28/10/2007

Festa da bóina/boné/chapéu, da cerveja e do vinho que custe mais de 5 euros e do shot e cremaillere do Ângelo, entre outras coisas!

A semana foi bem calminha, marcada por um frio de rachar com as temperaturas a roçar o negativo e os aquecimentos no máximo. Após a partida dos pais do Gonçalo, o Diga instalou-se na sala. Tentámos sem sucesso marcar um jantar para 5ª mas a greve geral de transportes, que se prolongou em alguns casos até Domingo, boicotou o evento!...O Ricardo foi mais uma vez a Lisboa, na 4ª de madrugada e depois de no fim de semana anterior ter estado em "formação" em Itália, mas até lá ainda tivémos tempo de pôr a conversa em dia e tentarmos ver mais um filme, sem sucesso...eu fiquei-me mesmo pelo início do Paciente Inglês, o meu filme preferido, tal era o avançado da hora e cansaço!


Vendredi, le 19 octobre
Último dia de trabalho (oficial, pelo menos!) para o Paulo e Cristina! O motivo apelava à comemoração e reunimos os 5 Contactos (coisa quase inédita) mais uma amiga, o Diga e o ex Contacto Peixeiro que compareceu com umas amigas. O local seria, e pela primeira vez, a casa do Ângelo para aquela que se chamaria a Festa da bóina/boné/chapéu, da cerveja e do vinho que custe mais de 5 euros e do shot e cremaillere do Ângelo.
Sim, porque foi mesmo a primeira vez que fomos a casa do Ângelo, apesar de ele morar quase ao nosso lado! Nunca se dignou a convidar-nos e foi a pouco mais de uma semana de se ir embora que decidiu fazê-lo. Quer dizer, sejamos sinceros, acho que nos impusémos um bocado e ter mandado convites em nome do Ângelo a anunciar que a festa seria em casa dele também terá ajudado!! Os requisitos eram, entre outros, bom vinho - todos falharam redondamente, salvou o Porto reserva que havia lá em casa do Ângelo! - e um chapéu. Fica aqui o devido desmentido que o Peixeiro sabe escolher vinhos, foi de longe o pior que se bebeu naquela festa, sabia mesmo a azeite - ou seria indução do nome do vinho, Galo? À falta de melhor optei pela minha amostra de chapéu dos duendes do Saint Patricks day, o Diogo levou um gorro e o Gonçalo, o chapéu de Itália. Fizémos uma quiche óptima e fomos os primeiros a chegar. A festa decorreu tranquilamente, com muita sessão fotográfica pelo meio, algumas batidas na parede da vizinha, uma selecção musical de categoria que incluir Atoladinha, entre outros grande sucessos, e alguns shots de Tequilla, como mandava o tema da festa!... O Gonçalo E. ainda foi lá picar o ponto mas ficou pouco tempo, teve apenas tempo de partilhar um copo comigo como ditam as regras do nosso acordo - ele só pode beber bebidas alcoólicas do meu copo e eu não posso ter telemóveis ligados quando estou com ele, estamos a combater os nossos vícios! - e deu o mote de saída para algumas pessoas, incluíndo eu que saí logo de seguida. O Gonçalo chegou pouco depois e o Diga foi o último, passadas cerda de duas horas, diz que guiado pelo Peixeiro por não fazer ideia de como se chegava ao nosso chateau!...

Samedi, le 20 octobre
Incrivelmente, e passada quase uma semana de estar em Paris, o Diga ainda não conhecia absolutamente nada sem ser o centro, que é como quem diz, a nossa casa e o percurso que faz a pé até ao trabalho - há quem tenha sorte! Assim sendo reservámos o dia de Sábado para umas visitas turísticas. O plano era simples, sair de casa e começar em Charles de Gaulle Étoile, onde iríamos alugar umas vélib para facilitar e acelerar a deslocação. A fome falou mais alto e começámos mesmo por levantar dinheiro e almoçar. Entretanto o Gonçalo foi ter com a Isabel e a Inês a Buttes Chaumont (parece que existem mesmo umas pequenas grutas e quedas de água, tenho que lá ir confirmar!) e esquecemos as bicicletas já que não tinha forma de a alugar para o Diga, que também não tem cartão com chip!...Descemos os Champs Elysées, nunca os tinha visto tão apinhados, com imensas cenas caricatas de adeptos das equipas que iam disputar a final do rugby naquela noite, desde homens vestidos à índios com pinturas tribais, debaixo de uma bandeira da África do Sul, a cavaleiros da Távola redonda montados em bicicletas, havia de tudo!... Continuámos até ao Petit e Grand Palais, passámos a Ponte Alexandre III, e atravessámos Concorde, as Tuileries com imensas obras de arte espalhadas e o Louvre. Pela margem do rio chegámos ao Hotel de Ville, entrámos na Notre Dame, e corremos a Île Saint Louie. Demorámo-nos um pouco numa das pontes, trocando reflexões sobre a vida, e apressámo-nos para o metro para ir visitar uma casa para o Diga, passando por um salão de chá de aspecto muito convidativo, tenho que lá voltar! Deparámo-nos com a greve e após várias artimanhas acabámos em Montparnasse de onde fomos a pé até Convention. A casa era bem simpática, uma pechincha, mas a rapariga que queria partilhar casa final não estava preparada para o fazer e a coisa ficou sem efeito!... De lá fomos até casa, a pé mais uma vez, e fizémos tempo até irmos para o restaurante proposto pela Inês e Isabel para a recepção do Diga. Saímos tarde e ainda tentámos manter a postura dizendo que tínhamos ido mostrar a zona ao Diga, mas a verdade é que nos atrasámos, nada a fazer! Até se mostrou uma atitude sensata, uma vez que o restaurante não aceita reservas e estava à pinha! Surpresa agradável, a Helena também estava por lá! A escolha foi muito acertada, Avé Maria de seu nome e cozinha exótica de especialidade. Passou-se muito bem, banda sonora de clássicos e alguns vídeos para contar a história! A noite continuou para a maioria na Favela Chique, para mim e para a Helena acabou no vale dos lençóis!... E de notar que o Diga rendeu-se às evidências, aquilo é um antro de calor e parece que foi mesmo ele quem deu a dica para se irem embora! Acabei de saber que, no entanto, este fim de semana voltou lá duas vezes... parece que o trauma não foi grande!

Dimanche, le 21 octobre
Comecei o dia, outro de céu azul fantástico, no famoso Museu Rodin. Impressionou pelo espaço em si, com um jardim, lago e palácio, mas não pela exposição, bastante reduzida...Tentei depois ir à Angelina, café famoso pelo chocolate quente, para alguns o melhor do mundo, mas em vez de encontrar a tasca que tinha imaginado deparei-me com um sítio todo chicório onde não era de bom tom entrar sozinha! Pus-me então ao volante de uma vélib e fui até casa do Ricardo, que ainda não tinha voltado, para tratar de uns assuntos pessoais. Dediquei a tarde a mim própria e fui depois a casa, onde jantei uma belíssima sopa feita pelo Gonçalo, e encontrei-me a seguir com o Gonçalo E. na cave de um bar para um concerto de Jazz. Andámos desencontrados no fim de semana mas pusémos a conversa em dia. Os únicos espectadores éramos nós, teve a sua piada, mas aos poucos juntou-se audiência suficiente para dar início ao concerto, que apenas era arraçado de jazz. O saxofone deu o ar da sua graça na música que já não consegui ouvir, o Ricardo acabava de chegar a Paris e passou na zona para me apanhar de táxi. À medida que se aproxima o fim do estágio, ainda com muita incerteza sobre o que o futuro trará, a pouco e pouco vou picando o ponto nas "últimas" coisas que ainda não conheço em Paris, começo a sentir a cidade como minha casa...gostava de conhecer e viver Lisboa tão bem como conheço e vivo Paris!
Não se esqueçam que há mais fotos no link Fotos da Fi!

1 comentário:

nuno disse...

ai o peixeiro não sabe escolher vinhos? ai é?... tsc tsc tsc.

palatos mal educados é o que é! o vinho bem bom era. um monocasta com personalidade forte! tsc tsc tsc...