Não, não é o primeiro post em francês, esse ainda está para vir!... :D
A Primavera e Verão estão realmente à porta, mesmo com a chuva que teima em não parar (verdadeiro clima tropical!), e a comprová-lo está a música que anda no ar um pouco por todo o lado! Em qualquer lado é ver alguém pegar num instrumento e animar as ruas, que começam a estar cheias de gente para aproveitar o sol (que anda um pouco tímido) e o calor! Este fim de semana regressei à minha segunda casa - uma verdadeira maratona para conhecer 4 cidades em 2 dias! Mas começando pelo início...
Le 15 juin
Após uma reunião de quase 5h, encontrei-me com o Ricardo na Ópera, para uma espera de mais 20 minutos. O dia, que estava fantástico, mudou rapidamente de cor e daí a umas horas caía uma grande chuvada. O plano era irmos buscar o carro o mais rapidamente possível a casa do Sr. Fernando e seguirmo viagem. Plano que é plano com o Ricardo nunca corre como inicialmente previsto, e um erro no RER valeu-nos quase 2h de atraso!! Ainda tivémos locais a desaconselharem-nos a permanecer no banlieu à espera de outro RER mas fomos valentes e decidimos socializar! Que gentes estranhas! :) Apertadinhos num carro de dois lugares, lá fomos guiados pelo Sr. Fernando até ao nosso popó, não sem antes nos oferecerem dormida, jantar, comida e o GPS - os dois últimos aceitámos! A viagem não podia correr sem mais peripécias e parámos ainda em várias bombas de gasolina para (tentar) medir a pressão dos pneus - em bares, sem saber a equivalência, é difícil! Ainda tínhamos umas horas de caminho pela frente, com direito a paragem para jantar e muita e boa conversa. Chegámos finalmente ao nosso destino bem tarde e pernoitámos num hotel.
Le 16 juin 
Cidade do Luxemburgo. 40%
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população portuguesa. Confirma-se! Acordámos às 8h30 e tomámos o pequeno almoço num café onde pelo menos uma das empregadas era portuguesa. A Sara juntou-se a nós e guiou-nos por aquela grande cidade! Surpreendeu pela
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quantidade de coisas para ver, uns 4 ou 5 pontos de interesse :D ! Vimos uma igreja aquecida por dentro, um mosteiro com uma decoração bem interessante, umas grutas/túneis numa montanha que já não tivémos tempo de visitar, e ainda algumas praças e estátuas. Faltaram os souvenires mas a chuva que começou a cair e o passar das escassas horas levaram-nos a abandonar o centro da cidade, até casa da Sara, uma CASA óptima, com vista para as vaquinhas e tudo!
Fizémo-nos à estrada, com a Fi ao volante (faz lembrar canções de outros tempos!), mas rapidamente abandonei o posto por não gostar dos pedais. Breve paragem no caminho para libertar energias, e chegada a meio da tarde a Leuven. É bom chegar a casa e fiquei
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feliz por me lembrar ainda de tudo! Há coisas diferentes, como a Isabel já me tinha dito o parque das bicicletas na estação de comboios desapareceu para dar lugar a umas construções gigantes, a piscina do largo do Dwerf foi destruída e vai ser construída alguma coisa misntruosa no mesmo lugar, o parque de estacionamento ao pé do Fado também foi abaixo, e a Parijstraat está quase toda em obras - fecharam mesmo o Kapsiki, o meu restaurante de referência!!
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Começámos por conhecer a abadia fora da cidade, e pour um tour by car à volta do ring, onde vimos o supermercado dos tiros - o Delhaize -, como lhe chamo, a fábrica da Stella, a estação dos combóios, a prisão e a rua onde morei, a Tervursestraat 117. O Jardim Botânico ficou excluído do programa pelo bre
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ve aguaceiro, e estacionámos o carro ao pé do Fado. As próximas passagens foram pelo Oude Markt, Grootje Markt - onde vimos a Stadhaus e a St. Paul's Cathedral -, a rua das esplanadas, a residência masculina onde morou o Erasmus e uma paragem no Dwerf para um merecido lanche. Encomendado o prato do costume, spiced bread with mozzarella and sun dried tomato, servido num tupperware e acompanhado de uma sangria e energy tea, descansámos um pouco. Seguimos depois para a Naamsestraat para conhecer as residências de estudantes, a minha faculdade, o jardim, a residência "do Técnico", o polo das Junior classes, a biblioteca. Comprámos uns cds numa banca que s
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obrou da feira que deve ter havido durante a manhã, e continuámos pela rua pedonal até ao Villa Ernesto. A rua na margem do canal, passagem secreta para muitos, estava completamente em obras, mas ainda vimos alguns patinhos e pombas que andam loucas! Seguimos o som da música e fomos parar a um concerto bastante diferente e interessante. Fomos depois ao Stuck, passando pelo Wink - que fechou, possivelmente devido a algum distúrbio noturno! -, e pela Grootje Beijginhoff, que não me deixa de espantar por ser tão bonita, enorme e passar despercebida à maior parte das pessoas. As freiras é que sabiam viver bem! De
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carro ainda tentámos ir a outra abadia num dos pontos mais altos de Leuven, mas já tinha fechado, e terminámos a volta turística com um dos pontos altos, a faculdade de artes e o seu imponente chateau. Ainda se atravessou à frente do carro um bando de patos gigantes e o cair da noite impunha uma rápida procura de restaurante. A minha primeira hipótese ficou sem efeito pelo que após várias tentativas de leitura de menus em flamengo nos decidimos por um marroquino. Óptima escolha, encomendámos couscous e outras coisas supostamente típicas, tudo acompanhado de um fresquíssimo vinho tunisino! Ainda fomos rever o The Rector e Ambiorix, o Bierkelder (já tem saída de emergência!!), o Com.edie - onde provámos umas cervejas típicas - e o Cafe Manger, o único com gente e com óptima música. Altura de exames não perdoa e a cidade estava quase deserta. Por volta da 1h rumámos a Bruxelas, e após uma grande saga com telemóveis que não funcionavam e indicações pedidas na rua chegámos à Point Rond Montgomery, onde o Sebastião nos foi receber como só ele sabe fazer. Foi bom vê-lo, está de saúde, com uma energia interminável e uma boa disposição sempre contagiante, gosto mesmo dele! OBRIGADA SEBASTIÂO! Instalou-nos no palácio do Ribeiro e Castro e deixou-me a SIC ligada, enquanto foi sair à noite com a irmã. O Ricardo estava exausto e foi deitar-se e eu fiquei vidrada na TV até perto das 4h...
Le 17 juinNovo despertar as 8h30. Acordar bem disposto, com post-its pela casa toda! Gost
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o muito de caças ao tesouro!... A sugestão de passarmos em Waterloo para reviver a batalha que por lá houve teve que ser retirada do programa e seguimos directos para Gent. A visita foi feita de carro mas ainda houve tempo para algumas fotos. Chegar ao próximo destino foi dose, valeu-nos um amigo num smart que nos guiou até ao caminho certo! Em Bruges valemo-nos de novo da minha memória e dotes de guia turística, surpreendi-me a mim própria mais uma vez e acho que não nos faltou visitar nada! Vimos as praças principais, a stadhaus, os canais, almoçámos na PizzaHut
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onde se fazia sentir um calor insuportável, vimos os jardins dos museus, "perdemos" um guarda-chuva e dançámos ao som de "Il me dit des mots d'amour, des mots de tous les jours, et ça me fait quelque chose!" (letra de "La vie en rose, para os mais distraídos!). A letra era na minha imaginação, m
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as muito bem acompanhada pelo músico do acordeão. Vimos mais patinhos bebés junto do jardim, e mais umas quantas coisas de que não me lembro do nome pelas ruas tão simpáticas daquela cidade. O sol fez o favor de nos acompanhar o tempo todo e ainda tivémos tempo para uma sesta à beira do canal que soube lindamente! Últimos preparativos antes de continuar viagem, compra de
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souvenires e chocolates e tentar recuperar o guarda-chuva escondido sem sucesso e fizémo-nos novamente à estrada rumo a Paris. A chuva aqui foi uma constante e seguiu-nos quase até ao destino. O carro ficou estacionado em Balard, que já não dava tempo para o ir devolver à garagem do Sr. Fernando e no dia seguinte tratava-se disso. Ainda bem, que fiquei mesmo ao lado de casa, com o sono a apoderar-se de mim!
O fim de semana foi óptimo - o plano era bastant
e ambicioso mas conseguimos cumpri-lo e ainda incluir mais uma cidade. Voltar a Leuven soube-me bem. É a minha segunda casa, e mesmo sem as pessoas que tornaram a cidade naqilo que significa hoje para mim e com algumas mudanças de arquitectura, continua a ser muito especial. Não foi o primeiro regresso, mas cada um é vivido de uma forma diferente. Talvez por coincidir com nova experiência internacional, este regresso tenha tido um significado especial - outras pessoas, sem dúvida, mas que tornaram a visita única!