04/09/2007

É preciso ir a Oslo para ter bom tempo??

Vendredi, le 24 aôut
Mais uma madrugada para apanhar o avião. Desta feita no aeroporto de Orly, uma estreia, cheguei bem cedo para evitar que algo corresse mal! Nunca demorei tanto tempo a fazer um check in e mesmo assim, depois de um pequeno almoço leve no Paul e onde o empregado, que metia conversa com toda a gente, me fez corar, ainda esperei mais de uma hora pelo vôo, que se atrasou ligeiramente. O avião deixou muito a desejar, pequeno e velho, algo desconfortavel. Chamou-me especialmente a atenção um pequno quadrado luminoso com um casal e um risco em cima, junto das casas de banho...será que já tiveram muitas surpresas nos wcs? O avião ia bastante vazio e consegui mesmo mudar-me da minha fila 5 de dois lugares para a do lado, de 3 lugares, onde me estiquei ao comprido e dormi a viagem toda! Como não estou habituada a ir na parte da frente do avião, geralmente reservada à primeira classe e onde se sente muito menos a turbulência e o barulho, fui estranhamente sobressaltada durante o vôo todo e acordei a meio de vários sonhos e pesadelos!
A chegada a Oslo não podia ter sido melhor! Seguindo as indicações do Rodrigo saí para fora do pequeno aeroporto e fui brindada com um lindo dia de Verão com direito a calor e tudo! Paguei preço de estudante no autocarro e dormi até ao centro da cidade, onde o Rodrigo estava à minha espera. Fomos a pé até à delegação – depressa descobriria que tudo se faz a pé em Oslo! – e conheci os simpáticos colegas do Rodrigo, com quem fiquei um pouco à conversa, depois de ter trocado de roupa – no meio daquele calor, botas de pêlo e camisola não faziam sentido e rapidamente vesti um top e ténis. Fui depois até à estação central e ao posto de turismo e almocei no McDonalds ali ao lado, enquanto estudava alguns folhetos turísticos que tinha trazido. O passeio aos fiordes ficava assim irremediavelmente adiado, uma vez que não havia comboios de regresso na madrugada de Sábado e um passeio de avião ficava talvez caro de mais e nunca é o mesmo. Dizem que se tem que deixar sempre qualquer coisa para ver numa segunda visita!...Após uma falha de comunicação com o Rodrigo, que se gostaria de ter juntado a mim no passeio que ia fazer, encaminhei-me para uma zona central para apanhar um autocarro para a península de Oslo. A caminho vislumbrei água por entre os prédios e não resisti e fui conhecer a marina, onde várias pessoas se banhavam, ao sol, no cais de madeira. A passo rápido voltei ao meu percurso, sugerido pelo Rodrigo – que, aliás, se encarregou de nos fazer todo um trajecto naqueles dias e que está de parabéns, obrigada! – e cheguei ao museu tradicional (os nomes são complicados naquela língua!!), onde para além de algumas mostras de vestuário existe um espaço ao ar livre, com construção da época e alguns animais. Encontrei-me com o Rodrigo por volta das 17h à porta e fomos até à praia, que me encheu as medidas. Com um tempo óptimo eram vários os banhistas, a vista fantástica e a água estava muito convidativa. Sem dúvida uma óptima qualidade de vida, pelo menos nos curtos meses em que há luz e bom tempo! Passeámo-nos depois no meio dos parques que circundam a zona da praia, entre muitas sessões fotográficas. Voltámos a passo rápido ao centro para ir receber a Bea, a segunda a chegar, e fomos rapidamente à delegação para ir buscar as minhas malas, perdão, a minha mochila, que sou uma rapariga prática e não ando com a casa às costas...sempre... A caminho de casa passámos no super para comprar o jantar, pizzas, frango desfiado e fruta para uma mega salada, e esperámos ainda o Emanuel, que o Rodrigo foi buscar à estação. De barriga cheia saímos todos novamente para ir receber a Raquel, a última a chegar, e após deixarmos as malas em casa, bebermos um pouco de vinho e pormos a conversa em dia até perto das 2h, decidi ficar a repôr o sono, enquanto os outros preferiram conhecer o fim da noite de Oslo, que acaba às 3h! Deram a noite por terminada pouco depois...De referir que a logística da casa, um T1 impecável, tinha também já sido pensada ao pormenor, ficando as meninas em duas camas no quarto, e os meninos em colchões, no chão, na sala.


Samedi, le 25 aôut
Despertei mais cedo que todos e fui a pé até ao centro, onde visitei a Galeria Nacional e alguns quadros do Munch, principal pintor norueguês e escandiavo, de quem sou fã. Umas horas depois voltei a casa, a aproveitar mais um dia de sol fantástico, onde os encontrei a acabar o pequeno-almoço, e partimos para o ponto mais alto da cidade, a torre do ski – impressionante a altura daquele salto! Visitámos também o museu e tirámos umas óptimas fotografias à vista fantástica. Regressámos ao centro e após uma passagem rápida no super para nos equiparmos para o almoço com hamburgueres e um grelhador descartável, fizémos uma longa caminhada passando pela câmara municipal, pela marina e pelo forte, e esperámos algum tempo no cais pelo barco que nos levaria à ilha central enquanto provámos e nos deliciámos ao sabor dos rolos de canela, bolos típicos e divinais, ainda quentinhos. Escolhemos o nosso cantinho no relvado imenso e fizémos o nosso churrasco – os meninos jogaram à bola e as meninas bronzearam-se! Na volta vimos a exposição sobre animais que estava na marina e onde comprei um poster e seguimos cedo para casa para preparar o jantar, douradinhos e batatas salteadas no forno acompanhados de vinhos divinais, portugueses e espanhóis. Gostei especialmente de um trazido pela Raquel, Rioja (?? estará bem escrito?) uma reserva de 2001 que me encheu as medidas! Já quentinhos fomos por volta das 00h conhecer a noite de Oslo. O preço tabela é de 100 nokas, como diria o emanuel, aproximadamente 12€, só para entrar e sem direito a bebida. Carimbados, experimentámos aquele bar discoteca, onde as moedas de 1 nok pareciam semeadas no chão de tantas que eram, e fizémos depois uma pausa para ir a Angola! De referir que vi em Oslo as loiras mais loiras e mais giras em toda a escadinávia, mas que também são do povo que menos sabe beber, são tantas as figuras que fazem! Às 3h da manhã em ponto e já noutro bar mais animado acabou repentinamente a música e acenderam-se as luzes, sinal inequívoco de que a noite terminara, e enfrentámos o frio que se fazia sentir para ir comer qualquer coisa ao Burguer King. Ah, e também aqui, e já em Copenhaga, re-descobri o prazer dos Reese, que peguei a todos os outros! Aterrei assim que cheguei e pouco depois dormíamos todos!






Dimanche, le 26 aôut
Despertar cedo para todos, o último dia da Bea tinha que ser bem aproveitado. De farnel preparado na véspera seguimos para o Jardim das estátuas, muito giro, onde um professor universitário colocou várias estátuas feitas pelos seus alunos, geralmente retratando nudismo, dando um efeito de majestosidade ao jardim, com alguns lagos pelo meio. Tirámos várias fotos, vimos uns cães tipo urso e tocámos nos nossos signos garantindo assim um regresso a Oslo e continuámos para o nosso destino daquela tarde, também solarenga mas mais frescota e com nuvéns. Chegámos a um lago enorme e lindo, cuja meia margem percorremos até encontrarmos um cais de madeira que nos pareceu ideal para o nosso churrasco. Os aguaceiros passageiros contrastaram com alturas de calor insuportável e frio intenso, mas nada nos demoveu. A ementa era simples, batatas de pacote, pimentos – que acabámos por não comer foi tanto o tempo que demoraram a fazer! – e rabo de vaca grelhado, como diria a Bea. Rabo ou não, a carne era divinal e a tarde não podia ter sido melhor passada! De volta ao centro tivémos ainda tempo de ver o palácio real, de bandeira hasteada assinalando a presença dos reis, e de acompanhar a Bea a casa, para uma última troca de fotografias, e para a despedida nos autocarros. Posto isto, e depois de comprado o jantar, os meninos foram uma vez mais jogar à bola enquanto que eu aproveitei para tomar um último longo banho de água quente e fazer malas. Depois do jantar aterrei directa, passando o jogo não sei bem de que equipa que os restantes viram no computador! Sem dúvida uma viagem um pouco diferente, sem correrias, até porque a cidade em si se vê rapidamente, mas das mais agradáveis que fiz – a companhia foi 5 estrelas e o anfitrião nota 10! Diz que depois no regresso a Bea apanhou Inverno em Estocolmo, e que o Emanuel apanhou a noite mais quente em Barcelona e perdeu óculos emprestados e telemóvel! Tinham que existir algumas peripécias!





Lundi, le 27 aôut
O despertador tocou às 3h45 e levantei-me a correr. Tudo correu como planeado e aterrei em Paris por volta das 9h30 e vi sol! :D O dia ficou reservado a desfazer e refazer malas para o próximo destino, almoço no banco com a Isabel e os resistente por Paris, Ana, João, António de regresso de férias e ainda o Pierre, pôr alguns assuntos de trabalho em dia e para um jantar com o Ricardo, num restaurante asiático perto dos Champs Elysées e que fica como uma referência, pelo espaço em si e pela comida mas, principalmente, pela companhia. Serão memorável para me despedir de Paris por uns dias!!!...

4 comentários:

Lorena disse...

Olá!

Achei muito completa a visita guiada que nos fizeste a Oslo. Em relação ao povo em si, com que opinião ficaste?

Aí em Paris as semanas de trabalho são de terça a quinta? segunda a quinta? Que sorte!

Continua a aproveitar isso à grande, porque aqui em tugal o fenómeno das "low costs" ainda não está assim tão massificado (continuamos na ponta da Europa).

Bjs

Anónimo disse...

Tb adorei o weekend :) pela companhia, pelos sitios, pelo bom tempo....por TUDO!!e assim ficaste a saber que as viagens relax, sem querer ver tudo 8mas tb facilitado por a cidade ser pequena), também sabem muito bem!hehe até daqui a 2 semanas e meia!! Bjs Beatriz

Fi disse...

Lorena, espero que leias este comentário porque não tenho outra forma de te responder!! As semanas aqui, infelizmente, são mesmo de 2ª a 6ª e com direito a horas extraordinárias, que me renderam um ou outro dia de folga!
Quanto aos noruegueses, não tive propriamente oportunidade de formar uma opinião...na noite são descontrolados, durante o dia demasiado contidos!
E sim, vou seguir o teu conselho e continuar a aproveitar ao máximo, esperam-se surpresas para breve! ;)
Filipa Duarte

Lorena disse...

Do mal o menos ainda te "pagam" as horas extraordinárias...

O que mais me marcou em Oslo foi o silêncio que se fazia sentir a qualquer hora do dia. Podia estar sol ou a chover que, para além do chilrear dos passarinhos, nada mais escutava.

Achei estranho. Ninguêm interagia. Estariam todos em contenção?

Bjs e obg pelo feedback