O Segredo dos Bretões ou a Festa do Pijama!

Como diria o Ricardo, o fim de semana vai ser recordado pela festa do pijama, na qual o João Pedro foi o grande vencedor, reconhecido unanimemente! Apesar de ter sido, sem dúvida, um dos pontos altos daqueles dias, muitos outros lhe fizeram companhia! Além do mais, foi a prova dos nove da virilidade bretã dos participantes no fim de semana, quer pela resistência ao frio, quer pelos pijamas ou ainda, no caso específico do Ricardo...leiam o post!

6ª à noite, e após muitas peripécias entre a viagem do aeroporto para nossa casa, eu e o Gonçalo recebemos o João Pedro no nosso humilde palácio. Fomos jantar na Rue Mouffetard, mesmo no centro de Paris e seguimos depois para uma tour Paris by night, pois esse era um dos grandes objectivos do João, conhecer a nossa bela cidade. Vimos o Panteão, o Boulevard St. Michel, a Sobornne, a entrada para os jardins do Luxemburgo, o rio Sena, a Torre Eiffel a brilhar, o Hotel de Ville, Châtelet e ainda o Louvre! Para uma visita de cerca de 1h30 sob um frio de rachar não correu nada mal! E ainda com a vantagem de que, por ser de noite, a luz para as fotografias é lindíssima e não apanhamos multidões!

Madrugámos no Sábado, ponto de encontro em casa da Isabel, não, não vou referir o atraso do nosso condutor, Ricardo. :) Partimos rumo à aventura, primeira paragem em Rouen, vila muito bonita, faz lembrar a Costa Nova pelas casas às riscas. Prosseguimos para o Mont St. Michel, que superou largamente as expectativas – o sítio é lindíssimo, um mosteiro/vila no meio de um monte perdido no nada, circundado por kilómetros de “pântano”. Recorrendo mais uma vez à mania das comparações com Portugal, o sítio tem algumas parecenças com Óbidos! Após uma sessão de fotografias – que, verdade seja dita, ficaram óptimas! – e almoço tardio merecido e com direito a desconto (as baguetes tinham que ser vendidas ou iam para o lixo), continuámos para St. Malo. Ficámos numa pousada da juventude e jantámos no entre-murs, que é como quem diz, no centro histórico da localidade, com direito a Hotel de Ville (ou Câmara) e a uma Basílica. Para não variar e porque faz parte da tradição naquelas bandas, comemos crepes, ao som de música celta (é típica em todo o lado?) e ao sabor de Kir e Cidra tradicionais. Ficámos a saber que os Bretões é que são simpáticos, e que Paris é um bordel, onde andar de metro é “ppfff, mãos na cara, ppfff” (que é como quem diz, horrível, traduzido nos gestos e sons que tanto caracterizam estes franceses!). Ainda tentámos ir a um bar onde nos pediram 10€, e ficar mais de 5 minutos noutro bar, tarefa que rapidamente se tornou impossível tanto era o fumo. Como íamos perder uma hora nessa noite e o toque de alvorada era cedinho, optámos então pela fantástica festa do pijama! A emoção foi grande, e esteve ao rubro no momento de cada um dos desfiles! O João Pedro ganhou sem direito a contestação por parte do júri, e o Gonçalo foi desclassificado por falta de farda.

Pequeno almoço tomado e fizémo-nos à estrada. Que bem que soube ver o mar ainda em St. Malo! A praia é enorme e já se fazem planos para umas escapadelas de Verão para aquela zona. Tínhamos uma agenda preenchida e muito pouco tempo, uma vez que o João Pedro voltava para Viena no final do dia. Começámos por Dinan, uma vila mais interior e muito ao género de St. Malo, passámos por Dinard, cidade fantástica à beira mar. A chuva não nos impediu de fazer nova sessão fotográfica, com direito a tripé e tudo! Para além disso, foi o momento ideal para registar, em movimento (ver sequência no link Fotos da Fi), o Ricardo com duas meninas! Repete-se a proeza de há 3 anos atrás (como o tempo passa a correr - onde está o cd das fotografias, Ricardo??), em que o Ricardo teve na cama essas mesmas duas meninas...nada de confusões, e apesar de ser um pouco desprestigiante para a pessoa em causa, o dito Ricardo não estava presente!! Cancale passou a correr, o almoço na bomba de gasolina também, e terminámos a nossa volta turística na Normandia, na praia do desembarque, onde apenas o monumento de tributo às tropas perecidas nos lembra o que ali se passou, o que de outra forma passaria completamente despercebido. Aqui começa o nosso contra-relógio de volta a Paris e em direcção ao aeroporto de Orly. Importantíssimo referir que, durante toda a viagem, os 5 ocupantes do carro tiveram ainda a companhia de um 6ª, uma bela brasileira/espanhola/inglesa Tati! O GPS do João foi, sem dúvida, a nossa salvação, de outra forma teria sido impossível ver tudo o que vimos! Após várias vezes termos julgarmos que estava tudo perdido (as placas na autoestrada a indicar Bouchoun, que é como quem diz, engarrafamento), conseguimos deixar o João a tempo e horas, e ainda foi o primeiro a entrar no avião! Para terminar, um belo repasto à portuguesa, com presunto e tudo, em casa dos “padrinhos” do Ricardo, onde fomos deixar o carro.

A quem não conhece, vale mesmo a pena fazer esta viagem, com calma. Há muito para ver e aproveitar, e sem dúvida que tentaremos lá voltar no Verão!