Mercredi, le 27 juin - FLORENÇA - FORLI - PALERMOMais um acordar cedo. A manhã começou com um pequeno-almoço ração na pousada - pelo preço que pagámos era muito bom! - e com a visita à Piazza del Michelangelo. Já com o acidente mais assimilado, consegui mesmo brincar com a situação e desafiei o Gonçalo a deixar que alguém nos batesse na porta do lado direito para não termos que pagar as despesas! :D O percurso até ao aeroporto de Forli (o tal que inicialmente julgámos que era o de Florença!) aconselhado pelo Michelin passava em Bolonha, apesar de ser bastante mais comprido que o caminho directo e aceitámos a sugestão. Não dei pelo tempo passar - mais uma vez aproveitei para dormir! -, mas a verdade é que apanhámos um trânsito de horas que quase compremeteu a nossa chegada ao aeroporto e que anulou definitivamente qualquer hipótese de visitar a cidade by car, como tínhamos previsto! Atestar o carro antes de o devolver também foi complicado, a bomba estava em serviço automático, todos os nossos cartões eram rejeitados e os empregados do bar não falavam inglês...mais uma vez valeu-nos o facto de sermos todos poliglotas! A entrega do carro não levantou problemas, apesar dos danos, e o arranjo ficou na módica quantia de XXX€, segundo a tabela oficial da agência.
Felizmente um vôo partiu a horas. E chegou mesmo antes do horário previsto! O aterrar em Palermo foi um bálsamo para os olhos, mesmo à beira do mar. A temperatura estava bastante amena apesar da brisa que se fazia sentir. O meu cadastro na Hertz não impediu que me entregassem de novo um carro, e partimos novamente com a Fi ao volante - o acidente foi tão estúpido que não havia por que ganhar medo de conduzir! Falhámos a saída para o parque de campismo onde íamos tentar dormir e desembocámos em Palermo, onde rapidamente passei o volante ao Gonçalo antes de entrar numa mega rotunda! O trânsito em Roma é complicado, em Sicília é caótico. O número de faixas reais em cada estrada é o dobro das marcadas no chão, e aquela rotunda de 4 faixas caminhava bem à vontade para as 6. A maior parte dos condutores de mota, que são mais que as mães!, conduz sem capacete, mas ao menos as pessoas são mais civilizadas e por vezes até facilitam a passagem - se bem que ficou por perceber a ordem de prioridades dentro das rotundas. Decididos a voltar atrás e procurar novamente o parque de campismo, apesar do trânsito na autoestrada, metemos pela primeira ruela que encontrámos e vimo-nos e desejámo-nos para sair dali! Apesar de serem de uma faixa só, todas as ruas tinham dois sentidos e era ver quem conseguia fazer as maiores rasas! O truque era apitar e seguir sempre em frente! Estávamos todos quase à espera de quando iríamos ver um tiroteio ou ser interpelados pela Máfia, e pelo sim pelo não as portas iam bem trancadas...
No parque de campismo by the sea não nos deixaram dormir porque o bungalow a
penas albergava 4 pessoas e não as 5 que seríamos naquela noite - e a dona do parque tinha medo que aparecesse uma rusga policial a fazer o controlo! Todos os nossos argumentos não nos serviram de nada e seguimos em busca de alternativas, dadas pela tal senhora. Começámos pela pousada da juventude e aí ficámos. O sítio era fantástico, mesmo sobre o mar, e entre quartos e um apartamento só para nós - apesar de quarto único! -, optámos pelo segundo. Com direito a uma varanda de madeira, não podíamos ter ficado melhor instalados.
Aliás, tenho aqui que fazer um pequeno aparte sobre as pousadas da juventude. São sem dúvida um local de dormida de referêmcia. Em todos os sítios em que pernoitámos tivémos agradáveis surpresas. Verdade que algumas não têm lençóis nem toalhas, ou o pequeno almoço não está incluído, e que invariavelmente têm um sistema de beliches e quase sempre casas de banho partilhadas, mas verdade igualmente que temos ficado em sítios fascinantes, nomeadamente na Suíça, by the lake, e agora em Itália (viríamos mais à frente a ter outra agradável surpresa!). E tudo por 19€/noite/pessoa!!
Voltámos ao centro de Palermo, para uma visita by night e jantar. Comemos num restaurante supostamente tradicional e percebemos que os 2€ por pessoa cobrados a cada refeição não diziam respeito ao pão mas sim ao serviço. O empregado, felicíssimo por falar francês, passou a noite a apaparicar-nos e chegou mesmo a oferecer o vinho! Elogios feitos, a comida estava óptima e soube-me pela vida a melancia que andava a cobiçar há vários dia
s! Já a sobremesa típica aconselhada ficou no prato, de tão doce e enjoativa que era...o passeio turístico ficou adiado, que se fazia tarde para ir buscar o Ricardo, que aterrou em Palermo várias horas depois de nós. Depois de o enganarmos acerca do nosso poiso para aquela noite, mostrando mesmo fotografias de alguns bungalows ao lado do nosso ainda em restauração, fomos directos para um barzinho
mesmo abaixo da pousada, que descobrimos por acaso e com uma ambiência fantástica! Em jeito de brincadeira, previmos que quando o Ricardo chegasse íamos ter que o mandar calar e a verdade é que a energia dele contrastava seriamente com o nosso cansaço acumulado! Estive ainda uns tempos ao
telefone com a mamã, deitada numa esteira e almofadas à beira mar, a contar as peripécias, e juntei-me novamente ao grupo e a um aperitivo. Grande sessão fotográfica ao bar antecedeu o recolher. Após algum tempo às voltas na cama, o Ricardo juntou-se a mim na parte de baixo do beliche e matámos as s
audades e pusémos a conversa em dia até às 5h da manhã, alternando entre o quarto e a varanda.
Ponto baixo: o trânsito caótico
Ponto alto: chegada do Ricardo - e longa conversa! - e pousada 5*****
Jeudi, le 28 juin - PALERMO - MONDELLO - Messina passing by - TAORMINA - CATANIAAcordei às 7h30 - para fazermos coisas de que gostamos deitar tarde e cedo erguer raramente custa! Equipada com o meu bronzeador e pareo que o Ricardo me trouxe de Portuga
l, fui fazer um pouco de praia. Areia nem vê-la mas estar ao solinho - o primeiro sol do ano! - soube-me lindamente. Uma hora depois regresso ao quarto para despertar os restantes ocupantes e acabamos por deixar a pousada perto das 10h. O volante agora alternava entre o Gonçalo e o Ricardo, e encaminhámo-nos em direcção ao centro. Guiar em Palermo é o caótico, arranjar estacionamento é desesperante - vimos ao menos a cidade quase de uma ponta à outra! Os parques indicados não passavam de miragens e contentámo-nos mesmo com lugar de parquímetro, horas depois, mesmo tendo as malas todas à vista! Viagem de uma semana e 5 pessoas num carro, não havia forma
de esconder a bagagem! Pequeno almoço, saga à procura do Bancomat, atraso no vôo dos nossos anfitriões de Roma que se iriam juntar a nós, Itália é a confusão! Brinquei ainda com cães bebés de 3 dias na rua, autênticos ratinhos, e organizámos um percurso mais ou menos curto mas com muitas paragens e aquilo que pretendia ser uma visita rápida para seguirmos cam
inho para outras bandas acabou por se prolongar até meio da tarde,
comprometendo mesmo o plano da tarde. Vimos o Teatro Massimo e o Politeama Garibaldi, e passámos em Quattro Canti. Na Catedral encontrámos o André, Paulo e Guilherme e almoçámos ali ao lado.
A cidade é suja. Não pelo lixo mas pelos edifícios - à excepção da catedral e de outros principais monumentos, tudo é escuro, tudo passa despercebido, tudo parece igual. Não vivia ali por nada - houve quem achasse que era uma cidade muito autêntica - única, para mim, talvez devido à sua despersonalização! Mais uma vez parece que estamos num filme mas por outras razões - as pessoas são diferentes, sente-se uma certa insegurança e tudo parece parado no tempo.
O Leonardo e a namorada, amigos da Catarina, levaram-nos a conhecer
ainda outros pontos da cidade, nomeadamente a porta da cidade, o castelo e ainda uma mesquita. Por esta altura desisitimos da ida ao Etna durante a tarde e
começámos a sentir algumas dificuldades em coordenar vontades e ritmos - uns queriam praia, outros passeios turísticos. O tempo era pouco para tudo o que nos tínhamos proposto fazer e imperava a necessidade de arranjar um elemento conciliador - mais uma vez o Ricardo entrou ao serviço e a melhor solução foi mesmo seguir para a praia, ali ao pé, antes de seguir viagem para o outro lado da ilha. Chegados a Mondello o choque e surpresa foram brutais! O sistema de praias em Itália - já em Ostia nos tínhamos deparado com uma realidade semelhante! - não cabe na cabeça de ninguém. A água azul e morna dá acesso a um areal dividido em parcelas mínimas, pagas, e com fileiras de casas de madeira perpendicualres ao mar e separadas por pequenas línguas de areia que não só ocupam espaço como impedem a visão de um lado para o outro. À beira mar há uns escassos
centímetros de areia gratuitos e foi aí que armámos o nosso
estendal. Entre banhos de mar e sol, passámos cerca de 1h antes de voltarmos ao carro e seguir em direcção a Taormina. Mais uma vez o guia Michelin levou-nos por um caminho mais longo em distânica - mas não em tempo, aparentemente, e passámos em Messina a caminho do nosso destino. O percurso que tínhamos previsto de 2h demorou bem mais que isso e chegámos estafados ao topo de Taormina, uma cidade pequena mas com muito encanto, no alto de uma colina. O escuro da noite não nos permitiu ver os areais (ou rochas) de toda a costa, mas ficámos todos bem impressionados por aquela cidade que faz lembrar Óbidos - meio m
edieval, muito pedonal, muitos restaurantes em escadarias, pequenos e acolhedores, uma grande praça com vista sobre o mar. Depois de um passeio de uma ponta à outra do centro histórico e de um desencontro com os ocupantes da 2ª viatura, prosseguimos para Catania, onde tínhamos hotel marcado, novamente pousada da juventude. Chegámos tarde e a más horas, mas mesmo assim eu e o Ricardo não resisitimos a uma kaipirinha e kaipirosca no bar em baixo da nossa janela, bebidas muito refrescantes para cortar - ou aumentar? - a temperatura da noite! O calor no hotel era insuportável e o barulho do combóio ensurdecedor, e eram já 4h quando voltámos ao quarto, após reconhecimento da pousada.
Ponto baixo: tempo perdido entre viagens e dificuldade em conjugar os planosPonto alto: kaipirinha/oscaVendredi, le 29 juin - CATANIA - ETNA - SIRACUSA - AGRIGENTO / SAN LEONEO despertador tocou perto das 7h. Era imperativo que nos levantássemos cedo - já tínhamos percebido que tudo naquela terra demorava mais tempo do que o suposto e se queríamos aproveitar o dia era preciso fazer alguns "sacrifícios".
Partimos para o Monte Etna - ver a Catania ficou para outras núpcias! O André, P
aulo e Guilherme acabaram por dormir num B&B em Taormina e dizem que acordaram da melhor forma possível - com uma vista deslumbrante! A caminho do Etna passámos por uma casa soterrada em lava petrificada e chegámos ao topo com uma brisa fresca que alternava com vagas de ar quente e uma ininterrupta chuva de joaninhas!! Não paravam de poisar e
m nós, na roupa, no chão. A paisagem é bastante árida e é chocante ver as fotografias das constantes erupções do vulcão, e alguns dos estragos causados. Optámos por não subir ao topo pois a excursão era muito cara e julgámos que íamos ver mais do mesmo e fizémos uma prova de doçaria da região e trouxémos algumas compotas. Perto da hora de almoço retomámos viagem com destino a Siracusa - o caminho foi interminável, por estradas secundária
s e por vezes em obras, onde a linha contínua a separar as duas únicas faixas oficiais da estrada davam lugar a uma faixa de ultrapassagem, comumente aceite por todos - também a berma por vezes era utilizada com este efeito. Depois de conduzir em Itália acho que se conduz no resto do mundo de olhos fechados! Em Siracusa, e para agradar a gregos e troianos, o grupo separou-se. O Gonçalo e Catarina foram visitar a cidade e eu, o Ricardo e a Isabel tentámos a praia. Seguindo as placas e indicações de uma velhota, chegámos a uma praia de pedras - guiados depois por dois simpáticos senhores num slk descapotável, fomos dar a uma praia fantástica! Pequena, pouca areia e alguma gente a mais, a praia não podia, no entanto, ser melhor. O calor era abrasador, a água muito convidativa, de um azul transparente lindíssimo e ainda conseguimos descansar os olhos. Ah, de notar que os escaldões à camionist
a abundaram para a Isabel e Ricardo!! Não houve sol na praia que lhes valesse! :D Para acabar em grande o dia nada como chegar à nossa viatura e perceber que tinha sido...ASSALTADA!!! No meio do azar tivémos sorte e MAFIA "só" nos levou as mochilas todas! Partiram o vidro pequeno (e algo inútil, diga-se!) ao lado do volante e arrombaram a fechadura, levando apenas as coisas mais à mão e deixando todas as malas grandes e pequenas coisas que andavam espalhadas no carro. As minhas baixas reduziram-se, como à maior parte das pessoas, a pequenas coisas: todos os meus sapatos de Verão rasos (meus ricos chinelos da Massimo Dutti!), depiladora, carregador de máquina fotográfica e telemóvel e saco-cama. A perda mais significativa foi a do Ricardo, que ficou sem o telemóvel português com todos os contactos, e ainda a chave da casa nova. Decidimos não reportar à polícia - achámos que seria tão ineficiente que seria igual apresentar queixa ou não! -, e depois de procurarmos as nossas coisas sem sucesso nos lixos mais próximos fomos buscar a Catarina e Gonçalo ao centro. Excepção feita ao Ricardo, já nos conseguíamos rir do sucedido e de toda a viagem, e encaminhámo-nos para Agrigento, onde iríamos passar a última noite. A viagem obrigou-nos a voltar a Catania - será que não podem fazer mais umas estradas em Sicília?? -, e chegámos já à hora do jantar ao parque de campismo em San Leone, ao lado de Agrigento. Passámos ainda pelo Valle del Templi,
com uns templos antigos bem bonitos e majestosos. Nova surpresa, o parque estava marcado apenas para Julho!! Valha-nos não sei bem o quê mas lá havia um bungalow de 5 pessoas livre, que aceitámos sem pensar. O Ricardo não se conseguia abstrair da perda e o ambiente entre nós ficou um pouco estranho. Os nossos anfitriões de Roma já estavam no parque e juntámo-nos todos para um banho by night na piscina - que eu não tomei por já ter tomado banho de água doce. Reunimo-nos depois para um belo belo repasto no restaurante do camping, com direito a entradas típicas e umas belas pastas - menos para o André, que decidiu abdicar desse belo prazer durante uns tempos! Levantar dinheiro foi tarefa árdua, ninguém sabe dar indicações e todas as distânicas são relativas...
Depois da ceia tentámos a noite animada de San Leone e ficámo-nos pelo p
rimeiro bar que encontrámos - na bomba de gasolina!! As meninas estavam imparáveis e conseguimos mesmo negociar a oferta de duas bebidas. Entre pedido de múscia, sessão fotográfica e combóio entre as bombas de abastecimento, passámos lá uns tempos até o Ricardo nos chamar para uma festa num bar na praia. Provocação puxa provocação, e acabámos todos de roupa interior a tomar banho no mar - excepto o Ricardo, cujo paradeiro naquela altura é ainda hoje incerto! Escusado será dizer que fizémos sucesso e houve mesmo quem pedisse para tirar fotografias com aquele grupo tão divertido! Já na pista dançámos e encantámos, mas voltámos ainda à praia para procura
r os brincos e relógio da Isabel - às vezes fico espantada com os meus olhos, encontrei tudo em menos de tempo nenhum! Como não há dois azares sem 3 (depois dos dois carros), para encontrar umas coisas perdi outra e rapidamente dei pela falta da única chave do quarto que tínhamos! Em pânico voltei à praia mas sem paciência desisti e encaminhei-me sem pensar duas vezes, depois de avisar a Isabel, para o camping. Explicar ao guarda o que se tinha passado sem uma única palavra em inglês não foi tarefa fácil mas foi superada!! Aproveitei para tomar um banho quentinho e enfiar-me na cama perto das 3h30, mas rapidamente fui acordada pelos outros a chegarem, ainda com um desafio de banho na piscina. Piscina não houve, mas as camas tornaram-se autênticas piscinas após brincadeiras com garrafas de água. A Isabel juntou-se ao outro bungalow mas dormiu tudo na sua cama, era tal o cansaço e ainda a ambiência estranha originada pelo roubo...
Ponto baixo: o assalto, roubo das mochilas e consequente má disposição do RicardoPonto alto: a praia fantástica e as joaninhas
Samedi, le 30 juin - SAN LEONE - PALERMO - PARIS
Acordar e despachar. Corleone de passagem foi eliminado do programa, não nos podíamos dar ao luxo de ter mais imprevistos! Chegámos cedo ao aeroporto, o vôo da Catarina era 2h antes do nosso, e ela e o Gonçalo lá ficaram enquanto eu, o Ricardo e a Isabel fomos trocar o carro - que andava sem fechadura e não trancava. A espera na Hertz permitiu que eu e o Ricardo falássemos e aproveitámos as horas que ainda tínhamos livres para irmos à praia ao pé do aeroporto e parámos numa com direito a banda sonora aos altos berros "Vamo
s à la Playa, oh, oh, oh, oh, oh...". Conseguimos distanciar-nos um pouco para outra praia apinhada de famílias, mas queríamos apenas um espacinho na areia e uns banhos refrescantes que o calor estava insuportável e conseguimos! Juntámo-nos ao Gonçalo no aeroporto para tentarmos fazer o check in - tentar apenas porque nao tinham a lista de passageiros e não tínhamos os códigos connosco - tinham ficado nas mochilas roubadas! Surreal, o aeroporto não ter acesso público à internet e ninguém falar inglês! O vôo da nossa companhia era inaugural e não tinham sequer balcão. Tivémos mesmo que recorrer a ajuda externa - OBRIGADA, ZÉ, foste a nossa salvação, e OBRIGADA ANTÓNIO, por teres disponibilizado a tua internet! e finalmente fizémos o check in, julgando nós estar atrasadas! Mas claro que não podia acabar por aqui a emoção, o vôo atrasou duas horas e ainda estivémos com os romanos mais uns tempos à conversa, apesar do vôo deles ser quase 2h depois do nosso! Tivémos grandes odisseias com as casas de banho, muitas aventuras naquele aeroporto! Ainda chamaram o nosso nome no altifalante e recebemos raspanete em português da responsável do vôo, que alegremente comunicou que bebidas e comida seriam oferta da companhia para compensar o atraso! Ainda não tínhamos deixado o chão e já eu estava a marcar golos de cabeça, e assim que pude aninhei-me nos 3 bancos que tinha só para mim. O Ricardo ficou a aproveitar o resto do dia e noite em Palermo, e consta que descobriu verdadeiros paraísos e que aproveitou ao sabor da vontade do momento...
O esquema inicial para Sicília tinha sido pensado com praia de manhã e visitas turísticas à tarde. O facto de não termos olhado bem para os mapas e horas de deslocação fez-nos, constantemente, alterar os planos. Os períodos de praia nunca ultrapassaram a 1h30 cada, e mesmo a visita às cidades foi muito superficial - mas verdade seja dita, tirando alguns monumentos específicos, as cidades acabam por se assemelhar muito entre elas ao fim de algum tempo... Acho que, no geral, faltou um pouco de relax e aproveitar de momentos, principalmente nesta última fase da viagem, mas o balanço é, sem dúvida alguma, muito, muito positivo!
Paris recebeu-nos como deixou - com temperatura bem mais fresca e um céu cinzento. O atraso do vôo cancelou a nossa ida a casa do António para estrear o pano verde, e depois de deixar a mala em casa - agora só uma! -, fui em missão ao prédio do Ricardo tentar conseguir o número da senhoria ou antigo ocupante. Os vizinhos estavam para fora e deixei recados espalhados por todo o lado para me contactarem assim que pudessem. A caminho de casa e exausta ainda me senti tentada a aceitar um convite do Sylvain para uma festa no Parc Citroen, mas uma mudança de planos dele e o meu cansaço levaram a melhor e às 00h estava na caminha, para dormir o sono dos justos com um sorriso na cara depois de uma viagem fantástica!...
Ponto baixo: atraso do vôo, ninguém falar inglês no aeroporto e tempo em Paris
Ponto alto: último banho de mar