu e o Fred explorámos a Gamla Stan, ilha do centro histórico da cidade, e aproveitámos o solinho da tarde à beira rio, refastelados, em sofás no meio da rua. Ponto de encontro no Kungsträdgarden e fomos passear ainda na ilha Skeppes-Holmen, onde se encontra o Museu de Arte Moderna (que optámos por visitar na 2ª, dia em que estava fechado) e um castelo, e deitámo-nos na relva - começam a ser tradição estes banhos de sol em jardim, no estrangeiro! Jantámos num restaurante italiano (a comida típica irá chegar!) e seguimos em busca de noitada. A tarefa revelou-se difícil - a noite envolve um ritual de enperiquitamento tal que destoávamos no meio da multidão de mulheres de min-saia, salto alto, top e pinturas até mais não, e metro-sexuais com gel no cabelo e roupa bastante justa! Começámos a noite por um spot altamente turístico mas um must, o Ice Bar. O sítio comporta até cerca de 20 pessoas no máximo, e tivémos que esperar a nossa vez para vestir uns casacos e luvas especiais para entrar no Polo Norte. Tudo é de gelo excepto chão e tecto, mesmo os bancos e copos são feitos de gelo! Ao fim de 20 minutos já não sentia as mãos, e os pés também começaram a reclamar. Experiência recomendada! No primeiro bar-disco que tentámos – e onde a música chamava por nós! –, o porteiro disse-nos para aguardarmos e deixou entrar imensa gente que chegou depois de nós - parece que por lá eles têm problema em não nos deixar entrar, por isso deixam-nos simplesmente à espera até que "realizemos" (esta é em tua honra, David!) que vamos ficar à porta! Tentámos outra opção, o Sture Compagniet – sítio da moda –, onde havia guest list, e aproveitámos uma distracção do porteiro e entrámos os 5 lá para dentro (Eu, David, Beatriz, Fred e Pedro, amigo da Beatriz – rapaz simpático!)! O espaço em si era enorme e bastante engraçado, a música fazia lembrar o andar de baixo do Lux mas com péssima qualidade...valeu pelas cenas hilariantes que passámos a noite a ver, a sedução e engate na Suécia são de chorar a rir! A noite, mesmo assim, não acabou muito tarde, o preço das bebidas e o cansaço acumulado assim obrigavam...afinal, havia mesmo quem dissesse que o seu sistema (cerebral, entenda-se) já não estava a funcionar correctamente, que já não tinha filtros e que era tipo o windows, quando algumas janelas já não abrem e os programas não querem fechar!! :)




PORMENOR: Na Suécia, ou pelo menos em Estocolmo, os supermercados e lojas de rua não estão autorizados a vender alcóol. As bebidas acima dos 3,5º (por confirmar!) são vendidas em lojas especializadas com horários algo estranhos!

Domingo começou com um sol radioso. Fizémos-nos à estrada não tão cedo quanto tínhamos planeado, e começámos por um dos pontos mais altos da cidade, onde chegámos de elevador. Comemos um brunch na esplanada do Mosebacke stablissement, onde nos banhámos ao solinho, e fomos depois apanhar o cruzeiro pelos muitos canais/braços de rio/mar/lago de Estocolmo. O passeio durou duas horas, e apesar de haver alguns pontos de realçar (esclarecendo a dúvida, a cidade é banhada metade por um lafo, metade pelo mar Báltico), o sol e o peso da comida deram-nos mais para passar pelas brasas que outra coisa!! :) Visitámos por fora depois o palácio real e mais uma vez o centro histórico, onde comprei alguns souvenirs. O jantar foi caseiro, participação de todos e lugar ainda para algumas risadas – as batatas no forno não se descacam, David, e as alfaces são vendidas em pequenos vasos! Entre jogos de cartas, cadeiras, coordenação e matemática, e algumas garrafas de vinho, a noite passou-se muito bem com os amigos gregos e bósnio da residência...pena terem que trabalhar todos no dia seguinte!

Na 2ª o tempo não agoirava nada de bom...aliás, estava mesmo a chover quando deixámos o palácio da Beatriz, eu, o Fred e o David. Visitámos o Vasa, museu do barco afundado, e temíamos o pior para o resto do que havíamos programado para a tarde! Mas o céu lá se compôs, e ainda conseguimos ver o Skansen, um parque com algumas reconstruções de edifícios e comérico de tempos idos e um mini zoo com animais mais ou menos exóticos! Vimos os ursos, as focas, um lobo e duas lontras, mas o destaque vai para o alce – a quem fiz uma festinha –, e para as cabrinhas bebés, que apertei muito! Que saudades das minhas cabrinhas do zoo de Lisboa! Depois de deambularmos no centro comercial à espera que a chuva e granizo passassem, voltámos à GamlaStan Para procurarmos um restaurante viking onde se bebia de umas caveiras (este pormenor foi a Bea que sonhou!) e acabámos a comer rena e alce num restaurante medieval à luz de velas, onde nem sequer usavam garfos e as “batatas” (que na altura medieval ainda não eram utilizadas)servidas apenas se pareciam com as nossas na cor mas não em sabor. Experiência alternativa e a recordar, perfeita para terminar a viagem! Entre compilação de fotos, troca de música (ganhámos mais um co-autor para o blog de múscia! Go Leonidas!), as horas foram passando e o David que tinha que estar no aeroporto perto das 6h da manhã deve ter sofrido um bocadito...

Eu e o Fred, pelo nosso lado, voltámos a Paris, que nos recebeu com algum vento e ameaça de chuva! O serão foi calminho, arrumações e cozinhados a meias com o Gonçalo, na nossa hiper mega grande cozinha – na verdade, os louros vão praticamente todos para ele, mais uma vez! -, refeição completa, sopa (de alho francês um pouco alternativa), prato (costeletas com cebola e maçã, combinação maravilhosa da autoria do Gonçalo) e sobremesa (tarte de amêndoa com um toque de personalização!)! Faltou mesmo um vinho a acompanhar...Gonçalo, ainda temos alguma coisa lá por casa? Vamos receber visitas este fim de semana! :)

P.S. - Hej Hej, Tack Tack, quer dizer Olá Olá, Obrigada Obrigada, em sueco...não perguntem porque é que eles dizem tudo a dobrar!!

4 comentários:

Anónimo disse...

Viva Stockholm!! Por alguma razão é o maior post deste blog ;) ehehe adorei...voltem sempre, aqui ou onde eu estiver!!! Kisses Bea

Gonçalo Santos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Pois, desde que convidamos o Ricardo (ou últimamente conhecido por "domador de leõas") a ir lá a casa acabou com o nosso stock... Acho que nos sobra uma garrafa de vilho branco no frigorifico, mas temos que voltar a ter a nossa garrafeira ;-)

Pelos nossos convidados, claro!

E tens de perguntar ao Dermot o nome daquele vinho! Ricardo, alguns conselhos tb sobre vinhos?!

(Temos de ir até Bordéus conhecer os melhores nectares dos Deuses aqui de França!)

Gonçalo Santos

David TBM disse...

Bem, com posts como este não deixas tempo para ler os outros blogs nas minhas habituais pausas para almoço...mas gostei, gostei sim senhora. Não queres escrever também o meu? É que estou sem tempo nem paciência...
Tak tak. Vi ses snart.