Vendredi, le 09 novembre
Já o fim de semana foi algo diferente. Começou logo na 6ª, quando tentámos ir a uma festa num barco. Inscritos na guestlist, eu, os Gonçalos e o Renato, um amigo do meu co-locataire de visita, estranhámos o avançado da hora para início da festa e, realmente, quando chegámos ao local, aquilo estava às moscas. Apesar do frio fizémo-nos à estrada, a pé numa fase inicial e passando por vários bares ao longo do rio e pela Biblioteca François Miterrand, e depois de bicicleta, com as quais atravessámos Paris por caminhos que ainda não tinha percorrido. Devolvidas as vélibs, démos por nós junto da Île Saint Louie e numa visita guiada ao Renato, por estradas alternativas. Em frente à Notre Dame, completamente deserta aquela hora, descobri que existe lá o Ponto Zero, a partir do qual são contados os quilómetros de todas as estradas em França!! Continuámos até Mabillon, onde os bares estavam quase todos a fechar, e apanhámos o primeiro táxi que nos apareceu à frente - afinal éramos 4 e o frio apertava!! Dos Jardins do Luxemburgo até casa foi um tirinho e aterrámos todos quase instantaneamente!...
Samedi, le 10 novembre
Sábado foi acordado com a devida calma. O Gonçalo E. foi à vida dele e depois de trocar várias vezes de roupa - o dia estava a ameaçar chuva e o vento só se sentia uma vez na rua! - saí com o Diga em direcção à Rue du Commerce, onde percorremos algumas lojas. As compras dele foram mais volumosas que as minhas - duas camisolas -, eu que me contentei com um cachecol! Continuámos em jeito de passeio até à École Militar, porque ao fim de um mês o Diga ainda não tinha estado quase ao lado da Torre Eiffel!! O passo seguinte foi até aos Invalides, aquilo é um mundo, mas o túmulo do Napoleão estava a fechar...ainda a pé fomos até Concorde e Madeleine, onde me deliciei com algumas passagens que desconhecia, principalmente a "Le village Royal", e onde após muito custo consegui convencer o Diga a esperar comigo numa famosa casa de chá japonesa! A experiência foi diferente, digamos que o comentário geral que se impõe é que os senhores gostam muito de um feijão qualquer, e a repetir esporadicamente! Dali ainda fomos a casa deixar alguns sacos e desencontrarmo-nos do Gonçalo, que ficou em casa a trabalhar e tinha um jantar em casa de um colega, e encontrámo-nos com o Renato e Gonçalo E. algures no 13ème para experimentarmos um restaurante marroquino que eu tinha descoberto! O Zé juntou-se a nós pouco depois e tivémos um repasto digno de deuses! A comida era muito variada e não nos poupámos a nada, aperitivos, entradas, pratos principais, vinhos e sobremesas! Estava divinal, adorei o meu prato ou não fosse incluir figos pelo meio, diz quem provou que a sobremesa recomendada é que não era grande espingarda...eu adorei o meu chá de menta! O Zé separou-se de nós à saída, que continuámos até République, na ânsia de conhecer a famosa noite ao longo do canal de Saint Martin. Não sei dizer se era do frio mas estava bastante fraquinho e deixámo-nos ficar por um barzinho simpático onde as kaipiroscas eram muito boas! O Diga, cansado e sem possibilidade de alugar bicicleta, decidiu apanhar o metro e ir para casa, enquanto que eu, Renato e Gonçalo E. tivémos que nos dividir por 2 bicicletas, uma vez que um dos cartões já tinha expirado! Não pedalei para ninguém nem fui transportada, mas a muito custo lá chegámos os 3 a Pigalle na hora h, para nos encontrarmos com o Gonçalo. O Divan du Monde ficou adiado para outra noite mas ficámos a conhecer os preços fantásticos do Fourmi, mesmo ao lado! Já todos estoirados, deixámos passar o último metro e começámos a descida até ao centro, interpelando todos os táxis livres, que se recusavam a levar 4 pessoas! Já em desespero de causa tentámos as bicicletas mas estavam altamente concorridas, e só em Concorde é que encontrámos uma estação com algumas livres...a sorte não estava connosco e eles não conseguiam tirar as bicicletas disponíveis. Adormeci enquanto esperava mas acordei elucidada e resolvi a situação num instante, levando as bicicletas de um sítio para outro onde as conseguissem alugar...a pedalar lá fomos até casa, estacionámos no cú de judas e ainda passámos por um mega acidente na ponte alexandre III que envolvia um taxista...teria sido algum que nos negou boleia?? Já a chegar a casa deparámo-nos com uma cena, julgamos nós que assim foi, de novela! Uma traseira de um carro gigante enfiada num carro que mais parecia um mini, propositadamente, dada a posição dos veículos, e mais à frente um vaso e terra espalhados pelo chão, certamente uma planta atirada de uma qualquer janela em protesto a algo que ficou por determinar! Com isto tudo demorámos mais de 2h a chegar a casa, quem nos visse entrar diria que tínhamos passado a noite em festa!
Dimanche, le 11 novembre
Para Domingo a ideia foi original. Em vez de um brunch num restaurante, iríamos fazê-lo em casa. O Zé traria os pasteizinhos de nata, as laranjas e fondue de chocolate, e eu, Gonçalos, Renato e Diga tratávamos do pão, fiambre, ovos, a imprescindível Nutella e tudo o que faltasse! Às 14h começámos então o belo repasto que deu vontade de repetir e cedemos à insistência do Diga para vermos a série Californication. Instalados nos sofás dispostos em jeito de cinema devorámos os 6 episódios disponíveis, durante os quais o Renato foi para o aeroporto, e após os quais o Diga foi ver o futebol - e diz que para o verdadeiro magusto, que continuou pela noite dentro -, e o Zé foi para casa, não sem antes nos deliciarmos com um magnífico fondue de chocolate e fruta!! O Gonçalo retomou o trabalho e eu ainda apresentei "Lendas de Paixão" ao Gonçalo E., um dos meus filmes preferidos. Impressionante a quantidade de vezes que consigo rever os filmes que adoro!!
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