A semana não foi muito preenchida...depois de uma caminhada noturna de 1h30 pela cidade toda fiquei doente e passei dois dias sem sair de casa...Perdi o pot de départ do sylvain e mais alguma coisa de que não me lembro. Na 6ª chegaram as visitas e apanhei novamente ar fresco - era o que me estava a faltar!
Vendredi, le 28 septembre
A Beatriz foi a primeira a chegar, a seguir ao almoço e seguindo o trajecto que lhe recomendei com algumas alterações da sua autoria! Fui buscá-la à estação de tram, debaixo daquela chuva miudinha mas que molha à séria, e depois de deixarmos as malas em casa fomos procurar almoço. A primeira tentativa foi no café português da esquina, onde aproveitei para perguntar se conheciam um canalizador - que conheciam, mas já não serviam refeições! Ficámo-nos então pelo supermercardo e pelo Picard, loja de congelados com imensas refeições prontas a comer. Almoçámos e pusémos alguma conversa em dia e a Beatriz iniciou a sua visita turística, combatendo a inércia provocada pela chuva non-stop, pela Torre Montparnasse, até onde foi a pé e ao cimo da qual subiu e onda consta que estava muito vento e pouca gente! Daí seguiu para o Louvre, grátis às 6ªs a partir das 18h e para menores de 26 anos, onde a encontrámos horas depois, já era de noite. Vimos o espectáculo de luzes da torre Eiffel e juntámo-nos ao Pedro, o mexicano que tinha conhecido há umas semanas. O Eliseu (sim, já sei que seria preferível tratar-te por Gonçalo mas da azo a muitas confusões!) recomendou-nos o restaurante, em Saint Michel e que ia de encontro aos desejos das meninas, que queriam fondue de queijo, e juntou-se a nós. A caminho ainda passámos na Pont Neuf e vimos ao longe a Conciergerie e a Notre Dame. Mais tarde apareceu outro Gonçalo, de visita à cidade e amigo de outra contacto, e a Isabel , que passou apenas para dar um beijinho. Fechámos o restaurante e procurámos um bar. O guia era o Eliseu e levou-nos a um sítio simpático e onde ficámos não muito tempo. Todos os restaurantes e bares tinham decoração exterior relativa ao mundial de rugby, um bocado pirosa a meu ver, mas enfim...faz parte! Batemos com o nariz na porta no próximo sítio que experimentámos e percebemos que estava tudo a fechar, eram quase 3h...a próxima aventura foi mesmo encaminhar todos os elementos para o seu devido destino...o Pedro que queria ir de autocarro o Gonçalo a pé, o Eliseu - que queria continuar a festa desse por onde desse! - não sei bem como e nós de táxi! Ainda nos rimos um bocado com as figuras de uma rapariga de saltos que não sei como não os partiu e que, eventualmente, acabou por se descalçar e, por várias vezes, quase atirar-se para o meio da estrada, era tal o estado...a casa estava por nossa conta e dividimo-nos entre os dois quartos e dormimos um sono merecido!
Samedi, le 29 septembre
O despertador tocou? Não sei se não o pus ou se desliguei automaticamente, mas acabámos por dormir um pouco mais do que estava programado!... Começámos o dia em La Défense, fiquei com vontade de subir ao topo, e seguimos directas para o Arco do Triunfo, para ter ideia do contraste - as meninas já tinham estado em Paris há muitos anos e o objectivo era dar-lhes a conhecer o máximo da cidade em dois dias! Descemos os Champs Elysées, e junto do Petit e Grand Palais atravessámos a Pont Alexandre III - onde uma estrangeira nos olhou com ar assustado e se afastou quase repugnada quando lhe pedimos para nos tirar uma fotografia! - com os Invalides ao fundo e seguimos ao longo da margem até à ponte seguinte, que desembocava em Concorde. Logo ali ao lado parei para dar esmola ao senhor que tinha um cão e dois gatos, um dos quais a dormir em cima do cão...cheiravam muito mal mas mesmo assim fiz uma festinha! Entrei pela primeira vez na Madeleine, onde tenho que ir ouvir um concerto, e regressei à Place Vendôme onde apenas tinha estado uma ou duas vezes e onde estão os melhores hotéis e todas as ourivesarias. Encaminhámo-nos para a Ópera, onde comemos e apanhámos o metro com destino ao Parc Buttes-Chaumont. Foi também uma estreia para mim e merece encore, o parque é lindíssimo, com grandes encostas, um coreto bem no alto, um lago enorme e, ao que dizem, grutas...não nos pudémos demorar mas havia quem estivesse para ficar, nomeadamente pintores e artistas ou outros apenas a apanhar o solinho que se pôs! A Sacre Coeur esperava-nos e começámos pelo Moulin Rouge e pelo café da Amelie Poulin, que do filme só tem mesmo um cartaz, e perdemo-nos nas ruelas até à Place du Tertre ou dos artistas, repleta de movimento àquela hora! Deixei as meninas por lá, com indicações de visitarem a Sacré Coeurs por dentro, apreciarem a vista por fora e percorrerem depois a zona de Pigalle, e encontrei-me com o Paulo junto da embaixada dos EUA para assistirmos ao desfile da Fátima Lopes! Encontrei várias caras conhecidas, como a da Inês, da Maria Rita ainda com vestígios da noite do inferno do fim de semana anterior e do Ricardo Simões. O desfile, à boa moda portuguesa, começou com uma hora de atraso e com muita gente em pé, mas foi muito engraçado se bem que a roupa não faz muito o meu estilo! E é bom descobrir que as modelos também têm celulite! :D O Paulo fez-me companhia até à Bastille e à Ópera nova, onde nos encontrámos com a Raquel e Beatriz e ainda visitámos a Place des Vosges by night...o jantar era no pot de départ da casa do Diogo e da Sofia e, depois de nos despedirmos do Paulo, foi para lá que fomos. O António, Cláudia, Helena, João e Ana e ainda um amigo francês já lá estavam, e os restantes convidados foram chegando, a Isabel, Ricardo, Eliseu e amigo brasileiro, Maria João e, após muitas horas perdidos, o Carlos e a Isabel. A noite para mim acabou cedinho, mas a Raquel e Bea ainda foram conhecer a animação da Favela Chique até tarde!
Mais uma vez começámos o dia um pouco mais tarde que o previsto e com muito mais sol e calor do que o que anunciavam, parecia quase Verão! O ponto de partida foi o Trocadéro, apesar de uns erros de cálculo não nos terem levado mesmo lá a cima. Atravessámos a ponte que desemboca directamente na Torre Eiffel, toda enfeitada para o rugby com bola e écran gigante e milhares de pessoas que se alinham na fila para subir ao topo. Passeámo-nos pelos Champs de Mars, todos ladeados por barracas com diversas actividades lúdicas e educativas, e parámos um pouco a apreciar umas danças country com direito a cantor e fatiotas a preceito! Passámos ao pé do Colégio Militar, e cruzámos os Invalides e a Pont Alexandre III, novamente até Concorde. Atravessámos as Tuileries, onde o bom tempo convidava a uma pausa mas o relógio não nos deu tréguas, e já no Louvre caminhámos junto ao rio para ver o Musée d'Orsay e a Pont des Arts. Entrámos na pirâmide do Louvre para ver a pirâmide invertida, e saímos junto do Palais Royal, onde entrámos. Já do outro lado visitámos umas galerias de arte e continuámos por Chatelêt, onde fomos várias vezes abordadas numa feira de rua, comprámos postais e almoçámos os famosos crepes - parece que ainda não ultrapassei o meu trauma e fiquei-me mesmo por um panini! Passámos junto ao Pompidou, com bastante animação de rua aquela hora e oferta de abraços grátis, e parámos junto do Hôtel de Ville, que começava a transmitir um jogo de rugby num écran gigante e estava apinhado de gente! Atravessado o rio, visitámos a Notre Dame por dentro e passeámos na ilha, passámos pela ponte com animação de rua constante e naquele dia música ao vivo, com direito a órgão e tudo, até chegarmos ao Instituto do Mundo Árabe, conhecido pela sua arquitectura e vista da cidade. Subimos ao 7º andar, fiquei triste por saber que o bar restaurante fechou para obras, mas deliciámo-nos rapidamente ao sol e com a vista! Em passo acelerado continuámos até ao Jardin des Plantes, com o seu Jardim Zoológico e inúmeras plantas que não tivémos tempo de ver, e até à Mesquita, da qual apenas vimos a fachada e o interior do café, que merece sem dúvida um retorno em breve! A penúltima paragem foi o Panteão, com passagem pela Rue Mouffetard, e finalmente o Jardin du Luxembourg! Já se fazia tarde para a Bea, que ia apanhar o avião em Beauvais, e deixámo-la na Cidade Universitária com todas as indicações para chegar até casa e aeroporto. A Raquel seguiu para junto da Notre Dame e eu aceitei o convite do Eliseu para o concerto dos Police, no Stade de France. Começou bem depois do que anunciava o bilhete mas foi muito divertido e ainda berrei e cantei bastante - pelo menos metade das músicas, aquelas que eu conhecia! - para soltar energias, independentemente da chuva que caiu lá pelo meio! A Raquel optou por subir até à Torre Eiffel, onde ainda fez umas amigas brasileiras, e depois de nos desencontrarmos do Gonçalo fomos jantar os 3 novamente a Saint Michel, a tempo de apanhar o último metro para casa! Exaustas, eu e a Raquel caímos à cama e dormimos directas até ao dia seguinte, em que a Raquel acordou direitinha para apanhar o vôo de volta a Madrid...
E assim se passou mais um fim de semana em Paris! Após tantas semanas a viajar soube-me pela vida redescobrir a minha cidade debaixo de bom tempo e em óptima companhia!...
1 comentário:
Para mim também foi óptimo redescobrir paris...obrigada pela guia fantástica q foste :) e fiquei mesmo com vontade de relembrar o meu francês!! quem sabe Paris n será paragem futura? e eu q dizia q nao....hehe Bjs Beatriz
Enviar um comentário